terça-feira, 25 de novembro de 2014

Momento de Reflexão



"Antes de tentar tirar meu chão,
vou te contar um segredo:  EU SEI VOAR!!!"
Jussier Ramalho

Eu sou um Impostor???






Se você já se sentiu menos competente do que realmente é em algum momento da carreira, não há por que se preocupar, pois não se trata de uma doença.

Síndrome do Impostor é um nome popular que caracteriza o sentimento de fraude no trabalho, ou seja, o ato de questionar os méritos pessoais e buscar as justificativas para o sucesso em fatores externos, como sorte, ajuda ou indicações.

Esse comportamento é típico dos grandes realizadores. Consta que o gênio renascentista Leonardo da Vinci, por exemplo, sofria desse mal.  “Eu tenho ofendido a Deus e à humanidade, porque meu trabalho não alcançou a qualidade que deveria”, teria dito Leonardo da Vinci no fim de sua brilhante e produtiva vida.

A sensação de ser uma fraude no trabalho atualmente é ainda mais presente na sociedade por dois fatores. Primeiro, as pessoas ficaram mais exigentes consigo mesmas na busca do sucesso. Segundo, o meio digital intensificou o hábito de se comparar aos outros, o que reforçou a presença da síndrome na vida das pessoas.

Existe muita competição, os profissionais querem ser os melhores em seu emprego e não se contentam mais em ser apenas bons o suficiente. A síndrome do impostor faz parte da essência do ser humano. Todos podem ter essa experiência em alguma fase da vida.

O problema é ainda mais sério em profissionais jovens, que ocupam a maioria dos postos de trabalho do mercado hoje. São pessoas que tiveram a carreira acelerada para ocupar os muitos cargos que se abriram no período de relativa expansão da economia brasileira nos últimos dez anos. Muita gente, ao chegar precocemente a determinada posição, sem ter passado pelas necessárias experiências de sucesso e de fracasso, desenvolveu algum grau de síndrome do impostor. O perfil que mais exemplifica isso é o trainee, profissional que é preparado em laboratório para ocupar muito cedo cargos de liderança, chefiando até mesmo colegas mais experientes.

A sensação de fraude nasce de um desequilíbrio entre responsabilidade e autoridade. Quando falta experiência para assumir responsabilidades de alto nível, o indivíduo pode ter medo de não dar conta do trabalho.

Já profissionais competentes, mas desprovidos da autoridade necessária para solucionar 
as tarefas, desenvolvem um desagradável sentimento de baixa autoestima, que dificulta o crescimento na carreira. Parte da culpa pelo desenvolvimento da síndrome em jovens profissionais é da pressão das empresas pela entrega de resultados quase inalcançáveis, o que provoca uma sensação de estar sempre em dívida. Em outros casos, a pressão é imposta pelo indivíduo que, por buscar um elevado status social, nunca está satisfeito com o que consegue produzir.


COMO SURGE A SÍNDROME
A síndrome tem fundo psicológico. O problema só se desenvolve em pessoas que alcançaram algum tipo de realização:  promoções no escritório, boas notas, livros publicados, prêmios, pesquisas desenvolvidas.

Caso contrário, não haveria motivos para se sentir um embuste. Pessoas de qualquer idade podem sofrer com o problema, independentemente do nível de carreira em que se encontram. Muita gente inicia esse sentimento na infância, quando recebe comentários negativos sobre si mesma. O profissional cria uma imagem negativa que o faz pensar que não pertence ao lugar de destaque que conquistou.

Líderes e executivos de alto nível que estabelecem relações tensas com seus subordinados frequentemente escondem um sentimento de impostor. Os chefes tentam blindar a insegurança com atitudes arrogantes e autoritárias, que intoxicam o ambiente e prejudicam a segurança de toda a equipe.

É mais fácil identificar o sentimento de trapaça quando o portador exerce grande poder de influência dentro da organização. A situação fica óbvia quando os liderados perdem a confiança e não conseguem se inspirar no líder ou quando o próprio líder começa a perder o prazer de trabalhar. Muitos deles se tornam workaholics e atribuem seu sucesso ao fato de que trabalham mais do que os colegas. Por medo que os outros descubram sua suposta fraude, o gestor centraliza o poder e impede que outros se mostrem mais fortes do que ele.

Para quem está nos estágios iniciais de carreira, a síndrome aparece de forma mais sutil. Pequenas atitudes, como negar um elogio, manter distância dos colegas ou ser generoso demais, indicam possíveis sintomas. Quando o indivíduo escolhe seguir uma profissão, espera-se que ele trace o caminho que pretende seguir para chegar àquilo que considera o topo, o que na maioria das vezes, é uma missão quase impossível.

Frustrado por se sentir incapaz de tornar-se a figura que sempre sonhou, o profissional deixa de celebrar os obstáculos que, por mérito, foi capaz de superar. É comum pensar que nada do que fez foi realmente especial. As pessoas querem ser líderes de destaque, mas não percebem que são líderes todos os dias. Alguns portadores da síndrome optam por minar as próprias metas. Assim, conseguem comprovar a tese inventada por eles mesmos de que não seriam capazes de ir até o fim.

A pessoa tem capacidade, mas desencadeia uma série de obstáculos que dificultam a conclusão da tarefa. Porque, se der tudo certo, ela vai ganhar uma projeção por algo que considera não merecer e não ser capaz de sustentar. Procrastinar e deixar a execução da tarefa para a última hora é a característica mais comum da autossabotagem.

Casos agudos de síndrome do impostor também aparecem em profissionais que batalharam muito ao longo da vida. Quando chegam ao topo e não enxergam mais possibilidades de crescimento, frustam-se pela falta de novos desafios diários. Os falsos impostores sempre esperam que algo pior aconteça e, quando as coisas fluem naturalmente, pensam que fizeram alguma coisa de errado ou que não chegaram aonde gostariam.


PRINCIPAIS VÍTIMAS
Quando os psicólogos começaram a pesquisar a síndrome do impostor, na década de 70, acreditava-se que o problema era majoritariamente feminino, por todas as dificuldades que as mulheres enfrentam para entrar no mercado de trabalho. Com o tempo, constatou-se que o sentimento atingia tanto homens quanto mulheres, porém os homens sempre foram mais encorajados a fingir ter confiança para alcançar o sucesso. Por isso as mulheres costumavam apontar casos mais agudos da síndrome.

Qualquer pessoa que tenha sofrido preconceito por gênero, cor ou cultura está mais propícia a se sentir uma fraude. Em geral, as pessoas que se dizem impostoras tendem a atingir resultados maiores do que aquelas que são muito seguras em relação a si mesmas, porque se esforçam mais para que os outros não descubram sua suposta incompetência. Pessoas ignorantes em relação a um tema acham que sabem mais do que os bem preparados, porque não entendem a responsabilidade que seria necessária para falar sobre o assunto.

A ignorância gera mais confiança do que o conhecimento em si.


O LADO POSITIVO
Em doses moderadas, a síndrome do impostor não é algo ruim. De certa forma, ela serve como impulso para que as pessoas busquem melhorar e atingir novos desafios. É altamente positivo querer sempre ser o melhor naquilo que faz. Mas quando o profissional acredita que engana os outros que o admiram, por achar que não é competente para ocupar sua posição, o estímulo se transforma em angústia permanente.

Para superar esse fardo, é preciso aprender a anular o sentimento de impostor e entender que, embora a sorte possa até trazer situações favoráveis ao crescimento, só consegue se manter bem-sucedido quem faz por merecer.


“Se a lição de casa está feita, pare de relembrar as falhas e aprenda a celebrar cada etapa de seu triunfo. Afinal, uma conquista grande sem celebração não vale nada.”
 
Fica a dica...

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Momento de Reflexão



"Nunca ande pelo caminho já traçado.
Pois ele conduz somente até onde os outros já foram..."
Alexander Graham Bell

25 toques da Etiqueta do Networking





Etiqueta - Fig. Cerimonial usado nas cortes, nas residências dos chefes de Estado etc.
Formas cerimoniosas usadas entre particulares: observar a etiqueta.


Networking (em inglês) é uma expressão que representa uma rede de contatos. Diz respeito às pessoas que um indivíduo conhece e aos relacionamentos pessoais, comerciais e profissionais que mantém com elas.
A palavra é a união dos termos em inglês "net", que significa "rede" e "working", que é "trabalhando". O termo, em sua forma resumida, significa que quanto maior for a rede de contatos de uma pessoa, maior será a possibilidade de essa pessoa conseguir uma boa colocação profissional, realizar bons negócios, obter informações e várias outras vantagens que se pode obter da rede formada.

Entenda os eventos como uma chance de conhecer gente. Fale com desconhecidos.
A conversa pode não render um negócio, mas talvez propicie uma ideia diferente.
Eis, alguns toques de orientação, importantes:


1. LEVE CARTÕES DE VISITA
Em reuniões, cartões devem ser entregues no início da conversa. Mas, em eventos, o ideal é deixar a troca para o fim. Primeiro é preciso despertar o interesse do interlocutor em proseguir com o contato.

2. COMECE POR SEU NOME
Ao se apresentar, diga seu nome de forma clara e pausada, para facilitar a compreensão. Deixe o crachá do evento visível, para que os outros possam ler o que está escrito.

3. TOM AMISTOSO
Após se apresentar, inicie a conversa de modo amistoso, falando sobre o evento ou do mercado. Quando sentir que o vínculo está se estabelecendo, aí, sim, trate com delicadeza de temas relacionados a seu interesse.

4. NO ALVO
Certifique-se de que o profissional em questão é realmente quem você precisa conhecer. Um cargo alto nem sempre significa que a pessoa é a mais indicada para ajudá-lo.

5. DE LEVE
Pegar leve é mais interessante do que constranger uma pessoa com pedidos de ajuda muito explícitos. Prefira pedir conselhos. Se o interlocutor quiser tomar alguma iniciativa (como convidá-lo para uma entrevista), fará isso espontaneamente.

6. ESTUDE OS PARTICIPANTES
Quando quiser se apresentar a outro profissional, estude o trabalho dele com antecedência. Informe-se sobre a sua trajetória pessoal e a da empresa que representa - o ramo de atuação e os atuais desafios do negócio.

7. ACEITE A REJEIÇÃO SE FOR O CASO
Por vezes, o interlocutor pode estar ocupado, em um dia ruim, ou mesmo não ser afeito a aproximações. Caso perceba que está incomodando, não insista. Despeça-se com cortesia e pule para o próximo.

8. BEIJO OU DOU A MÃO?
Por diferenças regionais e culturais, cumprimentos sempre deixam dúvida. Prefira o clássico aperto de mão, mas se mantenha aberto à iniciativa do outro para abraços ou beijo no rosto.

9. RELAXE
Muita gente não faz Networking por medo de parecer interesseira. Mas relações profissionais sempre significam uma troca de interesses e benefícios mútuos. Não há nada de errado em contatar pessoas com objetivos em comum.

10. FAÇA UMA LISTA
Antes de se apresentar a alguém, faça uma lista de temas que gostaria de abordar com aquele profissional. Separe os dois itens mais importantes. Se a conversa durar pouco, você terá garantido os assuntos prioritários.

11. APRESENTE
Apresente:
A pessoa de cargo mais baixo à de cargo alto.
O colega ao cliente, nunca faça o contrário.
A pessoa que você conhece pouco ao colega mais íntimo.
O homem à mulher.
A pessoa mais jovem à pessoa mais velha.

12. COMO APRESENTAR UMA PESSOA A UM GRUPO
Diga o nome de todos que estão presentes lentamente, a fim de que o novato consiga memorizar. Se não lembrar o nome de alguém, pergunte na hora, admitindo não saber.

13. PARA GRAVAR UM NOME
Pergunte o nome. Caso não tenha entendido ou memorizado, pergunte outra vez sem ter vergonha. Repita em voz alta para memorizar. Olhe o crachá do interlocutor. Escreva algo no verso do cartão de visita que o ajude a lembrar da pessoa.

14. SINTA O MOMENTO
Em eventos, não aborde ninguém durante palestras e reuniões. Os intervalos existem para criar e firmar novos contatos.

15. CONTE RÁPIDO
Crie uma maneira de descrever em 30 segundos o que você e sua empresa fazem. Aperfeiçoe essa apresentação ao máximo. Ensaie antes do evento.

16. NÃO INTERROMPA
Tente não interromper seu interlocutor, já que ele pode desejar fazer as próprias aproximações. Não apresente produtos nem catálogos - trata-se de um primeiro contato.

17. COMO FAZER UMA PERGUNTA NA PALESTRA
Aguarde o momento de perguntas da plateia.
Levante o braço e manifeste a intenção.
Ao receber a palavra, dê bom dia e diga o seu nome e o de sua empresa.
Não precisa elogiar a organização do evento.
Faça uma pergunta sucinta e pertinente.
Não conte um caso pessoal nem faça piadas.
Não precisa agradecer.

18. OUÇA COM ATENÇÃO
Demonstre interesse pelo profissional com quem conversa com perguntas sobre o trabalho dele. Dê sinais de quanto sabe a respeito do assunto que estão debatendo.

19. CHATOS
Caso uma pessoa o aborde em um momento inoportuno, peça desculpas por não poder atendê-la e dê seu cartão de visita para um contato futuro.

20. CARTÃO NOVO
Certifique-se de que seu cartão está atualizado.

21. MAKE-Up
Homens e mulheres devem tomar cuidado com a maquiagem dos presentes. Algumas profissionais evitam contato com o rosto para não estragar a produção. O toque pode remover o blush ou marcar com o batom.

22. MANTENHA A NOÇÃO
Seja sempre delicado e educado em todas as abordagens. Por mais que necessite falar com alguém, não force a barra. Nunca aperte um braço, nem cutuque. Seja sucinto ao se apresentar e deixe a pessoa reagir. Se ela não quiser falar, peça um cartão e pergunte se pode ligar em outra hora.

23. PEGUE UM PONTO ESPECÍFICO
Se você já souber o que a outra pessoa faz, puxe assunto tocando num ponto específico, de domínio do profissional.

24. CÓDIGO DE ÁREA
Eventos como grandes congressos costumam reunir participantes de diferentes localidades. Por isso, inclua o DDD antes dos números de telefones cadastrados.

25. DEPOIS DO EVENTO
Se tiver o cartão da pessoa, envie um email lembrando que vocês se conheceram no evento e, se quiser, proponha um encontro. Adicione a pessoa no LinkedIn. Ao aceitar o convite de alguém, proceda da mesma forma.

Fica a dica...





segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Momento de Reflexão



"Mude de opinião. Leia mais. Reze.
Acredite. Tenha amigos. Seja paciente. Divirta-se.
Chore. Sorria. Sonhe. Trabalhe. Durma. Acorde.
Relaxe. Seja feliz. Faça planos. Perdoe.
Viva intensamente..."

5 Lições do Esporte ao mundo Corporativo



Todos os dias, casos e mais casos de sucesso no mundo esportivo servem de exemplos para o mundo corporativo. A relação de desafios do atleta aos negócios, escondem segredos que fazem os atletas de elite estar próximos ao topo e que podem ser aplicados a qualquer trabalho.


Como as atitudes de um atleta podem ser levadas para o dia-a-dia de qualquer trabalho profissional?

1. Lidar com a Pressão
Um atleta pode ter talento e treino intenso. Mas numa competição ele vai lidar com a pressão:  do adversário, dos torcedores, do treinador, da imprensa e dele mesmo.
Como um atleta, o executivo precisa fazer um trabalho de fortalecimento mental para determinadas situações, como a negociação de um contrato.
Para isso, os atletas costumam se concentrar no momento. O atleta treina a ponto de fazer movimentos instintivamente, para nem precisar pensar no que fazer durante a partida.

2. Ampliar os Objetivos
Quando alcançam um objetivo, os atletas logo pensam em uma nova meta. Eles sentem vontade de enfrentar desafios talvez por saber que terão de parar de atuar ainda jovens.
Quando não confundem essa ânsia com ganância, atletas de elite criam uma arma poderosa:  a vontade de se superar.
É preciso apreciar o sucesso e não ficar estagnado. Ter um desejo saudável de superação faz muita diferença para o crescimento dos profissionais e das empresas.

3. Treinar com Disciplina
Os esportistas que se destacam tem, sem dúvida, talento natural. Mas os que se mantêm no topo alcançam o sucesso porque reconhecem que talento não basta.
É preciso treinar muito. O atleta sabe que seus adversários mais difíceis são igualmente talentosos e também buscam aperfeiçoamento. Daí vem a dedicação ininterrupta.
Os esportistas de primeiro nível unem talento a uma disciplina ferrenha. Se não praticam, o talento é desperdiçado. De nada adianta ter talento sem potencializá-lo com estudo e prática constante.

4. Ter o apoio de um Líder Atento
Os talentos surgem, e são descobertos nas famílias, nas várzeas, quadras de bairro. Quando o atleta, ainda criança, demonstra um jeito natural de praticar o esporte e faz movimentos semelhantes aos de um profissional. Ao identificar essa tendência, a criança deve ser estimulada a aprender e desenvolver-se no esporte.
O profissional nem sempre reconhece o próprio talento e precisa de um Líder que aponte suas qualidades. Os gestores que se destacam são aqueles que ajudam os subordinados a detectar as atividades em que são mais habilidosos.

5. Enfrentar a ameaça do Fracasso
A dúvida sobre a derrota ou a vitória sempre acompanha um esportista. Ele nunca tem certeza de como vai terminar um jogo, qualquer que seja. Campeões, por mais focados que estejam em conquistar um campeonato, tem consciência de que a vitória não pode se tornar uma obcessão. Caso contrário, ficam cegos pelo sucesso e correm o risco de se tornar ambiciosos demais.
Profissionais maduros enxergam nas derrotas mais uma possibilidade de aprendizado. Grandes atletas respeitam seus adversários e perdem com elegância. 


Fica a dica...

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Momento de Reflexão




"Pensar fora da caixa é um ato de coragem.
Porque coragem não é aquela vontade de mudar o mundo,
mas de mudar a si mesmo."
Nilsa Alarcon In HUMI

Quais os Caminhos que levam aos Riscos???



Muitas situações levam uma pessoa a tomar uma decisão imprudente. Conhecer as ciladas e os atalhos é o jeito mais seguro de fazer a escolha certa, seja para ousar na carreira, seja para melhorar a cautela.

Todos os dias, as pessoas se deparam com situações que exigem escolhas com diferentes níveis de risco. No âmbito do trabalho, isso pode ser uma mudança de emprego ou a definição de determinada estratégia de negócio, por exemplo.

Diante deste tipo de cenário comum, alguns profissionais são muito ousados e outros muito conservadores. Por que isso ocorre?

Diferentemente do que se imagina, a opção pelo risco não é apenas a expressão de um traço biológico de personalidade. Rotular alguém de arrojado ou não seria, portanto, um erro. Além da predisposição para emoções fortes, há outros fatores que tem peso igual ou maior na imprudência de um profissional.

O fato de uma pessoa assumir um risco em determinada situação não significa necessariamente que ela vai agir de maneira semelhante em outra. Pessoas que tenham apetites semelhantes para o risco podem fazer escolhas diferentes, influenciadas por outros aspectos.

Uma das coisas que influenciam a tomada de risco é a esfera da vida em que a escolha está inserida, como:  Lazer, Ética, Finanças, Social e Saúde.

Lazer
A pessoa que gosta de fazer esportes radicais e se acidenta, como o ex-piloto de Fórmula 1, Michael Schumacher.

Ética
A pessoa pode fazer negócios que envolvam suborno e corrupção, ou trabalhar em uma empresa ciente de que ela causa danos ambientais.

Finanças
Influenciado pela perspectiva de alto retorno, um grupo de executivos pode optar por fazer um investimento ruim e ter um prejuízo no futuro.

Social
O profissional que não tem medo da reação dos outros e fala o que pensa em uma reunião de negócios.

Saúde
O profissional que não sabe equilibrar a relação entre lazer, exercício e trabalho.
 
Outro aspecto é o processo psicológico da escolha. Uma escolha pode ser quente, rápida e emocional, ou fria, pensada e calculada. Vale notar que quente não é sinônimo de risco:  a reação de uma pessoa diante de uma decisão rápida pode ser justamente eliminar qualquer perigo e tomar o caminho mais seguro.


ERROS COMUNS DE DECISÃO
1. Calor do Momento
Sob pressão, o profissional toma uma decisão mais arriscada do que faria se estivesse calmo. É o mecanismo da compra por impulso:  empolgada (com o preço baixo de uma liquidação), a pessoa analisa mal as variáveis envolvidas e gasta mais dinheiro em algo que não queria.

2. Falsa Certeza
A pessoa confia cegamente numa experiência positiva e arrisca. É o executivo que fecha um mau contrato tendo na cabeça uma negociação anterior. O filme 127 Horas mostra um alpinista experiente que não teme ficar sozinho no deserto e acaba preso a um paredão de pedra.

3. Sensação de Perda
A pessoa percebe que está perdendo algo e toma decisões arriscadas para reequilibrar a situação. Como quando um lojista baixa preços ao ver um concorrente vender mais ou a pressa que leva o jogador de basquete a arriscar cestas de 3 pontos.


PERCEPÇÃO DO RISCO
Atitude no risco.
A maneira como uma pessoa percebe o risco é muito importante na hora de tomar uma decisão. Biologicamente, o ser humano tem um viés otimista. Por causa disso, as pessoas acreditam que as chances de acontecer algo ruim com elas é menor do que a possibilidade de acontecer com os outros. Isso seria uma das explicações de porque os avisos em maços de cigarro sobre os malefícios do tabagismo não tem muito efeito sobre os fumantes.
Tente compreender suas reações ao risco e identifique quais os receios e as expectativas em relação à escolha. Após essa análise, pode ser que você conclua que sua reação tende a ser mais arriscada ou mais prudente.

Reflita sobre a Decisão.
Outro fator associado ao risco é a expectativa de ganho. Durante a tomada de decisão existe uma armadilha chamada efeito de ancoragem, que é a tendência de basear a decisão em uma informação inicial - como ocorre quando negociamos o preço de um produto.
Decisões por impulso costumam ter como base a emoção. Dê um tempo para que um raciocínio mais frio e analítico possa influenciar a escolha.

Arrisque Pequeno.
O histórico de experiências de sucesso ou fracasso também interfere. Temos essa tendência de basear a escolha em informações disponíveis, principalmente se a decisão envolve um interesse pessoal. Experiência, familiaridade com o assunto e histórico de tentativas bem ou mal sucedidas ajudam a construir confiança. Tomar pequenos riscos ajuda a criar segurança.

Tenha cuidado com o excesso de Confiança.
O excesso de confiança é outra armadilha, em que às vezes cometemos grandes erros. Ao se tornar mais poderosa, em cargos hierárquicos, a pessoa modifica suas fronteiras de risco e se expõe mais.


Na hora de fazer opções  de carreira ou de tomar decisões cotidianas no trabalho, conhecer aspectos do risco pode ser a diferença entre um erro e um acerto. Mas ser ousado é apenas uma das maneiras de agir profissionalmente. Há uma pressão da sociedade para que a pessoa seja um macho alfa. Ter atitudes mais ousadas é uma forma de reforçar essa posição e a percepção que os outros tem de você. 

Existe uma grande quantidade de empresas diferentes, com cargos e culturas diferentes, em que as pessoas que não são ousadas e quem é avesso ao risco tendem a se dar melhor.

Encontrar um lugar que seja adequado à atitude do profissional em relação ao risco é uma decisão importante a tomar.
Mais um de muitos caminhos...