quarta-feira, 23 de março de 2016

Momento de Reflexão


“Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual.
Somos seres espirituais passando por uma experiência humana.”
Teilhard de Chardin

Feliz Páscoa!!!

 
 
Bom dia, Amigos,


Fazendo minha faxina interior a fim de me preparar para a Páscoa, andei pensando em certos entraves, algo comuns a quase todos nós.

Muitas vezes duvidamos de nossa própria capacidade e pensamos não sermos capazes de realizar algo.

Abra um espaço para a Luz dentro de você!

Uma das maneiras práticas de permitir que a Luz entre em sua vida é permitir que as pessoas ao seu redor compartilhem idéias, afetos, projetos, sonhos , metas com você.

Muitas vezes somos teimosos e dizemos:

"Não preciso de ninguém, posso resolver tudo sozinho."

Mas, se não estamos abertos para receber ajuda dos outros, no nível sutil, quântico, isto significa que a Luz também não poderá entrar.

Quando criamos uma barreira ao ato de receber, acabamos por criar uma interrupção no fluxo de compartilhar, em algum momento de nossas vidas as energias irão se estagnar. Muito perigoso isto em qualquer dimensão de nossas vidas, inclusive, no exercício de nossos ofícios.

É necessário viabilizar o constante movimento de receber para compartilhar, para atrairmos as bênçãos do Mundo Infinito para nossas vidas.

Se você não se sente confortável recebendo, obrigue-se a fazê-lo mesmo assim.

O receber pode vir de diferentes maneiras.

Para alguns, pode ser através de conselhos, para outros, pode ser um pedido de ajuda, até mesmo um doce ou copo d´água.

Encontre uma área onde é difícil para você receber, e simplesmente se abra.

E nesse momento, lhe chamo a refletir:

“A festa da Páscoa é a festa da ressurreição de Jesus.
 

Celebrar a Páscoa, significa celebrar a "Vida"
Celebrar a Páscoa é deixar morrer tudo que há de "menor" em nós (os defeitos, as incompreensões, a falta de amor...) e deixar "ressurgir, ressuscitar" tudo que temos de bom, de grandioso em nós.
 

É deixar o Cristo viver em nós.
 

Celebramos a Páscoa, meu amigo, minha amiga, meu irmão, minha irmã!
Comecemos agora a cultivar o amor de Cristo e a alegria invadirá nossos corações.
Comecemos agora a aceitar o nosso semelhante, cultivemos a compreensão, a confiança, e nos sentiremos melhor.
Comecemos a crer no outro, e sermos bondosos e pacientes, humildes e diligentes.
Comecemos agora a perdoar de coração,e a ter coragem de também, pedir perdão!
Comecemos agora a nos alegrarmos com a verdade, a desculpar (as imperfeições), a crer, a realizar dias melhores, e promover a paz.
Comecemos agora, juntos, a "vivermos" a ressurreição do Cristo que nos faz "família".
 

É Páscoa, todo dia , quando somos capazes de olharmos para os lados, ver em todos que nos cercam um "irmão", filhos do mesmo Pai.”


Que tenhamos uma semana de grandes acontecimentos a todos, e uma Feliz Páscoa!!!

quinta-feira, 10 de março de 2016

Momento de Reflexão






 “Uma instituição é como uma música; 
não é formada por sons individuais, mas pelas relações entre eles... 
Peter Drucker

Como as boas ideias surgem?






Em tempos onde só se fala em crise, redução de staff, redução de gastos e necessidade de encontrar novos caminhos para sobreviver no mercado, não há dúvidas:  ser criativo é questão de sobrevivência.


Criatividade é muito mais do que a habilidade de criar algo novo. A criatividade é ver a mesma coisa que os outros vêem, e enxergar algo diferente antes deles. É um questionamento que desencadeia uma melhora, uma ideia nova, um produto melhor.


Questionando, você assume que sempre dá para fazer melhor, e sai em busca de novas ideias. Criatividade é a consciência de que o fato de algo estar sendo feito da mesma maneira há muito tempo não garante que esta seja a melhor maneira. Com criatividade, sempre dá para fazer melhor.


Ao contrário do que se pensa, todas as pessoas nascem criativas. Todos somos capazes de ter boas ideias, o que acontece é que durante o processo de crescimento, em nome da organização social, tendemos a ir sufocando nossa energia criativa, e saímos sempre em busca de respostas padrão, que não choquem. Desde cedo aprendemos a aceitar o “NÃO” como resposta, antes mesmo que ele se pronuncie. Evitamos pensar em caminhos novos, e buscamos sempre por aquilo que temos certeza que as pessoas querem ouvir.


Existem situações, principalmente no âmbito profissional, que pedem para que sejamos criativos e que inovemos. E apesar de existirem profissões que promovam com mais insistência o exercício da criatividade, ela está presente em todas as áreas. O estímulo aos seus componentes – conhecimento, motivação e flexibilidade – é que faz a diferença. Mas também é de conhecimento comum que muitas vezes e em muitas áreas, o profissional pode sofrer alguns bloqueios que o impeçam de criar, de contribuir.


Quem é que nunca chegou cheio de gás ao começar a trabalhar em uma nova empresa, percebendo diversas mudanças pedindo silenciosamente para serem empreendidas e não se deparou com o seguinte comentário de alguém mais velho de casa:  “Meu caro, não adianta tentar mudar. As coisas aqui sempre foram feitas assim”?


Essa é apenas uma das frases assassinas que ouvimos na vida profissional e que se manifestam de forma verbalizada. Mas existem também outros bloqueios inerentes ao ambiente, tanto o físico quanto o emocional, da empresa. Se a organização não abre espaço para a contínua discussão dos problemas, de forma a compartilhar responsabilidades, ela tende a ser uma empresa que funciona no piloto automático, na rotina.


Se sair do convencional, pensar em novas oportunidades, ousar, é a solução para a falta de dinamismo e estagnação em que muitos profissionais se encontram, na prática, o exercício da criatividade requer alguns estímulos mais precisos e mais práticos. Um deles é o investimento que todo mundo, independente de condição social, deve fazer em conhecimento. Treinar a flexibilidade, por mais difícil que pareça, também é necessário.


Conhecimento em movimento, combinado, recombinado e aplicado é o que faz a diferença. Quanto mais conhecimento, melhor, já que uma boa ideia costuma ser produto da associação de outras que a sucederam em outros tempos, em outros ambientes tecnológicos, econômicos, geográficos e políticos. É preciso ter motivos para agir, e estes motivos vão desde a sobrevivência física até o elevado ganho emocional, a auto realização. O conhecimento, a flexibilidade e a motivação compõem aquilo que, nas minhas palestras e treinamentos, trato como as engrenagens do motor da criatividade.


Você tem que se acostumar a ser criativo, a pensar diferente para ser diferente neste mercado tão competitivo. É aqui que entra o seu talento. A capacidade de pensar diferente é o seu patrimônio, porque ao ter ideias e resolver problemas criativamente, você se diferencia dos demais que só vêem a mesmice a vida toda.


Walt Disney era um homem de criatividade indiscutível, e disse, certa vez em uma palestra, que criatividade é a mesma coisa que um exercício físico. Quanto mais você malha um músculo, mais ele se desenvolve. A atividade reforça o músculo, ao invés de desgastá-lo. 
Pensar diferente é a mesma coisa. Você se acostuma sempre a procurar uma nova alternativa para resolver um problema ou para otimizar uma oportunidade.


Habituar-se a pensar diferente é sempre questionar por que desta maneira?


Não haverá outra melhor?


E sendo assim, em tempos tão turbulentos, estará na criatividade das equipes a ajuda que as empresas precisam para sobreviver e não serem ofuscadas pela concorrência?


Sim, a empresa que não  investir em gente está fadada a ruir nos próximos movimentos macroeconômicos, e eles estão acontecendo em intervalos cada vez mais curtos. A empresa que apenas se preocupar com a aplicação tecnológica da criatividade, esquecendo da aplicação humana e relacional, tenda a evaporar.


Quando falamos em criatividade, imaginamos apenas ela sendo aplicada na inovação de produtos ou serviços. Mas ela se faz presente nas relações humanas bem mais do que muitos gostariam de acreditar. Um casamento que não se inova continuamente, tende a esfriar, a fracassar, a tornar-se uma relação de pura conveniência, sem paixão.


A empresa que continuar pensando no seu cliente interno, ou seja, seu colaborador, apenas como um recurso humano, pode até mantê-lo sob seu teto por um bom período, porém sem criar pontos de contato, de experiência positiva e de envolvimento com ele. Na prática, acontece aquilo que é um dos pesadelos de muitos gestores:  por R$ 50,00 (Cinquenta Reais) a mais no fim do mês, o funcionário atravessa a rua na primeira oportunidade, levando informações valiosas para o concorrente...



Fica a dica.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Momento de Reflexão






"Há mais pessoas preocupadas em dar explicações, 
do que em encontrar soluções..." 

Alberto Saraiva

Quem avalia os Avaliadores?






Um tema forte de nossos tempos é a sustentabilidade. Assim como outros casos que viraram história, para muitos a sustentabilidade é a resposta para todos os males do mundo moderno.

Embora haja diferentes nuances nas definições de sustentabilidade, elas desembocam, ou pelo menos tangenciam, em questões éticas. E é ao evitar ou esquecer de discutir tais questões que podemos cometer algumas injustiças.

Considero o desempenho das pessoas uma das peças fundamentais para a sustentabilidade das empresas. Por isso, proponho uma reflexão sobre sustentabilidade e ética numa etapa crítica da gestão de pessoas:  a AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO. Usarei três lentes para olhar a questão:  RESPEITO, LEALDADE e TRANSPARÊNCIA.

Se olharmos isentamente tal processo, podemos notar que possuem muitas características de um verdadeiro tribunal, sem defesa e sem júri. Entretanto, ele é fundamental e imprescindível para o sucesso, tanto das organizações como das pessoas que a constituem. Por isso, defendo que seja mantido e valorizado sem perder de vista seus aspectos éticos que podem causar impacto na vida das pessoas e não apenas dos profissionais.

Quanto aos processos de avaliação – e o uso que se faz dos seus resultados – respeitam as pessoas como seres humanos? 

Quem avalia o desempenho deve entender que seu pronunciamento é uma verdadeira sentença, que podem alavancar ou bloquear uma vida profissional e pessoal. Vai decidir, ou pelo menos influenciar, o futuro da pessoa avaliada. 

Mas, atenção! 

Não é só o futuro profissional. Trata-se da vida de alguém que tem família, amigos e sonhos. O desempenho profissional é apenas um dos componentes do mosaico que é a vida de cada um. Não podemos limitar as pessoas a serem apenas o capital humano das empresas. Respeitar o ser humano que está sendo avaliado é a primeira das lentes que proponho para olhar esse processo. E pode ser a menos difícil de usar.

A lealdade talvez seja o item mais crítico a ser observado. Lealdade aqui significa usar o instrumento de avaliação sem finalidades do jogo político ou financeiro. 

Quem avalia tem condição de se isentar de opiniões pessoais, potencialmente contaminadas com sentimentos de simpatia ou aversão? 

Há uma preparação cuidadosa dos avaliadores para serem juízes do desempenho? 

E como são preparados os avaliados para interagirem com o avaliador? 

Quem avalia o avaliador? 

A avaliação é fundamentada em observações criticamente criteriosas, que consideram todas as variáveis que podem impactar o desempenho? 

E, ainda sob esta lente, o uso que se faz dos resultados da avaliação está focado apenas nos interesses da empresa ou há espaço para valorizar o ser humano e suas aspirações pessoais?

Reconheço que as organizações, empresariais não devem nem podem ser instituições de benemerência. Elas sobrevivem pelo desempenho das pessoas que a corporificam.
E é aí que entra a lente da transparência. O bom desempenho é indispensável para a sustentabilidade das organizações, mas não pode deixar de lado a sustentabilidade da pessoa avaliada. O avaliado deve ter claro o que se espera dele; precisa ser informado claramente sobre como está sendo observado seu desempenho. Tem todo o direito de saber os planos reais que a empresa tem para ele:  sejam de progresso, correções ou até realinhamentos da carreira e desligamento. Sem eufemismo que lancem verdadeiras cortinas de fumaça sobre questões delicadas. É através do tratamento justo e aberto que uma pessoa que trabalha em uma organização pode ser considerada não apenas por seu valor, como um objeto, mas como um ser humano integral.

Claro que estas questões não são fáceis de serem respondidas, ainda. Meu intuito é provocar a discussão do tema. Não podemos, todos os responsáveis pela gestão de pessoas, ter receio de enfrentar os aspectos mais difíceis. É fazendo perguntas e buscando as respostas para elas que o ser humano evolui.


Fica a dica...