terça-feira, 29 de março de 2011
Caia na Rede, Não Caia da Rede...
Com a internet e as redes sociais, as pessoas estão cada vez mais conectadas, o que facilita o chamado newtworking, instrumento poderoso para abrir as portas do mercado de trabalho e do mundo dos negócios. No entanto, com a diversidade de ferramentas, o fantástico número de usuários e a tendência ao caos que a rede sugere, os profissionais têm dificuldades de administrar de forma eficiente e tirar proveito dos relacionamentos virtuais.
Afinal, como ganhar visibilidade e aparecer de forma diferenciada na rede social quando todos se apresentam com clichês como motivado, inovador, dinâmico e focado em resultados? De que forma se conectar às pessoas certas e tornar produtivos esses relacionamentos? Como entrar em grupos sem se sentir ou ser considerado um “penetra” chato e indesejável?
A rede social tem uma lógica: o usuário aumenta o número de conexões com pessoas que realmente conhece ou com quem mantém algum tipo de relacionamento – e, a partir desses contatos, ele se conectará progressivamente a pessoas que não conhece no mundo físico. Ou seja, no networking virtual, o céu é o limite. Mas, apesar desse caráter, digamos permissivo, da rede, o profissional precisa ter organização, objetividade, foco e persistência. Confira alguns conselhos:
Afinal, como ganhar visibilidade e aparecer de forma diferenciada na rede social quando todos se apresentam com clichês como motivado, inovador, dinâmico e focado em resultados? De que forma se conectar às pessoas certas e tornar produtivos esses relacionamentos? Como entrar em grupos sem se sentir ou ser considerado um “penetra” chato e indesejável?
A rede social tem uma lógica: o usuário aumenta o número de conexões com pessoas que realmente conhece ou com quem mantém algum tipo de relacionamento – e, a partir desses contatos, ele se conectará progressivamente a pessoas que não conhece no mundo físico. Ou seja, no networking virtual, o céu é o limite. Mas, apesar desse caráter, digamos permissivo, da rede, o profissional precisa ter organização, objetividade, foco e persistência. Confira alguns conselhos:
- Planeje sua entrada na rede social – Não caia na rede apenas porque todo mundo está lá. Defina objetivos, avalie as ferramentas, calibre a imagem e as mensagens que quer transmitir.
- Não seja um franco atirador – Não convide desconhecidos apenas para alavancar sua rede. Procure se conectar a pessoas e grupos com os quais tenha interesses em comum.
- Não confunda alhos com bugalhos – Todas as ferramentas contribuem para o networking, mas cada uma tem uma funcionalidade específica. Se você quiser apresentar seu currículo, procurar contatos em sua área, prospectar negócios ou participar de discussões profissionais de seu interesse, o LinkedIn é a melhor ferramenta, pois tem um foco mais corporativo. O Facebook é mais democrático e serve para você compartilhar novidades, ideias, falar de sua vida, do jogo de domingo ou de sua paixão por cachorros. Isso não quer dizer que a ferramenta deva ser descartada para relacionamento de caráter profissional, pelo contrário.
- Vá além dos clichês – Procure, quando oportuno, mostrar suas experiências profissionais concretas, como projetos que liderou, resultados que obteve e desafios que superou. Compartilhe conhecimentos, pois essa é uma forma de você se diferenciar na rede.
- Tenha bom-senso – Não entre em grupos de discussões de temas que não o interessam, que você não domina ou com os quais não tem familiaridade. Você será visto como bobo, ingênuo e oportunista.
- Tente trazer para o mundo real os relacionamentos virtuais – Aproveite as oportunidades para conhecer pessoalmente aquelas pessoas com as quais mantém contatos virtuais – em eventos, congressos, feiras, festas corporativas, campeonatos ou happy hours –, mas sem forçar a barra. Se você acha que albatroz, birdie e eagle só existem no mundo da ornitologia, não convide ninguém para jogar golfe.
Big Brother Brasil
Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.
Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.
Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
Respeite, Pedro Bial
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.
Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.
É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.
Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.
E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.
Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.
Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
Respeite, Pedro Bial
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.
Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.
É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.
Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.
E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…
quinta-feira, 10 de março de 2011
A Embalagem
Nunca se falou tanto em inovação como nos últimos tempos e, a cada dia, aumenta a certeza de que essa é a medida mais eficiente para uma marca comunicar diferencial e obter vantagem competitiva. Segundo o Censo da Inovação, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as empresas que inovam de forma correta e consistente apresentam desempenho e resultados significativamente superiores aos dos concorrentes.
Se isso realmente acontece, por que, então, as empresas não inovam mais?
Se isso realmente acontece, por que, então, as empresas não inovam mais?
Porque, para isso, é preciso metodologia e gestão especializada e que sejam seguidos alguns prerrequisitos: decisão e liderança empresarial, metodologia de inovação intensiva e focada, gestores especializados e dedicados e investimentos predeterminados.
Existem várias metodologias de inovação disponíveis e as empresas devem escolher a que melhor se ajuste às características de seu negócio e à cultura empresarial. A maioria dessas metodologias parte do pressuposto de que é preciso ter pessoas inovadoras e criativas na liderança do processo e que a geração de um grande número de ideias deve ser o ponto de partida para a posterior avaliação das possibilidades criadas.
Quase todas elas iniciam pelo processo de brainstorming, no qual todas as ideias propostas devem ser consideradas e não deve haver nenhum tipo de censura prévia. A metodologia de inovação mais utilizada nas empresas até hoje é a stages and gates, que aplica o chamado funil da inovação em que centenas e até milhares de ideias são geradas para que se chegue a um único produto consistente e plausível.
Nos últimos três anos, temos pesquisado e analisado diversas metodologias de inovação disponíveis e não encontramos nenhuma voltada exclusivamente para o desenvolvimento de embalagens. Por isso, o Núcleo de Estudos da Embalagem da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) desenvolveu uma metodologia de inovação exclusiva para embalagens baseada nas percepções de valores dos consumidores.
Muitas são as razões que nos levam à certeza de que a inovação em embalagem é um fator decisivo para o sucesso das marcas. Basta examinar o contexto em que elas concorrem e os padrões de comportamento dos consumidores:
Existem várias metodologias de inovação disponíveis e as empresas devem escolher a que melhor se ajuste às características de seu negócio e à cultura empresarial. A maioria dessas metodologias parte do pressuposto de que é preciso ter pessoas inovadoras e criativas na liderança do processo e que a geração de um grande número de ideias deve ser o ponto de partida para a posterior avaliação das possibilidades criadas.
Quase todas elas iniciam pelo processo de brainstorming, no qual todas as ideias propostas devem ser consideradas e não deve haver nenhum tipo de censura prévia. A metodologia de inovação mais utilizada nas empresas até hoje é a stages and gates, que aplica o chamado funil da inovação em que centenas e até milhares de ideias são geradas para que se chegue a um único produto consistente e plausível.
Nos últimos três anos, temos pesquisado e analisado diversas metodologias de inovação disponíveis e não encontramos nenhuma voltada exclusivamente para o desenvolvimento de embalagens. Por isso, o Núcleo de Estudos da Embalagem da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) desenvolveu uma metodologia de inovação exclusiva para embalagens baseada nas percepções de valores dos consumidores.
Muitas são as razões que nos levam à certeza de que a inovação em embalagem é um fator decisivo para o sucesso das marcas. Basta examinar o contexto em que elas concorrem e os padrões de comportamento dos consumidores:
- Como se sabe, um supermercado pode ter até 45 mil produtos e um hipermercado chega a ter até 130 mil produtos à disposição dos consumidores. No entanto, cerca de 75% desses produtos não têm qualquer apoio de comunicação. Nesse contexto, a embalagem é um elemento fundamental para a comunicação dos benefícios e valores das marcas e como fator influenciador da decisão dos clientes.
- Além disso, sabemos que mais de 80% das decisões de marcas dos consumidores acontecem no ponto de venda, naqueles poucos segundos em que eles param na frente da gôndola e recebem os últimos estímulos que nortearão sua decisão final.
É, portanto, preciso impactar o consumidor nesse momento, e a embalagem é o último recurso da marca. Muitas vezes, o mais importante! A nossa metodologia de inovação de embalagem, baseada na percepção do consumidor, é muito simples e pode ser utilizada por qualquer empresa, não necessitando de grandes investimentos nem do envolvimento de muitas pessoas e consiste em cinco etapas:
1. Definição da categoria na qual a metodologia será
aplicada – Considerando que a concorrência se dá na categoria, é necessário estabelecer claramente em qual o produto compete.
aplicada – Considerando que a concorrência se dá na categoria, é necessário estabelecer claramente em qual o produto compete.
2. Estudo/diagnóstico da categoria – Essa é uma etapa de extrema importância para o sucesso da metodologia, pois dará uma visão clara da forma de atuação da concorrência, das dinâmicas e dos padrões adotados pelos diferentes players do mercado.
3. Pesquisa para conhecer o valor atribuído pelo consumidor na categoria – Nessa etapa, usamos uma adaptação do modelo de mind map para entender as percepções e valores do consumidor e os benefícios esperados nessa categoria de produtos.
4. Proposição da inovação combinada com um benefício percebido – Deve trazer uma inovação na categoria de produto aliada a um benefício percebido e valorizado pelo consumidor.
5. Identificação ou criação da embalagem que atende a essa proposição – Muitas vezes, a embalagem não precisa ser criada. Com frequência, ela se encontra em alguma outra categoria de produto, requerendo apenas alguma adaptação.
Que venha 2011...
Há uma doença congênita que assola nosso país. Uma doença que ceifa empregos e reduz o dinamismo da Economia, prejudicando toda a sociedade, mas que se reveste como algo bom, travestido com a toga da alegria. Esta doença atende pelo nome de Carnaval.
"Os momentos de intensa felicidade são, por natureza, fugazes.Se todo dia é Carnaval, acabou o Carnaval.A garota de Ipanema é, por definição, a 'que vem e que passa', jamais a que fica."(Eduardo Giannetti da Fonseca)
Perguntei a um amigo como havia se saído em uma entrevista de seleção para a qual fora convocado e que aguardava com grande ansiedade. Ele me respondeu resignado: "Foi desmarcada. Agendaram para depois do Carnaval".
Almoçando com um empresário, notei sua apreensão com as vendas neste mês. "Todos os anos é a mesma coisa. Clientes ativos deixam para repor estoques apenas em março e novos clientes preferem negociar orçamentos após o Carnaval", relatou-me.
Reinício das aulas na faculdade. Entro na sala e sinto-me como em um auditório, tamanho o número de cadeiras vagas. Presentes apenas 30% dos alunos, que me confortam: "Primeira semana de aula é meio devagar mesmo, professor. Depois do Carnaval estarão todos aqui".
Oportunidades de trabalho não preenchidas, produtos não fabricados, aulas não ministradas, conhecimento não compartilhado.
Há uma doença congênita que assola nosso país. Uma doença que ceifa empregos, impede o crescimento da renda e reduz o dinamismo da Economia, prejudicando toda a sociedade, mas que se reveste como algo bom, travestido com a toga da alegria. Esta doença atende pelo nome de Carnaval.
Anualmente contamos 104 dias correspondentes a sábados e domingos e outros 15 dias, em média, representados por feriados prolongados. Ou seja, quase um terço do ano onde grande parte da população não trabalha, não produz.
É evidente que há uma miríade de pessoas que exercem suas atividades profissionais aos sábados e, até mesmo, aos domingos. Mas estou fazendo uma abstração para sinalizar que não há mais tempo a perder para quem se propõe a construir uma nação mais próspera e justa. Como diria Machado de Assis, "Nós matamos o tempo, mas ele nos enterra".
É fato notório que, exceção feita à indústria do turismo, muitos setores são prejudicados pela ocorrência do Carnaval. Já experimentamos uma retração natural no período entre o Natal e o Ano Novo. Que bom seria se o Carnaval acontecesse logo na primeira semana de janeiro! Assim, teríamos um recesso coletivo que convidaria o país a retomar com pujança suas atividades a partir, aproximadamente, do dia 10 de janeiro.
Meu amigo desempregado terá que aguardar... para depois do Carnaval.
Meu colega empresário terá que suportar suas contas a pagar até... depois do Carnaval.
Minhas aulas somente poderão ser apresentadas... após o Carnaval.
Que se preserve a "alegria do povo". Que aproveitemos os imprescindíveis momentos de ócio e lazer. Mas precisamos refletir sobre os benefícios de uma antecipação da comemoração do Carnaval.
Por Tom Coelho
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