segunda-feira, 30 de abril de 2012

Momento de Reflexão



“Você não se afoga por cair na água,
você se afoga por ficar lá...”
Edwin Louis Cole

Os 8 erros da Mudança...




A mudança pode aparecer como um processo de reengenharia, pode ser a redução de custos através de corte de pessoal (downsizing). Muitas vezes, ela se disfarça de transformação cultural. E, em determinadas oportunidades, vem com uma fusão ou como uma aquisição. Existem infinitas formas de mudanças internas que, por sua vez, respondem a mudanças externas. Mas em que tipo de cultura as mudanças tem mais chances de apresentarem sucesso?

De alguma forma, pelo menos no início, é mais fácil implantar a mudança em uma organização hierarquizada, vertical, porque a partir de uma posição de poder é mais simples atrair a atenção das pessoas e impulsionar esse tema. O problema é que, no final, o poder não serve para implantar uma mudança.

Antes de se perguntar:  “Onde foi que eu errei?” ou ficar pensando se está no caminho correto ou não, é importante saber que é natural que, durante o processo, cometamos algumas falhas que podem colocar toda a mudança por água abaixo. Cito a seguir os 8 principais erros cometidos nas empresas:


1.       NÃO CRIAR UM SENTIDO ADEQUADO DE URGÊNCIA ENTRE OS EXECUTIVOS E OS FUNCIONÁRIOS
A maioria dos esforços bem-sucedidos de mudança tem início com a transmissão de forma abrangente de informações drásticas, principalmente quando se trata de crises em potencial ou oportunidades, que dependem do momento certo para que alcancem o sucesso. Por isso, o senso de urgência é crucial para se obter a cooperação necessária ao processo de implantação de mudanças.

2.       NÃO CRIAR UMA ALIANÇA DE ORIENTAÇÃO FORTE O SUFICIENTE
É preciso envolver a alta direção e formar uma equipe apoiada por ela para comandar a mudança. Para que a transformação seja bem-sucedida, é necessário que a alta cúpula se envolva de corpo e alma em todas as ações. Os esforços de mudança que não conseguem formar essa aliança podem até conseguir um processo aparente durante um pequeno espaço de tempo, mas em breve a oposição se une e acaba com a mudança.

3.       SUBESTIMAR O PODER DA VISÃO CORPORATIVA
A empresa deve criar uma visão que ajude a direcionar os esforços de mudança. Além disso, precisa elaborar as estratégias para atingir essa visão. O autor destaca que em um processo de mudança, uma visão tem três finalidades:  esclarecer a direção geral da mudança e simplificar milhares de decisões mais detalhadas; motivar as pessoas a agir na direção correta, ainda que os passos iniciais sejam dolorosos; ajudar a coordenar as ações de maneira rápida e eficiente. A visão deve estar estreitamente vinculada à realidade; não se trata de fazer abstrações. Ela tem de ser desejável, realista, focalizada, flexível e fácil de comunicar.

4.       NÃO COMUNICAR A VISÃO DE FORMA MACIÇA E ADEQUADA
É impossível a mudança acontecer se a maior parte das pessoas não estiver disposta a colaborar, até mesmo a ponto de fazer alguns sacrifícios em curto prazo. Normalmente, a visão é dez vezes menos divulgada do que deveria.

5.       NÃO FOMENTAR O EMPOWERMENT
A empresa deve eliminar os obstáculos à transferência de poder e responsabilidade para os funcionários, modificar os sistemas ou as estruturas que atrapalhem a visão de mudança (pelos funcionários) e estimular a atitude (dos funcionários) de assumir riscos e de ter idéias e iniciativas não-convencionais.

6.       NÃO GERAR RESULTADOS DE CURTO PRAZO
Os compromissos com as vitórias de curto prazo mantêm o nível de urgência elevado e forçam um raciocínio analítico detalhado, que pode esclarecer ou reconsiderar visões. Sem ganhos de curto prazo, a maioria das pessoas desiste ou acabam se unindo àquelas que vêm resistindo à mudança.

7.       CANTAR VITÓRIA ANTES DA HORA
Até que as mudanças criem raízes profundas na organização, sempre há a possibilidade de regressão, portanto ao se cantar vitória antes do tempo, abre-se espaço para as forças poderosas da tradição. Não se pode dar por satisfeito logo com os resultados, deixando de consolidá-los para criar mais mudanças.

8.       NÃO INCORPORAR AS MUDANÇAS À CULTURA DA EMPRESA
A empresa deve chegar a um patamar de desempenho melhor, com um comportamento orientado para o cliente e para a produtividade, através de mais e melhor liderança e uma gestão mais eficaz. Refiro-me mais especificamente ao comportamento e aos valores dos funcionários. Defendo que a mudança só se estabelece mesmo quando se converte na maneira de fazer as coisas da empresa, quando circula nas veias corporativas. Se os novos comportamentos não estiverem firmemente enraizados nas normas sociais e nos valores compartilhados pela comunidade empresarial, vão se degradar, à medida que diminuírem as pressões associadas ao esforço de mudança.


Por isso, é preciso mostrar às pessoas que as novas abordagens, comportamentos e posturas ajudaram a melhorar o desempenho, como também garantir que geração seguinte da alta gerência personifique a nova abordagem. Isso é importante porque cultura permeia as ações das pessoas e grupos. Então, se a mudança não é incorporada no cotidiano da organização, pode reverter à situação anterior.

No passado, ocorria uma grande mudança a cada 10 ou 20 anos, e em seguida havia outros tantos anos de relativa tranquilidade, até que se estabelecesse novamente o caos. Agora, a mudança ocorre o tempo todo. Quando terminamos um processo importante de mudança, enfrentamos outras transformações, de modo que nunca estamos num período de calma absoluta. E se o ambiente de negócios continuar se modificando com essa rapidez, as empresas serão forçadas a mudar com maior frequência e, certamente, perceberão que a única coisa permanente que existe é a mudança.


Agora, faça a sua parte, e comece a mudar...

sábado, 28 de abril de 2012

Momento de Reflexão




“O homem nada mais é
do que aquilo que faz de si mesmo...”

Consumidores: "FAÇAM VALER OS SEUS DIREITOS!!!"




É comum em grandes redes de varejo, a realização de promoções em alguns produtos, que duram poucos minutos ou somente um dia. Os produtos em oferta vão desde móveis e eletrodomésticos, até alimentos e material de limpeza.

A maior queixa dos consumidores, é quanto a limitação de unidades para a compra destes produtos. E a opinião dos diversos órgãos de defesa do consumidor e da própria Justiça não é a mesma sobre a questão.

O CDC – Código de Defesa do Consumidor estabelece em seu artigo 35, que se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:


I – Exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade;
II – Aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;
III – Rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos.


Portanto, se o fornecedor anunciar um produto e não fizer menção a quantidade de produtos em estoque, o consumidor que se dispuser a pagar pelo produto, tem o direito de obrigar o fornecedor a cumprir a oferta, podendo também aceitar um outro produto equivalente e, caso não seja atendido, acionar o fornecedor judicialmente para fazê-lo e ainda exigir eventual reparação de danos.

A polêmica vem quanto a limitação do produto em “x” unidades por cliente.
Pelo artigo 39, inciso II do CDC, é vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes.

Assim, o fornecedor pode limitar a venda do produto ao total de seu estoque, desde que no anúncio conste quantas unidades estão em estoque. Esta informação inclusive pode ser objeto de checagem pelo PROCON e pelo próprio consumidor, caso o fornecedor alegue que o estoque terminou para não efetuar a venda.

Agora a limitação em “x” unidades por clientes, só vai ser legal se o fornecedor comprovar que o consumidor não é o destinatário final dos produtos ou, de acordo com o produto vendido, a limitação for aceitável diante dos usos e costumes.

Por exemplo:  

A) Oferta de sabão em pó, limitada em 5 unidades por cliente. A limitação para a compra pela dona de casa não se aplica a este produto, já que ela pode comprar 10, 20 unidades para fazer um estoque em sua casa, o que não a desqualifica como consumidor final.

B)      Oferta de veículo ou imóvel, limitada a 1 unidade por cliente. A limitação poderia ser considerada legal, já que pelo tipo do produto, o normal é que cada pessoa compre uma só unidade, e permitir a compra de mais de uma unidade pela mesma pessoa, poderia caracterizar especulação e prejuízo a outros consumidores.

Para o DPDC – Departamento Nacional de Proteção e Defesa do Consumidor, a limitação de unidades por cliente, por beneficiar uma gama maior de consumidores, não seria legal. Já para o PROCON, a limitação de unidades é ilegal, pois se há uma oferta e se o consumidor se dispõe a pagar o preço pedido pelo produto, tantas unidades quantas ele quiser, devem lhe ser vendidas, respeitadas unicamente o estoque de produtos da loja, caso declarado na publicidade.

Já o Ministério Público, vê ainda outra ilegalidade na limitação de venda mínima de unidades por cliente, problema inverso do acima citado, que ocorre nos grandes atacados. Obrigar o consumidor a comprar 5 unidades de um mesmo produto para fazer jus a um preço pré-determinado, por exemplo, caracteriza venda casada.

Por fim, o STJ – Supremo Tribunal de Justiça, entendeu que a limitação de unidades de produto por cliente não pode caracterizar danos morais aos consumidores, mas obriga o fornecedor.

Na opinião do IBEDEC, a oferta feita de produtos em promoção, sempre obriga o fornecedor a cumprí-la na exata medida dos estoques da loja, não podendo se impor limitação de unidades por cliente. Caso o consumidor tenha negado o direito de compra, deve procurar o PROCON ou a Justiça para obrigar o fornecedor a cumprir  a oferta feita, em quantas unidades este desejar comprar. É importante para isto, que o consumidor guarde panfletos ou anúncios do produto feito, ou tire fotos com o celular de promoção feita na loja, para fins de prova do seu direito.

Então, agora é sua vez, e “FAÇA VALER OS SEUS DIREITOS”.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Momento de Reflexão



“Há mais pessoas preocupadas em dar explicações, 
do que em encontrar soluções.”

Consumista desde pequeno? Veja como tornar seu Filho "Financeiramente Responsável"...




Cuidar do dinheiro é matéria que se deve aprender desde a infância e cabe aos pais a árdua tarefa de ensiná-la. Contudo, alertam os especialistas, a primeira lição, e também a mais importante, é para os adultos e não para os pequenos.

Se você não consegue resistir a um pequeno luxo todas as vezes que faz compras, ou, quando fica deprimido, vai ao shopping, compra alguma coisa e se sente melhor, saiba que suas ações servem de modelo para os seus filhos.

Suas ações estabelecem padrões de comportamento, e as crianças geralmente imitam os pais quando começam a aprender sobre a vida. Os pais só podem ensinar aquilo que aprenderam, portanto, se a pessoa não tiver uma auto-educação financeira, a criança dificilmente terá.


NÃO SE TORNE UM REFÉM
Pela falta de tempo ou mesmo por comodismo, muitos pais acabam se tornando reféns dos próprios filhos, cedendo a todos os pedidos da criança, o que contribui para que o pequeno se transforme em um grande consumista no futuro.

Alguns pais até se endividam para agradar aos filhos. Dessa forma, a criança não aprende a ter limites. É necessário ensinar que o dinheiro tem um custo, fazer a criança refletir. Pergunte se aquilo que ela quer é realmente importante e a faça explicar o motivo.


MESADA
A mesada, pode se tornar uma boa aliada na hora de educar os filhos financeiramente. Contudo, se mal aplicada, o efeito será o contrário. Se os pais estabelecem que a criança tem direito a uma determinada quantia mensal, eles terão que ser firmes e não dar dinheiro, caso o filho gaste tudo o que recebeu no primeiro dia.

Além disso, é preciso perceber o momento certo de introduzir o benefício. Por volta dos sete ou oito anos, as crianças começam a demonstrar interesse por ter algum tipo de renda. Entretanto, os pais devem observar se elas já reconhecem as diferentes moedas, se sabem contar, somar e subtrair e se já possuem o hábito de pedir coisas para elas durante as compras.

Alerto, ainda, que é muito importante que os pais ensinem os filhos a fazer um orçamento e relacionem os itens nos quais o dinheiro pode ser gasto. Porém, apenas isso não basta. Tais atitudes devem estar associadas às seguintes orientações:

- Baseie a mesada em seu orçamento e no valor de mercado das mesadas pagas pelas famílias da escola de seu filho. Não dê mesadas altas demais;
- Você pode associar tarefas especiais à mesada de seu filho, mas não tarefas cotidianas nem o desempenho escolar;
- Seja coerente e mantenha as regras combinadas;
- Pague pontualmente e evite empréstimos;
- Elogie seus filhos por administrarem bem suas finanças e compras.


POUPAR É IMPORTANTE
Além de aprender a gastar, as crianças também devem aprender a poupar. Neste sentido, sugere-se aos pais que orientem os filhos a guardar um valor mensal, explicando que isto multiplica o dinheiro, que poderá ser utilizado no futuro.

Para ajudar nesta tarefa, aconselha-se aos pais que ajudem seus filhos a estabelecer metas, pois isto fará com que sejam melhores poupadores. E, caso haja resistência, diz ela, ofereça um bônus à criança quando ela atingir as metas estabelecidas.