quinta-feira, 13 de junho de 2013

Momento de Reflexão




"Os caminhos de nosso Senhor
Só quem ama percorreu
Só quem sonha conheceu
São caminhos cheios de amor
Que nem sempre o sonhador
É capaz de entender

Alguém me disse que sonhou
Que estava numa praia caminhando com Jesus
E olhando o céu viu sua vida
Tanta estrada percorrida
Sempre em busca de uma luz
E olhando as marcas na areia
Viu ao lado dos seus passos as pegadas de Jesus

E aí ele falou:
- Não te entendo, meu Senhor!
E olhou pro chão
- Nos caminhos mais difíceis, eu não vejo as tuas marcas
Por que me deixaste só?

Jesus respondeu:
- Os passos são só meus, jamais te abandonei
É que nos momentos mais difíceis de viver
Nos meus braços te levei"




Pegadas Na Areia
Padre Zezinho

É...





É...

01 ano se passou, e a tua presença ainda é sentida...
O sorriso, o rosto sisudo, o Bem-te-vi no muro, um pensamento, um filme, um jogo do Flamengo, uma palavra, uma frase marcante, uma música, os carnavais, uma foto, os amigos, os parceiros do dia-a-dia, tudo se faz em lembrança...

É...

A dor de uma despedida não se supera simplesmente dizendo "adeus"...
Gostaria de ter tido a oportunidade, em vida, de saudar em um último momento:  "Adeus, Pai. Boa sorte no teu caminho, te desejo o melhor, que Deus te acompanhe sempre..."
Falta em mim um último sorriso, um último abraço... Mas em nosso último contato telefônico, me soou como despedida, quando este me falou de que tivesse “Paciência e Perseverança, e que tudo iria dar certo...”

É...

Só mesmo quem vive essa perda é quem pode avaliar a dor, a angústia, a tristeza...
O Espírito Santo é o consolador, mas a dor da perda não passará com o tempo de jeito nenhum...

É...

Espero que o tempo se encarregue de trazer o conforto necessário a essa perda, mas enquanto isso, sigo  um conselho de um amigo, que em um momento da vida, também perdeu o seu ente querido:  “chore, chore tudo que puder, pense nele, pois vai ser bom para você.” Eu tenho chorado, de chegar a soluçar, só meu travesseiro é quem sabe, e penso que as lágrimas irão se acabar, mas cada vez mais, jorram de mim...

E, peço sem cessar ao meu querido Deus, Jesus Cristo, Nossa Senhora nossa Mãe, nos conforte, nos abençoe, dai-nos forças para estar ao lado de minha Mãe, e guarde o meu Pai em um bom lugar...
Eduardo Barros.


“Muitas são as aflições do justo,
mas o Senhor de todas elas o liberta!”
(Salmo 34:20)
 

domingo, 2 de junho de 2013

Momento de Reflexão





“O melhor livro de moral é a nossa consciência, 
temos que consulta-lo muito frequentemente.”
Blaise Pascal

Quem vai amarrar o gato?









Existem muitos contos orientais que abrem nossa mente para temas interessantes, várias dessas histórias terminam caindo como uma luva em certas situações, e às vezes até parece que já vivenciamos algo parecido. Um conto que ouvi certa vez, me abriu os olhos para a quantidade de coisas que fazemos e muitas vezes não sabemos por que, normas e procedimentos que existem mas ninguém sabe o porquê ainda são utilizados, mesmo quando estão ultrapassados e impedem o processo criativo.

Já ouvi este conto sob diversas óticas, e com várias personagens principais diferentes, vou conta-lo sob o título de desamarre o gato, mas a personagem poderia ser um galo, cachorro, vaca, rato, pombo, enfim, isto não mudará em nada a moral de nossa história.


“Um antigo mosteiro chinês, no alto da montanha de Song Chan, era o centro de uma paz absoluta, e monges de toda a China procuravam aquele monastério tão tradicional e reservado. Todos os dias sempre às quatro e meia da manhã, o mosteiro se reunia em silêncio para a primeira meditação matinal, este momento era sagrado para os monges, e o silêncio da madrugada deveria sempre ser respeitado, mas em uma manhã de verão esse silêncio sagrado foi quebrado por um gato, o animal procurando comida e abrigo resolveu morar na cozinha do templo, e neste dia ele começou sua busca por comida caçando os ratos que também se instalaram por ali, o bichano iniciou uma barulhada insuportável, derrubando panelas, vasilhas, miando e correndo atrás dos ratos da cozinha, isto não seria problemas para os monges se o gato não tivesse escolhido justamente o horário da madrugada para realizar suas caçadas, atrapalhando a concentração dos momentos de meditação.

Sob a ótica de conduta dos monges, eles deveriam ser piedosos com o animal, e nunca enxotariam o gato do mosteiro ou lhe fariam algum mal, durante alguns dias eles tentaram aceitar o barulho e deixar o gato livre, mas a arruaça foi ficando insuportável, e o mestre abade do tempo resolveu tomar uma providência, pedindo que os monges amarrassem e amordaçassem o gato durante os períodos de meditação e o soltassem logo após a prática matinal.

Este procedimento foi feito durante muito tempo, resolvendo o problema de barulho durante as meditações da madrugada, os anos se passaram, o mestre abade morreu, e mesmo assim continuavam a amarrar o gato diariamente durante os momentos de meditação matinal, mais alguns anos se passaram e o gato morreu, e os monges preocupados, resolveram encontrar outro gato para colocar no lugar do antigo, e o novo gato continuou sendo amarrado diariamente.

As décadas se passaram, e novas gerações de monges e mestres mantiveram o hábito diário de amarrar o gato, que acabou se tornando um importante ritual naquele famoso e respeitado templo, e a essa altura, ninguém mais sabia o porquê de amarrar o gato, mas justamente por isso, aquele ritual se tornou muito importante, sendo uma característica famosa daquele monastério. Monges veteranos cobiçavam a importante função de amarrador de gatos, manuais foram criados com as normas e procedimentos de todo o processo para amarrar o gato, ensinando como pegar o gato, que tipo de corda e mordaça utilizar, quantas voltas com a corda deveriam ser dadas, que tipo de nó poderia ser feito, enfim, uma verdadeira enciclopédia do ritual de como amarrar e amordaçar o gato.

O tempo passou, e vários grupos de estudiosos começaram a dedicar suas vidas a estudar os manuais e a origem do ritual sagrado de amarrar o gato. Estes grupos se dividiram, e começaram a divergir sobre várias questões, várias interpretações surgiram, e correntes de seguidores começaram a defender teorias diversas sobre o ritual sagrado, estas divergências geraram conflitos internos, e as origens e processos do ritual passaram a ser o ponto de discórdia entre os dois grupos formados. Um dos pontos principais de divergência era que, um dos grupos acreditava que somente gatos brancos poderiam ser amarrados, pois o branco simbolizava a pureza da alma e a evolução espiritual, o outro já defendia que qualquer gato poderia ser amarrado e que isto não fazia diferença nenhuma e resolveu ir embora do famoso monastério para fundar uma nova ordem, que daria continuidade ao ritual da forma que achavam correta, sendo assim, estes dois grupos passaram a divergir constantemente e não mantiveram mais contato, pois o primeiro era acusado de ser radical e o segundo de ser exatamente liberal. Após a separação, novas correntes começaram a se formar, e um terceiro grupo começou a se formar, divulgando uma teoria que unia as duas linhas divergentes, eliminando seus defeitos e absorvendo suas qualidades.

O antigo monastério da montanha de Song Chan foi aos poucos se dividindo, e hoje nenhuma das linhagens existe mais, e o ritual de amarrar o gato caiu no esquecimento...”


Este conto é muito interessante para evidenciar o que acontece em muitas empresas e instituições, é muito comum ver pessoas que cumprem normas e procedimentos totalmente sem sentido e sem fundamentos, que simplesmente são feitos porque alguém que já os fazia antes, e terminam sendo os fatores geradores da estagnação de muitas empresas.

A falta de questionamento e análise, afunda organizações, impede o processo criativo e inovador, emperrando o desenvolvimento dos negócios, precisamos desamarrar os gatos de nossas empresas, e desmistificar atitudes, e conceitos retrógrados, muitas vezes sem sentido e ultrapassados.

Analise sua vida profissional e pessoal, e perceba quantos gatos existem aguardando para serem desamarrados...


Pense nisso, e boa sorte!!!