Quem nunca teve a certeza de encontrar alguma informação
pelo Google?
A resposta da maioria das pessoas certamente será sim. Pois
bem, hoje é notável a capacidade da internet de prover e oferecer novas
possibilidades ao usuário, para que ele tenha acesso a todos os tipos de
informações, serviços e produtos.
Acompanha esta tendência o notável progresso da nova classe
média brasileira – consumidores emergentes em diversos tipos de mercados que
até então estavam esquecidos por muitas empresas. Esta mudança de
comportamentos deve-se a vários desdobramentos sócio-econômicos e culturais da
atual realidade brasileira. Nasce daí um novo consumidor da classe C, bem
informado, articulado, que rompe com paradigmas do passado e exige uma
comunicação mais direcionada e objetiva.
Ao mesmo tempo, o Brasil chega acima de 24 milhões de usuários
de internet residencial. Um recorde desde que este índice começou a ser medido
pelo Ibope. Somando-se todos estes fatores, podemos perceber a aparição de um
novo nicho de mercado a ser explorado. Todos estes novos usuários, pertencentes
à classe C, são também novos consumidores dispostos a descobrir as facilidades
do e-commerce.
O novo momento do comércio, que se destaca por ofertas de
produtos quase infinitas, preços geralmente atraentes e formas de pagamento que
encantam os olhos de quem “clica” – foi impulsionado por diversos fatores, como
programas de inclusão digital, investimento de informática em escolas públicas,
barateamento de banda larga, aumento do índice de trabalhadores formais e,
principalmente, acesso ao crédito pessoal. Este último aumentou também a venda
de computadores domiciliares ao público de baixa renda, popularizando o
comércio eletrônico.
O grande problema para as lojas virtuais já existentes é que
elas foram concebidas com foco nas classes A e B, ou seja, usam linguagem e
produtos que muitas vezes não preenchem as necessidades destes novos
compradores. Embora tais mercadorias sejam objetos de desejo desta classe C, a
apresentação e os mecanismos de busca devem ser mais adequados para atingir
este público. Baseado neste raciocínio, o varejo está reestruturando suas
diretrizes e investe no meio eletrônico para aproximar suas marcas, produtos e
serviços do público popular.
De modo geral, o perfil predominante do consumidor
brasileiro de internet ainda é caracterizado por sua grande maioria com nível
de escolaridade superior, de faixa etária de 25 a 49 anos e igual distribuição
entre homens e mulheres. No entanto, é notável este movimento de popularização
do segmento – a participação das classes com renda familiar até 4 salários
mínimos nas vendas pela web já representam em torno de 35,0%%.
As
projeções do e-commerce no Brasil são crescentes e muito positivas quanto à
entrada de novos investimentos e negócios para internet. Mesmo com as
turbulências decorrentes da conjuntura global, esta é a oportunidade certa para
abrir outros canais de vendas, já vislumbrando o futuro do mercado varejista.
Fica a dica...