Já que o início de ano nos deixa mais propícios a reflexões e análises, pensei em compilar algumas das muitas dicas que podemos reavaliar e nos planejar para este ano vindouro:
• Autodesenvolvimento – Um dos principais trabalhos do líder é construir uma equipe que aprenda a trabalhar e lidar com as novas tendências. O primeiro passo do líder que ensina é aumentar a adaptabilidade de sua empresa. Para isso, ações como diminuir a burocracia, eliminar a punição ao erro e estimular a aprendizagem contínua são fundamentais.
• Benefícios – São uma forma de demonstrar respeito ao colaborador. As melhores empresas buscam oferecer benefícios exclusivos e personalizados, e não simplesmente o que o mercado ou a concorrência oferece. Eles tendem a ser menos paternalistas e mais voltados às reais necessidades dos funcionários.
• Brainstorming – Na hora de estimular a criatividade de sua equipe, tenha regras claras, como: evitar julgamentos, esperar o outro terminar de falar, quanto mais ideias melhor e regras similares que permitam que todos expressem sua opinião. De preferência, espalhe-as pelas paredes da sala de reunião. Todos irão respeitá-las mais facilmente.
• Comunicação – Você sabe que uma comunicação eficiente vai muito além de manter seus colaboradores informados sobre questões institucionais. É dar voz a quem ajuda a fazer o sucesso de sua empresa. Portanto, que tal investir em um canal que possibilite mais interatividade e estreite o relacionamento entre seus funcionários?
• Confiança – No ambiente corporativo, podemos entender a confiança como o resultado de uma credibilidade existente, de pactos, muitas vezes, não verbalizados, mas que resultam em acertos e ganhos para a empresa. A grande questão é que a confiança não é um processo que se constrói a partir de conceitos, padrões ou ciências exatas. Tem a ver com valores morais, atitudes, integridade, consistência e transparência.
• Demissão – Não fique dando voltas. A demissão é um choque de qualquer maneira, não importa a forma como você a conduza. Seja educado e coloque a questão em termos mensuráveis. Diga, com todas as palavras, o motivo pelo qual a empresa está demitindo o funcionário. A pessoa tem o direito de saber a razão de sua dispensa e deve ter espaço para ser ouvida com atenção.
• Disciplina – Há quatro categorias de atividades diárias que todos nós enfrentamos: aquilo que queremos e precisamos fazer; aquilo que precisamos, mas não queremos fazer; aquilo que queremos, mas não precisamos fazer e aquilo que não queremos nem precisamos fazer. Um sinal de uma péssima organização do tempo é quando você, todos os dias, tem algumas tarefas que não quer nem precisa fazer.
• Ergonomia – Prover um ambiente funcional, saudável e seguro é garantir satisfação e melhoria no desempenho das pessoas no trabalho, requisitos básicos para a produtividade e, consequentemente, maior retorno para as organizações. Isso está comprovado por inúmeras pesquisas e vasta bibliografia que trata do assunto.
• Incentivo – Uma campanha benfeita não precisa ser cara, dispendiosa ou ter regras complexas. É claro que uma viagem para um lugar paradisíaco é um grande motivador, mas um “muito obrigado” dito ao seu funcionário na reunião em frente ao diretor-geral é o suficiente para incentivá-lo a melhorar ainda mais.
• Inteligência emocional – Um líder sempre corre dois riscos em sua equipe: ou ele se torna temido, impondo seus desejos de cima para baixo, ou cai no outro extremo e se torna uma pessoa “querida”, que tenta ajudar a todos e agradar acima de tudo. Ambas as ações levam à ineficiência. O líder deve ser respeitado, esforçar-se para ser justo e coerente e entender a equipe, o mercado e a empresa.
• Produtividade – Enquanto as empresas gastam milhões em softwares para impedir que seus colaboradores naveguem na internet por lazer no trabalho, estudos mostram que pausas curtas e moderadas, como uma rápida navegação, permitem que a mente descanse, levando a uma concentração total maior para o dia de trabalho e, como resultado, aumenta a produtividade.
• Reconhecimento – Prêmios como “funcionário do mês” devem ser um incentivo para os outros, e não uma punição. Muitos gerentes usam tais premiações como uma desculpa para criticar quem não ganha prêmio. Líderes de verdade fazem os colaboradores de destaque ensinarem os outros, variam os critérios de premiação e dão oportunidades para que os funcionários aprendam uns com os outros.
• Recrutamento – As melhores empresas se dedicam minuciosamente aos processos de seleção de seus novos profissionais. Elas procuram pessoas que, além das qualidades técnicas necessárias, possuem valores compatíveis com os da companhia e que tenham atitudes adequadas à cultura da organização.
• Remuneração – O salário é importante para qualquer trabalhador, mas o pessoal que trabalha com ideias geralmente responde bem a outros benefícios, como horário flexível, participação nos lucros gerados por suas ideias e invenções, etc. Se você apoiar a motivação e inspiração desse pessoal apenas em salário, irá gastar muito em aumentos frequentes e não garantirá que eles não saiam da empresa.
São muitos conselhos e idéias, não? Agora, pergunte-se quantos deles foram aplicados e já fazem parte de sua rotina. Perceba como a resposta é diretamente proporcional aos resultados alcançados pela sua equipe no decorrer do ano.
Tudo o que falamos aqui é atemporal. Portanto, você já tem uma lista de sugestões para liderar melhor em 2010. Colocá-las em prática só depende de você.