As pessoas têm o péssimo hábito de considerar pequenas
pedras no caminho como verdadeiras montanhas. Ao primeiro sinal de dificuldade,
sucumbem, lamentam, choram, esbravejam e se prostram diante dos problemas,
tornando praticamente impossível a superação dessas intempéries. Outras, pior
ainda, lastimam-se sem qualquer razão.
Nós tropeçamos apenas em pequenas pedras, pois não as vemos
com as mesmas dimensões de grandes montanhas. Os indivíduos não percebem que
essas ínfimas pedras no caminho e singelos obstáculos são extremamente
necessários para quem deseja alcançar um sucesso perene, que seja sinônimo
também de felicidade. Nas consultorias que realizo, deparo-me com todo tipo de
gente. Infelizmente, a maioria delas tece uma enorme colcha de retalhos de reclamações,
entretanto, não cosem centímetros de fios de gratidão.
São pessoas que lamentam pelo emprego que possuem, pelos
chefes que tem, pelo salário que recebem ou pelos empregados que possuem pela
empresa que lhes toma todo tempo, enfim, não são raras as que culpam a tudo e a
todos. Elas não compreendem que são as responsáveis pelo que acontece.
Já está mais que definido que somos responsáveis pelo que
temos e não temos, pelo que fazemos e não fazemos e pelo que somos e não somos.
Mas parece que alguns relutam em compreender, quando sutil, singelamente,
tentamos lhes mostrar essa fatídica verdade. Usamos de todo vocabulário e
retórica para não ofender as pessoas ou, ao menos, para que não se deitem a
chorar por serem chamadas a atenção.
Incrivelmente, para uma parcela de pessoas, agir com calma e cortesmente não tem produzido os efeitos indeléveis que se pretende quando são realizados entrevistas, cursos e palestrar na tentativa de evidenciar que enquanto reclamam, outras já estão fazendo o que tem de ser feito.