domingo, 26 de maio de 2013

A Martelada






Um navio carregado de ouro, revestido de todo o cuidado e segurança, atravessava o oceano quando, de repente, o motor enguiçou.

Imediatamente, o comandante mandou chamar o técnico do porto mais próximo. Ele trabalhou durante uma semana, porém ser resultados concretos.

Chamaram então o melhor engenheiro naval do país. O engenheiro trabalhou três dias inteiros, sem descanso, mas nada conseguiu e o navio continuava enguiçado. A empresa proprietária do navio mandou então buscar o maior especialista do mundo naquele tipo de motor.

Ele chegou, olhou detidamente a casa das máquinas, escutou o barulho do vapor, apalpou a tubulação e, abrindo a sua valise, retirou um pequeno martelo. Deu uma martelada em uma válvula vermelha que estava meio solta e guardou o martelo de volta na valise. Mandou ligar o motor, e este funcionou na primeira tentativa.

Dias depois, chegaram as contas ao escritório da empresa de navegação.
Por uma semana de trabalho, o técnico cobrou US$ 700,00. O engenheiro naval cobrou, por três dias de trabalho. US$ 900,00. Já o especialista, por sua vez, cobrou US$ 10.000,00 pelo serviço. Atônito com esta última conta, o diretor financeiro da empresa enviou um telegrama ao especialista, perguntando:

- Como você chegou a esse valor de US$ 10.000,00 por cerca de 1 minuto de trabalho e uma única martelada?

O especialista então enviou os seguintes detalhes do cálculo à empresa:

- Por dar 1 martelada, US$ 1,00. Por saber onde bater o martelo US$ 9.999,00.


Moral da História:  O que vale no Universo não é dar a martelada, e sim saber onde bater o martelo. A martelada em si você pode até delegar para outro. E é por (querer) ignorar isto que muitos subestimam certos tipos de trabalho, que são trivialmente avaliados pelo tempo de duração.