Durante o século XVIII surgiram vários contos de fadas
envolvendo animais. Entre centenas de histórias, criou-se um conto representado
por três porquinhos. Em 1933 a Disney reformulou o conto e tornou-o famoso em
todo mundo, batizando cada um dos porquinhos com um nome: Prático,
Heitor e Cícero.
“ Conforme relata o
conto, um belo dia os três porquinhos resolveram sair de onde moravam e cada um
combinou construir sua casa. Cícero era o porquinho menos esforçado e relaxado,
então construiu uma casinha de palha. Heitor queria um pouco mais de conforto e
aconchego e construiu uma casa de madeira. Já o Prático, queria uma casa
confortável, segura, resistente, durável e que refletisse sua personalidade.
O resto da história você já sabe.
Vem o lobo mau,
assopra a casinha de palha e a derruba; o porquinho Cícero corre para a casa de
madeira de seu irmão Heitor, o lobo vai atrás, assopra-a e a destrói e os
porquinhos fogem para a casa de pedra do Prático. O lobo assopra, assopra e não
derruba a casa. Tenta entrar pela lareira e cai em um caldeirão de água quente,
fugindo assustado enquanto os porquinhos comemoram a vitória.”
Em todas corporações podemos encontrar colaboradores que
assumem papéis de personagens semelhantes aos vividos pelos três porquinhos. Há
aquele com o perfil do porquinho Cícero, que ao resolver iniciar suas
atividades não as realiza com paixão e determinação, e muito menos as finaliza.
Seu maior interesse é em cumprir a carga horária, e não apresentar resultados
ou contribuir com estratégias criativas para a empresa.
Encontra-se
constantemente tomando cafezinhos, batendo papo, fumando, navegando na internet
com interesses particulares e quando questionado, apresenta seus relatórios
incompatíveis com a expectativa para sua função.
Quando percebe que sua segurança profissional torna-se
abalada, corre em direção de alguém que possa auxiliar para que complete sua
atividade. Não em direção de quem necessariamente o oriente, mas de quem
literalmente faça o que ele deveria ter feito. Vai atrás de alguém com o perfil
do porquinho Heitor, colaborador que realmente se dedica ao realizar suas
atividades e cumpre exatamente aquilo que foi orientado a fazer. Como um bom
executor, é receptivo e prestativo, ajudando muitas vezes os colaboradores com
perfil do porquinho Cícero, buscando inclusive encobrir a falha ou má vontade
dele em razão da amizade existente.
Para a sorte das corporações existem os colaboradores que
vão além do mínimo ou necessário. São aqueles que desenvolvem projetos,
apresentam estratégias, buscam melhorias constantes que possam contribuir para
o resultado da empresa e também de todos que atuam conjuntamente, muito além de
apenas desempenharem atividades para as quais foram contratados. Estes
colaboradores são aqueles que possuem o perfil do porquinho Prático. Não querem
apenas construir um abrigo ou simples casa. Não querem fazer igual ou o
necessário, querem apresentar mais trabalho e melhor, em menos tempo, com maior
duração, com resultados expressivos e em benefício de todos.
E porque os profissionais com as características dos
porquinhos Cícero e Heitor iriam solicitar auxílio ao profissional com o perfil
do porquinho Prático?
Pelo mesmo motivo da história. Por causa do lobo mau!
O lobo mau da concorrência, da necessidade de redução de
custos e de tempo, da exigência de inovação, do desenvolvimento de novos
produtos, novas campanhas e da melhoria da competitividade.
Este lobo mau mercadológico vive faminto e não perdoa.
Porquinho que não inova vira lombo defumado no café da manhã. Porquinho que não
reduz seus custos fica com sua estrutura pesada, não consegue fugir e vira
porquinho assado no almoço. Porquinho que não melhora sua competitividade, não
desenvolve campanhas e não se demonstra preparado fica sem conseguir se
diferenciar de outro e vira ensopado no jantar.
Dificuldades à parte, somente com muito esforço,
determinação e paixão pelo que se faz, juntamente com muito profissionalismo é
que se consegue conquistar mais espaço e ampliar os horizontes.
Aquele hábito de ficar enrolando ou simplesmente executando
o que ordenaram para se fazer, tornando-se um “pau mandado”, não é o melhor
caminho e cedo ou tarde, como na história, a casa cai.
Perdoe-me o trocadilho, mas que tal então, ter um perfil
mais “prático”?