Em 1886, um alemão de nome Daimler, na tentativa de
convencer seus colegas de trabalho sobre a viabilidade de investir em um novo
negócio (automóveis), previu de maneira otimista o potencial de consumo desse produto
em 1 milhão de unidades.
Em 1997, segundo a The Economist, era cerca de 600 milhões o
total de automóveis circulando pelo mundo. Uma rápida nota: Daimler, mais tarde, associou-se ao Senhor
Benz e, juntos, fundaram a Mercedes-Benz. Claro, venderam bem mais que o 1
milhão imaginado.
O erro – saudável – do Senhor Daimler é entendido por uma
época na qual a informação e o conhecimento circulavam a uma velocidade
infinitamente menor que hoje. Atualmente, uma projeção “furada” como essa
seria, para ser coerente com o negócio de transportes, atropelada pela
concorrência.
Assim será o futuro:
cada vez mais cheio de surpresas e fatos inesperados, mas para os quais
nós devemos estar preparados. Nos EUA, existem algumas pesquisas que sinalizam
o pequeno comprometimento das pessoas (40%) em analisar, conhecer e pesquisar o
ambiente no qual se encontram. Algo como “olhar a vida da porta da rua para
fora”. Desses 40%, apenas 30% analisa as perspectivas desse ambiente no médio e
longo prazos. Logo, temos a seguinte equação:
(40% x 30%) = 12%
Ou seja, apenas 12% das pessoas, nos EUA, dedicam parte de
seu tempo para pensar sobre o que vem por aí. Não acho que as coisas sejam
muito diferentes no Brasil. Muito pelo contrário. Em um país imediatista (em
parte, por necessidade), no qual as pessoas estão mais preocupadas com o fim do
mês que com o fim do ano, a próxima década ou o fim dos tempos, esses
porcentuais devem ser bem menores.
Jim Collins, em recente entrevista à revista Veja,
afirmou: “Existem várias forças que
contribuem para a instabilidade. O mundo está mais complexo e interdependente.
As empresas não são as únicas forças globalizantes... Temos ainda a marcha
contínua da mudança tecnológica na medicina, na eletrônica, na bioengenharia,
na computação, criando coisas que nem imaginamos...”
De maneira geral, classifico em cinco as grandes forças que
estão afetando o nosso mundo:
1.
Tecnológica
2.
Política
3.
Econômica
4.
SócioCultural
5.
Conhecimento
Já nos aproximamos do fim deste ano e o período entre as
festas é muito propício para planos e reflexões. Devemos aproveitar toda e
qualquer oportunidade para avaliar o que nos reserva o futuro. Pode
ser a diferença entre agir e reagir.
Um grande abraço, e até a próxima semana!