segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Qual é o Modelo de Negócio de sua Empresa? E sua Estratégia, Você tem?
Nos dias de hoje, existem 3 coisas que uma empresa tem de entender muito bem
se quiser competir com vantagem sobre seus concorrentes:
1. Seu
Modelo
de Negócio
2. A
Estratégia
de Negócio para desenvolver esse modelo
3. A
Execução
da Estratégia para coloca-la em prática
A primeira parte, o modelo de negócio, é o que fazemos e
porque. A segunda, a estratégia, é como, quando, onde, por quem e para quem vai
ser feito o que fazemos. A terceira, a execução, é realmente fazer aquilo que
foi decidido.
Vamos começar com o modelo de negócio. O termo tornou-se
popular com o estouro da internet nos anos 90. Naquela época, milhares de
empresas puramente virtuais estavam sendo desenvolvidas. Quem tinha uma boa
idéia não precisava nem ter uma competência especial, nem clientes reais, tudo
o que precisava era um modelo de negócios que prometesse lucros em um
determinado período de tempo.
Abertas na esperança do dinheiro fácil, a grande maioria
dessas empresas sucumbiu alguns anos depois, fruto da falta de profissionalismo
e de conhecimentos básicos sobre gestão. Mas o termo e o conceito de modelo de
negócio ficou, sendo estudado hoje nas faculdades de administração do mundo
todo.
Um bom modelo de negócio responde a algumas perguntas: Quem é
o Cliente? e O que é valor para o
Cliente?
Também responde perguntas fundamentais que qualquer gestor
deve se perguntar: Como nós fazemos dinheiro nesse negócio? e Como nós podemos oferecer valor para o cliente com um preço apropriado?
Em síntese, é um método científico: você começa com uma hipótese, testa na
realidade e revisa se necessário.
É importante ressaltarmos que modelo de negócio não é a
mesma coisa que estratégia de negócio, e muita gente confunde seus conceitos.
Modelo de negócio mostra o sistema da empresa:
como as peças do quebra cabeças se unem. Mas eles geralmente não avaliam
questões macroambientais (forças influenciadoras do mercado), como a
concorrência. Mais cedo ou mais tarde, e
é geralmente mais cedo, todos os negócios enfrentam a concorrência e lidar com
essa realidade é função da estratégia.
A estratégia de negócio leva em conta toda a cadeia de valor
da empresa, começando com as compras que a empresa faz, como ela agrega valor
aos insumos que recebe e depois como vende o que produz para os clientes. Cada
departamento da empresa é analisado dentro da cadeia de valor, para que fique
claro como é que agregam valor ao processo.
A tarefa de desenvolver uma estratégia de negócio é muito
importante para os resultados que ele poderá gerar, pois no processo de sua
criação você já pode começar a identificar possíveis falhas, ou oportunidades
desperdiçadas dentro da empresa ou do departamento.
Ao finalizá-lo, você será capaz de ter uma visão geral da
empresa, como tudo funciona, os pontos de ligação, as pessoas por trás das
atividades, a estratégia de negócio, a avaliação dos resultados obtidos.
O modelo e a estratégia de negócio, quando desenvolvidos e
usados corretamente, força os gestores a pensar rigorosamente sobre seus
negócios.
Por exemplo, compare varejistas como Casas Bahia e Magazine
Luiza. Seus modelos de negócio são idênticos, mas as estratégias bem
diferenciadas. Basta analisar seu mix de produtos, posicionamento, onde estão
investindo, porcentagem do faturamento que investem em propaganda, treinamento
da equipe etc. Competem no mesmo ramo, mas de forma diferente.
A lógica é simples:
se todas as empresas oferecem o mesmo produto ou serviço, para os mesmos
clientes, de uma maneira igual, nenhuma delas irá prosperar. E é aqui que muita
gente erra. Acabam tendo um modelo de negócios igual ao do concorrente sem
criar uma estratégia de negócio diferente em termos de que mercado e clientes
atingir, que produtos/serviços oferecer, que tipo de valor criar e como cobrar
adequadamente por isso. Estratégia é exatamente isso: quando outras empresas fazem a mesma coisa
que você, como você será melhor e será único?
Mais um exemplo:
analise o Wal-Mart. Muita gente pensa que o sucesso da rede é resultado
de um modelo de negócio inovador, mas não é. Quando Sam Walton abriu a primeira
loja do Wal-Mart, no estado de Arkansas/EUA, o modelo de negócio lojas de
desconto já existia há alguns anos.
Mas o Wal-Mart queria oferecer preços mais baixos do que as
lojas convencionais, cortando ao máximo seus custos. E aqui começou a
estratégia de negócio: as lojas foram
criadas em galpões mais simples; foram configuradas para receber um número alto
de compradores efientemente; e colocaram poucas pessoas intermediando o cliente
e os produtos da loja, num esquema de cada um se serve. Com essas reduções, o
Wal-Mart foi capaz de oferecer preços mais baixos e ainda ganhar dinheiro.
Veja que o modelo de negócio já existia, mas foi
implementado de uma maneira diferente, criando um diferencial através da
estratégia, que era única. Desde o começo, o Wal-Mart focou suas vendas para um
público diferente: enquanto as lojas convencionais
estavam posicionadas em grandes centros urbanos, o Wal-Mart se posicionou em
regiões bem menores, onde a população tinha um alto poder de compra unidos a
necessidade e desejo, mas estava sendo ignorada.
Note o alinhamento: o
modelo era o de loja de desconto, a estratégia era de crescer em regiões
menores, sem concorrentes e a execução foi magistral, com crescimento
permanente em ganhos de escala, repasse dos descontos dos fornecedores para os
clientes mantendo os preços baixos, e investimentos maciços em logística e
tecnologia da informação, eliminando qualquer desperdício que pudesse
comprometer a estratégia escolhida.
Hoje, modelo de negócio e estratégia de negócio são dois dos
termos mais usados em gestão. E por um motivo:
estes conceitos tem um enorme valor prático. Muitos gestores não os
aplicam por falta de conhecimento teórico. Definição traz claridade. Quando se
trata de conceitos que são tão fundamentais para o sucesso de uma empresa,
nenhum gestor pode ficar sem estuda-los.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Os Erros da Mudança...
Ela pode aparecer como um processo de reengenharia, pode ser
a redução de custos através de corte de pessoal (downsizing). Muitas vezes, ela
se disfarça de transformação cultural. E, em determinadas oportunidades, vem
como uma fusão ou como uma aquisição. Existem infinitas formas de mudanças
internas que, por sua vez, respondem a mudanças externas.
Mas em que tipo de cultura as mudanças tem mais chances de
apresentarem sucesso?
De alguma forma, pelo menos no início, é mais fácil
implantar a mudança em uma organização hierarquizada, vertical, porque a partir
de uma posição de poder é mais simples atrair a atenção das pessoas e
impulsionar esse tema. O problema é que, no final, o poder não serve para
implantar uma mudança.
Antes de se perguntar:
Onde foi que eu errei? Ou ficar pensando se está no caminho correto ou
não, é importante saber que é natural que, durante o processo, cometamos algumas
falhas que podem colocar toda a mudança por água abaixo.
Segue alguns, dos erros cometidos nas empresas apresentados:
NÃO CRIAR UM SENTIDO ADEQUADO DE URGÊNCIA ENTRE OS
EXECUTIVOS E OS FUNCIONÁRIOS
A maioria dos esforços bem-sucedidos de mudança tem início
com a transmissão de forma abrangente de informações drásticas, principalmente
quando se trata de crises em potencial ou oportunidades, que dependem do
momento certo para que alcancem o sucesso. Por isso, o senso de urgência é
crucial para se obter a cooperação necessária ao processo de implementação de
mudanças.
NÃO CRIAR UMA ALIANÇA DE ORIENTAÇÃO FORTE O SUFICIENTE
É preciso envolver a alta direção e formar uma equipe
apoiada por ela para comandar a mudança. Para que a transformação seja
bem-sucedida, é necessário que a alta cúpula se envolva de corpo e alma em
todas as ações. Os esforços de mudança que não conseguem formar essa aliança
podem até conseguir um progresso aparente durante um pequeno espaço de tempo, mas
em breve a oposição se une e acaba com a mudança.
SUBESTIMAR O PODER DA VISÃO CORPORATIVA
A empresa deve criar uma visão que ajude a direcionar os
esforços de mudança. Além disso, precisa elaborar as estratégias para atingir
essa visão. Em um processo de mudança, uma visão tem três finalidades: esclarecer a direção geral da mudança e
simplificar milhares de decisões mais detalhadas; motivar as pessoas a agir na
direção correta, ainda que os passos iniciais sejam dolorosos; ajudar a
coordenar as ações de maneira rápida e eficiente. Para ele, a visão deve estar
estreitamente vinculada à realidade; não se trata de fazer abstrações. Ela tem
de ser desejável, realista, focalizada, flexível e fácil de comunicar.
NÃO COMUNICAR A VISÃO DE FORMA MACIÇA E ADEQUADA
É impossível a mudança acontecer se a maior parte das
pessoas não estiver disposta a colaborar, até mesmo a ponto de fazer alguns
sacrifícios em curto prazo. Normalmente, a visão é dez vezes menos divulgada do
que deveria.
NÃO FOMENTAR O EMPOWERMENT
A empresa deve eliminar os obstáculos à transferência de
poder e responsabilidade para os funcionários, modificar os sistemas ou as
estruturas que atrapalhem a visão de mudança (pelos funcionários) e estimular a
atitude (dos funcionários) de assumir riscos e de ter idéias e iniciativas
não-convencionais.
NÃO GERAR RESULTADOS DE CURTO PRAZO
Os compromissos com as vitórias de curto prazo mantêm o
nível de urgência elevado e forçam um raciocínio analítico detalhado, que pode
esclarecer ou reconsiderar visões. Sem ganhos de curto prazo, a maioria das
pessoas desiste ou acabam se unindo àquelas que vem resistindo à mudança.
CANTAR VITÓRIA ANTES DA HORA
Até que as mudanças criem raízes profundas na organização,
sempre há a possibilidade de regressão, portanto ao se cantar vitória antes do
tempo, abre-se espaço para as forças poderosas da tradição. Não se pode dar por
satisfeito logo com os resultados, deixando de consolidá-los para criar mais
mudanças.
NÃO INCORPORAR AS MUDANÇAS À CULTURA DA EMPRESA
A empresa deve chegar a um patamar de desempenho melhor, com
um comportamento orientado para o cliente e para a produtividade, através de
mais e melhor liderança e uma gestão mais eficaz, como o comportamento e os
valores dos funcionários. A mudança só se estabelece mesmo quando se converte
na maneira de fazer as coisas da empresa, quando circula nas veias
corporativas. Se os novos comportamentos não estiverem firmemente enraizados
nas normas sociais e nos valores compartilhados pela comunidade empresarial,
vão se degradar, à medida que diminuírem as pressões associadas ao esforço de
mudança.
Por isso, é preciso mostrar às pessoas que as novas
abordagens, comportamentos e posturas ajudaram a melhorar o desempenho, como
também garantir que geração seguinte da alta gerência personifique a nova
abordagem. Isso é importante porque cultura permeia as ações das pessoas e
grupos. Então, se a mudança não é incorporada no cotidiano da organização, pode
reverter à situação anterior.
No passado, ocorria uma grande mudança a cada 10 ou 20 anos,
e em seguida havia outros tantos anos de relativa tranquilidade, até que se
estabelecesse novamente o caos. Agora, a mudança ocorre o tempo todo. Quando
terminamos um processo importante de mudança, enfrentamos outras transformações,
de modo que nunca estamos num período de calma absoluta.
E se o ambiente de
negócios continuar se modificando com essa rapidez, as empresas serão forçadas
a mudar com maior frequência e, certamente, perceberão que a única coisa permanente
que existe é a mudança...
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Metas SMART
Já é de longa data que se discute o papel do líder na
motivação do liderado. Mesmo assim, em mais de 70% das minhas consultas com
profissionais, a reclamação é geralmente a mesma: estou desmotivado com o meu trabalho. A razão
da desmotivação é comum: estilo de
liderança inadequado para o momento que a organização está.
Mesmo com inúmeros livros, palestras, sites, blogs, cursos
que orientam o líder a ter excelência em liderar, quando se trata de
desmotivação temos um paradoxo: o líder
acredita que falta um sistema de remuneração ou de treinamento que lhe ajude a
motivar, e o liderado acredita que o sistema não funciona para fins de
motivação.
Um liderado motivado entrega resultados com mais qualidade.
Alé, disso, trabalha com mais felicidade. E quando o líder consegue criar um
ambiente que estimule os liderados a trabalhar mais felizes e apresentando um
melhor desempenho, aí sim, temos os chamados "Times de Alta Performance".
Mas voltando à razão da desmotivação. Um líder pode ser
perguntar:
“Aqui temos todos os benefícios possíveis, planos de carreiras claros,
treinamentos hora/colaborador acima da média de mercado, e por que continuam
desmotivados?”, ou então, “Quando
terei orçamento suficiente para criar um sistema que motive meus liderados?”
Estas duas perguntas são válidas, mas em época de ajustes
orçamentários não lhe trarão resultados. Quero então lhes apresentar uma
solução prática e sem custo: metas
SMART. A melhor forma de criar um ambiente que estimule a motivação dos seus
liderados é traçar metas claras e que colaborem na criação desse espaço.
O papel de um líder eficaz será sempre dar a visão, o
objetivo e as metas.
SMART, quer dizer em inglês, esperto, inteligente. Ao
trabalhar metas SMART, o líder está usando a sua inteligência ao trabalhar uma
metodologia simples, mas extremamente estimuladora. Cada letra da palavra SMART
possui um significado conforme se descreve na sequência:
S (Specific), ou seja, metas específicas. É muito comum
ouvir o líder dizer “precisamos vender mais, produzir mais, reduzir mais
orçamento”, mas, em quê? Vender mais o quê? É preciso definir claramente, sendo
específico na definição da meta.
M (Mensurable), isto é, metas mensuráveis. O desejo de
muitos: “quero ganhar dinheiro este ano”.
Tudo bem, mas quanto dinheiro você quer ganhar?
A (Attainable), ou seja, metas alcançáveis. Aqui temos o
ponto principal da maior falha dos líderes:
estabelecer metas inalcançáveis. O líder muitas vezes determina metas
como aumentar a produção em quatro vezes, crescer 50% este ano, mas se esquece de levar em conta a
realidade do mercado e da própria empresa. Pergunte-se: “Será que temos insumos e equipe para
conduzir o atingimento das metas?”. Caso contrário, ao estabelecer uma meta
além do que se pode conquistar, pode-se gerar uma desmotivação ao ver que no
terceiro mês, nenhuma delas foi alcançada.
R (Relevant), ou seja, metas relevantes. Uma forma de
estimular a motivação do liderado é se ele entender que a meta é desafiadora e
está ligada ao seu propósito de vida, que o realiza. Metas desafiantes que ao conquista-las,
o liderado tenha orgulho de contar para a família, para os amigos e se sentir
importante, que fez parte do sucesso da empresa.
T (Time-bound), ou seja, metas com tempo definido. O prazo
para conquistar a meta deve ser claro, deve ter data para terminar. O tempo é
um fator decisivo para que você consiga ou não atingir a meta. Também lhe dá
uma excelente oportunidade de esquematizar ou alocar investimentos de forma
adequada. Ao planejar o tempo corretamente, você elimina formas de pensar como “tudo
para ontem”, “não tenho tempo para nada”, “ainda hoje”, entre outros.
Portanto, não custa nada você como líder adotar as metas
SMART diariamente nas suas ações. Faça um pequeno exercício utilizando-as para:
- Lançar uma campanha de incentivo para vendedores;
- Reestruturar um departamento;
- Instalação de um novo sistema de informática;
- Criar um programa de desenvolvimento de talentos;
- Desenvolver um novo plano de aula para o curso de
graduação;
- Criar uma campanha de lançamento de um produto;
- Casar e ter a lua de mel dos sonhos.
As metas SMART também lhe ajudarão a organizar a sua vida
profissional e pessoal. Ajudará a fazer o que você realmente quer, como você
poderá conduzir sua equipe e, inclusive, redefinir possíveis desvios de rota.
Pense nisso...
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