Como o garoto inexperiente do filme Karatê Kid, o Empreendedor precisa de muita ajuda e não pode pagar uma Consultoria. Entra em
cena o trabalho do Coach, normalmente feito por um profissional experiente e
amigo.
Marcaram uma geração (talvez mais pelo lado trash) as
orientações e o treinamento de Karatê que o senhor Miyagi dava em seu aluno no
filme Karatê Kid. Graças a isso o garoto, que não era nenhum exemplo de
coragem, conseguia superar os adversários mais difíceis.
Assim como no filme, o Empreendedor sempre está lidando com
a estrutura não ideal para enfrentar os problemas do dia-a-dia e muitas vezes
tem que improvisar e adquirir competências do dia para a noite sem ter tido
nenhuma formação para isso.
Tem que aprender RH porque a empresa dobrou de funcionários,
tem que fazer divulgação sem verba, tem dúvidas sempre se está na rota correta –
mesmo porque a empresa está tentando encontrar a sua maneira de firmar no
mercado.
É por isso que todo empreendedor precisa de um senhor Miyagi
– e antes que alguém comece a treinar socos e pontapés, poderíamos usar um
conceito já muito difundido nas empresas, o Coach, que em inglês significa
treinador (como em um time de futebol, por exemplo).
São pessoas experientes em gestão e liderança, num mercado
específico ou ainda em uma determinada competência, que treinam equipes ou
executivos para alcançar metas.
Nas grandes empresas para resolver os problemas que o Empreendedor enfrenta, normalmente são contratadas pessoas de mercado ou uma Consultoria. Normalmente caríssimos, o que para o Empreendedor é proibitivo.
Porém, no Coach a pessoa não pôe a mão na massa, não cuida da execução e por
isso as horas gastas e o custo são bem menores.
Ao usar um Coach, não quer dizer que o Empreendedor perca
sua característica de polivalência, porém terá resultados melhores e mais
rápidos do que teria entrar em novas searas e desafios sem a opinião de alguém
experiente.
O Coach que o Empreendedor precisa é importante para
questões pontuais, como Marketing, Tecnologia ou Vendas. Um Coach constante
sobre o negócio pode ser feito por um Padrinho do negócio ou um Advisory Board
(Reunião de Aconselhamento).
No segundo caso é bom até que seja de graça – para evitar
mais uma despesa e também porque normalmente há no caso do Padrinho (ou
Mentoring, para os mais chiques) um laço emocional e um crédito para o Empreendedor e a causa do empreendedorismo. No caso do Advisory Board há também
o interesse do Networking (Rede de Negócios) e de ter no currículo uma
experiência deste tipo, que pode ser uma reunião mensal ou bimestral.
Talvez se todo Empreendedor no Brasil tivesse o seu senhor
Miyagi, seus inimigos (concorrência por parte das grandes empresas, caixa baixo
para investimento, gestão de pessoas e vendas) fossem mais facilmente
derrotados e a taxa de mortalidade das empresas seriam bem menores.
Fica a dica...