segunda-feira, 12 de abril de 2010

BBB Corporativo: Os Vilões também vencem os Bonzinhos


Os ditos bonzinhos, não são necessariamente melhores ou piores que os vilões,
são apenas diferentes


Foram aproximadamente três meses de confinamento "dentro da casa mais vigiada do país" e para aqueles que assistem, mesmo que de vez em quando, ficou a certeza da similaridade - ainda que grotesca - das cenas corporativas que vivemos todos os dias em nossas organizações. Dentro das empresas há, como no BBB, diversos tipos de personalidade: o agressivo, o político, o que tenta "se dar" bem com todos, o que fala o que pensa, o que representa a diversidade e mais tantos protótipos da vida humana.


Assim como no realitty show, também nas empresas existem os "vilões" e os "bonzinhos". Os vilões são aqueles profissionais conhecidos como "espertos". Estão sempre se movimentando em função de um objetivo pré-determinado. Muito estratégicos, enxergam bem mais à frente que os demais, como num jogo de xadrez. São mais racionais que emocionais e focados no ponto que desejam chegar, lutam com tanta garra e vontade que, muitas vezes, chegam lá. Mas muitas vezes não chegam também.

Os ditos bonzinhos, não são necessariamente melhores ou piores que os vilões, são apenas diferentes. Mais políticos, eles demonstram mais preocupação com os demais, apresentam mais características emocionais e, normalmente, são muito mais "amados". Consciente ou não, também possuem seus objetivos e lutam por eles à sua maneira. Chegam lá ? Muitas vezes sim, muitas não.


Claro que o Programa não reproduz fielmente o ambiente corporativo. A principal diferença é que o ambiente em que estamos inseridos nos apresenta um jogo muito mais complicado, pois não é estático. As pessoas mudam, as condições mudam, de uma forma muito mais forte que na TV.


Entre a guerra dos bons e maus, a população brasileira se identificou com pessoas de forte personalidade, que protagonizaram brigas, amizades, fidelidade, romance e outros sentimentos que qualquer pessoa vivencia atrás das câmeras.


Na realidade corporativa, no entanto, não é sempre assim. Ganhará o vilão ou o bonzinho, dependendo da cultura organizacional em que ambos estiverem inseridos e com quem estão se relacionando. Ganhará aquele que conseguir equilibrar melhor suas competências técnicas com as comportamentais. Ganhará aquele que resistir à pressão e à competição interna e externa.

Só que o que está em jogo não é um prêmio em dinheiro, mas um destino profissional, uma carreira, que quando bem administrada e feita com movimentos corretos, levará a ganhos de valores muito mais significativos, como a felicidade e a realização.