O mundo corporativo tem a aprender com o mundo esportivo. Ultimamente, tenho acompanhado alguns jogos de futebol que, equipes que passaram pelo vexame de um rebaixamento ou quase rebaixamento, estejam liderando o campeonato brasileiro, ou até mesmo, entre os melhores da atualidade. Os jogos da equipe batem recordes de público. Uma autêntica sintonia entre time e torcida, que apelidam a equipe de “time de guerreiros”. Para vencer, não basta somente ter talento, é preciso aprender a praticar o jogo de equipe – esse é o grande ensinamento de um grande time.
Em muitas organizações, as pessoas estão como grupo, e não como time. O grupo não tem propósito comum e as pessoas não sabem o real sentido de fazerem parte daquela empresa. Um autêntico time tem senso de unidade, propósito e metas comuns e uma missão clara e vivenciada em todas as suas ações e por todos os integrantes da organização.
Frequentemente, a inveja e a vaidade levam os grupos a terem comportamentos que prejudicam os resultados, e o brilho dos integrantes pode ser apagado por membros que acreditam que somente apagando o brilho do outro é que vão ter o seu próprio brilho. O apoio da torcida ao time tem mostrado o quanto é importante “jogar junto” o tempo inteiro, assim, as organizações que se destacam são aquelas em que as pessoas participam, utilizando seus diversos talentos a fim de contribuir para atingir os resultados. Participar, e não omitir, é a palavra-chave de times vitoriosos.
O que impressiona nos times, é sua capacidade de reverter um placar nas situações mais difíceis. O resultado é focado até o último instante, esse é o sentido do “time de guerreiros”. Nem sempre não possui ainda uma “grande estrela” da seleção brasileira, mas tem um conjunto equilibrado em que todos participam e, quando um jogador não está bem, o outro entra e oferece sua contribuição no momento certo. É um time apoiado pelo estilo coach de ser do seu treinador, que sabe tirar o máximo do potencial de cada integrante e delega e lidera com seus demais líderes.
A capacidade de focar o resultado, lidando com as pressões e reorganizando o planejamento, quando necessário, conduz um time à superação. Não importa o quão distante está a meta a ser atingida, mas sim o quão dispostas as pessoas estão para atingi-la. O papel do líder é deixar seu time focado no resultado, sem sucumbir diante das dificuldades, sabendo extrair o melhor de cada integrante.
As organizações necessitam de pessoas guerreiras, de líderes proativos e que cresçam baseados no valor e no potencial de sua equipe. Muitas companhias reclamam de seus resultados, mas seus líderes continuam a não inspirar o melhor dos profissionais e a não valorizar, por exemplo, o senso de propósito comum. A empresa do novo século e que vai perpetuar será aquela que tiver um time de guerreiros, um líder que aja como coach e seja inspirador da transformação positiva das pessoas.
E na sua organização, existe um grupo ou um time de guerreiros?