quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Momento de Reflexão





Como líderes, é difícil lidar com todos os tipos de personalidade
e continuar sendo produtivo. 
Ao lidar com pessoas no trabalho, 
precisamos saber como liderar
ao invés de dar ordens para ganhar cooperação.
  • Não mande - inspire
  • Não direcione - ganhe pessoas com a sua forma de pensar
  • Comece com um elogio sincero
  • Construa uma moral e conquiste a lealdade
  • Peça ao invés de mandar
  • Dê a outra pessoa uma reputação para ela defender

Nem lá e nem cá...




Outro dia eu estava em uma palestra com o renomado Eugênio Mussak que fez uma colocação sobre a área de RH bastante interessante e que me levou a uma profunda reflexão. Reflexão na qual me levou a produção desse pequeno artigo. Ele mencionou que o RH tem um papel de "mediador de expectativas" entre a empresa e o funcionário.

 Então, lá fui eu tentar compreender melhor a complexidade das palavras, e no dicionário Aurélio encontrei as seguintes colocações:
 
Mediador - Que, ou aquele que medeia ou intervém; medianeiro, mediatário, intermediário, intermédio.
Expectativa - Esperança fundada em supostos direitos, probabilidades ou promessas.

Percebam que interessante se colocarmos dessa forma: "Intermediário de Esperanças e promessas", pois é para quem acha que nossa vida é fácil, não conhece nem a metade da história.

As organizações esperam e cobram das pessoas comprometimento, resultados, competência, empenho em ser cada vez o melhor, valores etc. Já as pessoas cobram e esperam da organização: reconhecimento moral e financeiro pelo comprometimento e pelos resultados entregues, oportunidades de desenvolvimento, muitas vezes orientação, transparência etc. 

E aí vem a principal pergunta: como lidar com tudo isso? 

Vamos lembrar que cada pessoa é única e sendo assim possuem muitas diferenças e, geralmente, os empresários também são pessoas e também têm suas prioridades, necessidades e sentimentos.

Quando iniciei minha carreira, ainda muito jovem, uma das coisas que eu mais ouvia das pessoas era o seguinte: "O RH só vê o lado da empresa" ou, então assim: "Vocês precisam focar mais no negócio". Felizmente, hoje em dia o cenário é um pouco diferente, o RH já é visto como uma área estratégica e não apenas um "centro de custo". O fato é que o RH vem tomando uma proporção muito importante nas organizações e cada vez mais os desafios ficam maiores.

Particularmente, vejo o RH como um educador e ao mesmo tempo um administrador de sentimentos humanos, tanto do empresário quanto do empregado. Cabe ao RH articular esse espaço que ainda existe, para que os resultados da organização sejam efetivos e ser efetivo é considerar sim o lucro em longo prazo, através da satisfação das pessoas.

O que acontece é que por um lado as organizações às vezes não deixam muito claro o que esperam de cada pessoa como profissional, com isso quando as pessoas entregam resultados medíocres são definidas: "ele (a) não se adaptou as mudanças, ou a essa empresa", e nesse caso é muito mais fácil trocar do que investir. E também quando deixam isso claro, se vêem no direito de exigir o máximo dos seus funcionários, e quando esses conseguem atingir esse pico: "ainda é muito cedo para promovê-lo", ou então "nesse momento a empresa está com um orçamento apertado, mas continue com o seu desempenho que você chega lá", é o tipo do discurso programado e sem essência.

Por outro lado, muitas pessoas têm o péssimo hábito de se comparar às demais sem considerar os seus defeitos, ou o que precisam de fato melhorar para serem reconhecidas. Ficam sempre achando que os outros têm que resolver os seus problemas, "a empresa não deu bolsa, então, não vou estudar", "quando eu tiver aumento eu vou melhorar" e por aí vai...

E aí acontece um sentimento que todos nós conhecemos muito bem: a frustração, de ambos os lados, da empresa e do funcionário. E não tem sentimento pior a ser trabalhado pelo RH do que a frustração ou a decepção de uma pessoa que já se convenceu de que "não tem mais jeito", porque aqui já estamos em um estágio desmotivacional. Eu acredito que no fundo existe um sentimento amargo de que algo poderia ter sido feito, na visão da empresa - poderíamos ter dado mais feedback, ou investido em treinamentos ou direcionado melhor essa pessoa, e na visão do funcionário - poderia ter me qualificado mais, ser mais comprometido, expor melhor as minhas ideias. Acontece que a decepção ao outro fala mais alto nesse momento o que permite uma total cegueira.

E, então, cabe aos profissionais RHs da vida administrar tudo isso, ser um termômetro organizacional e cuidar, para que os dois lados consigam enxergar também os fatores positivos de cada um. Para isso, não existe uma receita de bolo. O que existe é uma coisa bem básica: não tem como fazer isso sentado atrás de um computador, é preciso estar conectado com a realidade dos dois lados para ser um articulador desse trabalho e, para isso, o RH tem que utilizar uma velha ferramenta de Marketing: o "TBC - Tira a Bunda da Cadeira".

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Momento de Reflexão



“Com o tempo, perdemos o frescor
e a espontaneidade nas conversas verdadeiras.
Qualquer um, interessado em melhorar como pessoa,
procurará desenvolver essas áreas.”



Dale Carnegie

Fracassos



Leio muito e é comum sermos presenteados com as melhores práticas do mercado, cases que deram certo e tudo o mais. Contudo, o que ninguém fala é o que deu errado. Isso mesmo, vamos falar sobre o que não deu certo.

E por que não?

Se é com os erros que aprendemos, deveríamos também fazer artigos sobre as práticas e as iniciativas que não deram certo. Mas, na era do marketing pessoal, ninguém quer saber de compartilhar os fracassos.



Em geral, posso adiantar que existe uma variável muito importante para o sucesso ou o fracasso na implantação e na utilização de qualquer metodologia: o ser humano. Isso mesmo. Aquele que tem a incrível habilidade de derrubar qualquer ideia, por mais maravilhosa que seja.


Já vi pessoas negociarem avaliações de desempenho, para não se exporem aos gestores ou ao RH. Já vi pessoas passando por processos de e-learning como quem passa por páginas de uma apresentação de PowerPoint sem o menor constrangimento.

Outro campeão do boicote é o teste em processo seletivo. Numa grande empresa com muitas filiais, já vi gerentes encantarem-se com os candidatos e enviarem ao RH testes feitos por eles mesmos, a fim de garantir que o candidato escolhido passasse pelo crivo do RH.


Já vi pontos eletrônicos virarem brinquedos na mão daquele que quer estender um pouquinho seu horário de almoço, ou aquele que dá uma "fugidinha" inocente no meio da tarde.

Ou seja, nunca subestime a criatividade das pessoas para boicotar métodos e processos, principalmente dos brasileiros, que são muito habilidosos para "dar um jeitinho".


Então, além do ser humano, o que temos mais? Ah, sim! O "copia/cola". Métodos, iniciativas, inovações que deram certo num local, não são garantia de sucesso em outros contextos. Fatores como a cultura da empresa, o perfil de seus líderes, a maturidade da equipe, os valores em questão, enfim, tudo isto varia muito de uma empresa para a outra e estas variáveis podem fazer de uma iniciativa um sucesso ou um fracasso absoluto.


Não precisa ir muito longe. Comece observando detalhes básicos. Por exemplo: alguém conhece o ponto eletrônico biométrico, aquele onde a pessoa registra as entradas e saídas colocando as digitais num moderno aparelho? Pois bem, tente implantá-lo num local onde os operários têm suas digitais comprometidas por graxa ou produtos químicos. Nem preciso dizer os riscos desta implantação, não é?

Outro exemplo é o sistema de remuneração. Não adianta querer implantar remuneração variável com complexos sistemas de indicadores de desempenho numa empresa que não tem cultura de meritocracia, onde os funcionários são recompensados pelo tempo de empresa, ou pela carteira de clientes, enfim, por quaisquer motivos que não são seus resultados. O que teria por objetivo motivar, se transformará em razão para queixas e desmotivação.

Antes de "copiar/colar", estude e avalie. Dificilmente um case de sucesso numa empresa repete o resultado num outro contexto, se transportado literalmente com as mesmas bases e condições.

Por fim, estas duas variáveis (pessoas e contexto) são fundamentais para o sucesso ou fracasso de uma iniciativa, mas é claro que não são as únicas. Não podemos esquecer as políticas governamentais, a estratégia da organização, a situação econômica, os stakeholders.

O importante é lembrar sempre que, ao nos encantarmos com novas tecnologias, métodos, processos, ideias, etc., antes de sair desesperadamente implantando, vamos olhar além e avaliar todas estas variáveis, pois elas poderão transformar o seu case de sucesso naquele case de fracasso que você nunca vai conseguir esquecer.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Momento de Reflexão



“Talvez você esqueça amanhã as palavras gentis que disse hoje,
mas a pessoa que recebeu lembrará por toda a vida.”



Dale Carnegie

O Chato




O ambiente profissional guarda muitos mistérios acerca dos seres humanos e de seu modo de se comportar. E um dos maiores segredos a ser desvendado é o do chato competente. Para entendê-lo, é preciso, primeiramente, compreender o significado da palavra “chato”: indivíduo maçante, incômodo, liso. Depois, é necessário conhecer um pouco mais sobre quem atribui o estereótipo de “chato” ao colega de trabalho – e esse é o ponto mais intrigante, sob meu ponto de vista.



Você se lembra daqueles colegas de sala de aula que eram os mais espertos, apreciados pelo sexo oposto, grandes desafiadores da hierarquia escolar, ligeiramente bagunceiros e que tinham uma marca especial?


Em grande parte, eles se tornaram a mesma coisa no ambiente de trabalho, pois "é de pequeno que se torce o pepino". Desde o início de sua trajetória de vida, a maneira pela qual você vê o ambiente e interage com ele se consolida – se não for corrigida.


É claro que existem exceções. Em geral, as pessoas são no trabalho exatamente o mesmo que foram no período escolar. São esses os responsáveis pelos apelidos mais marcantes. Já o CDF, o nerd, e o pelego, ou nomes correlatos, é aquele que se comporta segundo algumas características básicas:


• Preocupa-se com as entregas, considerando as datas e a qualidade (responsável).


• É detalhista.


• Foca-se em saber o porquê das coisas.


• Preocupa-se com a própria carreira, foca-se rumo aos objetivos.


• Prioriza o trabalho.


• Faz o que deve ser feito.


• Respeita as diretrizes da empresa e age para mudar aquelas que ele tem convicção que devem ser melhoradas (sem fazer intrigas e fofocas).


A pergunta que paira no ar é: como dois estilos tão antagônicos podem conviver bem no ambiente profissional se, desde o momento de formação básica escolar, as diferenças são evidentes? Nós, seres humanos, adoramos ser surpreendidos por histórias do tipo: fulano era o maior bagunceiro e hoje é diretor ou gerente da empresa X. Ciclano copiava os trabalhos dos colegas e hoje é especialista em determinado assunto.

Essas são exceções que atingiram o sucesso em razão de sua habilidade individual não cognitiva (dom, talento, vocação), além de uma série de eventos que podem ter contribuído para o sucesso (família emocional e financeiramente estruturada, indicações, favorecimentos, entre outros). O fato é: o caminho mais simples e racional para o sucesso no ambiente corporativo continua a ser o estudo, a dedicação e, principalmente, o alto desempenho – características marcantes do chato competente.


Se você faz o estilo chato competente, siga em frente! Você tem todas as características de pessoas bem-sucedidas e muito provavelmente será o chefe de todos os colegas que zombavam de você.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Momento de Reflexão



“Quando estivermos lidando com pessoas
precisamos lembrar que não estamos lidando com criaturas lógicas.
Pessoas são emotivas,
cheias de preconceitos
e motivadas pelo orgulho e pela vaidade.”



Dale Carnegie



Imprevistos




Você e todos os integrantes de sua equipe estão sujeitos a inúmeras adversidades todos os dias: vendas perdidas, clientes que rejeitam os produtos/serviços, conflitos com os colegas, problemas com equipamentos eletrônicos, desentendimentos com o chefe, processos com os quais não concorda dentro da empresa, imprevistos...

Todas as pessoas passam por problemas, mas cada uma reage de um jeito, de forma positiva ou negativa.


As pessoas que reagem de maneira proativa são chamadas de resilientes, pois têm a capacidade de administrar suas emoções ao passarem por processos de dificuldade, controlar a reação impulsiva e fazer uma análise do ambiente, detectando por que o momento de desconforto surgiu e qual é a melhor maneira de reagir ao ocorrido.


Depois de todo esse processo, os resilientes conseguem voltar mais facilmente ao estado de normalidade em que estavam. É como se, ao ouvir um “não” do cliente, o vendedor rapidamente pensasse: “O.k., não devo dizer nada de imediato, mas respirar fundo e perguntar a mim mesmo quais são os motivos que levaram a rejeição à minha proposta e, somente depois disso, começar a falar”.


Você e sua equipe de vendas conseguem fazer isso?

Vocês se consideram resilientes?


Descubra, agora mesmo, fazendo o pequeno teste a seguir:



* Você e os vendedores de sua equipe têm pouca flexibilidade para aceitar mudanças?


* Você e sua equipe têm dificuldade para lidar com as adversidades do dia a dia?


* Costumam ter decisões e ações movidas pela tristeza/medo ou pela raiva?


* Você e os outros vendedores demoram excessivamente para conquistar a atenção do cliente?


* E o grande tendão de Aquiles de muitas pessoas: você ou sua equipe costuma terceirizar a culpa, sentindo-se sempre como a vítima de todos os problemas?



Se respondeu “sim” a pelo menos uma das alternativas, você e sua equipe têm muito trabalho pela frente para aumentar o nível de resiliência. Afinal de contas, esse é um desafio grande e reconhecido até mesmo na Bíblia: “É muito mais difícil controlar as emoções do que conquistar uma cidade”.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Momento de Reflexão



“Não fique tão ocupado ou viva tão apressadamente,
 que você não possa ouvir a música do campo,
ou a sinfonia que glorifica a floresta.”


Dale Carnegie

Competência ou Conhecimento




Quando você pensa em um profissional competente, o que lhe vem à mente?

Que características essa pessoa possui que a tornam um(a) profissional de destaque?

Alguém com muito conhecimento, bastante habilidade ou muita atitude?

Ao falarmos sobre competências, o termo mais conhecido e que melhor sintetiza seu significado é o famoso CHARM (Conhecimentos, Habilidades, Atitudes, Resultados e Méritos).

Hoje, somos expostos a novas informações e a novos conhecimentos a cada instante, e por inúmeras fontes: jornais, revistas, TV, sites, e-mails, redes de relacionamento, etc.

Diante desse cenário, deixo mais uma pergunta: o conhecimento se transforma em competência de maneira automática?

Costumo dizer que a atitude é o que nos faz desenvolver a habilidade sobre um conhecimento adquirido. Isso significa que não basta dominar um determinado assunto ou ser profundo conhecedor de um tema em especial se, ao ser submetido a situações em que esse conhecimento precise ser colocado em prática, não concretizá-lo. Nesse contexto, não houve o “A” de atitude nem a materialização/entrega de competência.


Significa que o conhecimento tácito, aquele que está em nossas mentes, só se transforma em competência quando é explicitado, posto em prática e vivenciado de forma real. Para fazer uma analogia com uma questão prática do nosso dia a dia, dou um exemplo: muitos de nós dirigimos automóveis e, para obter a carteira de habilitação, foi necessária a realização de exames teórico e prático.


Agora, pense no momento em que você se preparou para os exames realizados e foi aprovado(a). Após essa breve reflexão, deixo mais uma pergunta: a aprovação nos exames teórico e prático para a obtenção da licença para dirigir garante que você seja um(a) motorista preparado(a) para enfrentar o trânsito caótico de nossas cidades? Há um ditado popular que ouvi muitas vezes e que confesso ser partidário: “Uma coisa é ter a habilitação, outra é saber dirigir”.

Pense sobre isto: conhecimento não é competência. Competência, em sua essência, só existe quando somamos seus pilares – conhecimento, habilidades, atitudes, resultados e méritos (CHARM). Portanto, adquira conhecimentos e desenvolva habilidades por meio de suas atitudes ou tenha atitude para desenvolver habilidades sobre os conhecimentos que adquiriu.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Momento de Reflexão



“Você só pode tropeçar, se estiver andando”
Roberto Goizueta





O que o Cliente quer???



Você sabe por que os clientes compram de sua empresa?

Existem basicamente dois motivos: devido ao preço ou porque sua empresa é diferente.

Hoje, quero falar especificamente sobre a segunda opção. Se é o caso da sua empresa, existe outra pergunta importante: “Por que, além do preço, o cliente compra de você, e não da concorrência?”.


Essa resposta é o que define a alma da sua empresa, é o que ajuda você e seus colaboradores a serem coerentes em todas as suas ações.

Creio que os clientes estão querendo dez coisas das empresas e também dos vendedores que os atendem. Então, veja se a sua equipe e você têm conseguido oferecer todas, pois, se conseguirem, serão incrivelmente recompensados com lealdade, indicações e, principalmente, com um grande orgulho de trabalhar em sua companhia. Afinal, uma empresa que segue este decálogo certamente tem alma:



1. Confiança – Quero confiar que estou comprando algo que realmente vai resolver meu problema.


2. Valor – Quero pagar um preço justo e correto e sentir prazer ao comprar.


3. Novidades – Quero ser surpreendido positivamente.


4. Agilidade – Quero ser atendido prontamente e sem demoras.


5. Significado – Quero que você entenda que o produto ou serviço que estou adquirindo é realmente importante para mim.


6. Atenção – Quero que você me valorize e me faça sentir especial.


7. Conexão – Quero fazer parte de um grupo de pessoas com ética, valores e princípios iguais aos meus.


8. Atendimento – Quero ser atendido por profissionais que entendem do assunto, gostam do que fazem e demonstram prazer em me atender.


9. Descoberta – Quero poder indicar sua empresa para minha família, amigos e colegas.


10. Contribuição – Quero que você contribua com causas que me importam.



E como repensar a sua empresa a partir desse decálogo para obter todas as vantagens que ele pode proporcionar?

Bem, isso exige diagnóstico da situação atual, revisão das ações e planejamento. E, obviamente, requer um empenho seu a fazer isso. 

Boa sorte!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Momento de Reflexão



"As pessoas esquecerão o que você disse.
As pessoas esquecerão o que você fez.
Mas elas nunca esquecerão.
Como você as fez sentir." 
Autor Desconhecido

E Agora José...



Após, mais uma, derrota no pleito à Presidência da República do Brasil, repasso aqui, na integra o discurso de José Serra:


"No dia de hoje, os eleitores falaram e nós recebemos com respeito e humildade a voz do povo. Quero aqui cumprimentar a candidata eleita Dilma Rousseff (PT) e desejar que ela faça bem para o nosso país.


Eu disputei com muito orgulho a Presidência da República. Quis o povo que não fosse agora. Mas digo, aqui, de coração, que sou muito grato aos 43,6 milhões de brasileiros e brasileiras que votaram em mim. Sou muito grato a todos e a todas que colocaram um adesivo, uma camiseta que carregaram uma bandeira com Serra 45.


Quero agradecer também aos milhões de militantes que lutaram nas ruas e na internet por um Brasil soberano, democrático e que seja propriedade do seu povo.


Eu recebi tanta energia nessa campanha, foram sete meses de muita energia, de muita movimentação e de muito equilíbrio também, que foi necessário. E eu chego hoje, nesta etapa final, com a mesma energia que tive ao longo dos últimos meses. O problema é como dispender essa energia nos próximos dias e semanas


Ao lado desses 43,6 milhões de votos, nós recebemos, também, votos que elegeram dez governadores que nos apoiaram. Dos quais, um está presente. Um companheiro de muitas jornadas, Geraldo Alckmin. Ele se empenhou na minha eleição, mais do que se empenhou na dele


A maior vitória que nós conquistamos nessa campanha não foi mérito meu, mas foi de vocês [imprensa]. Nesses meses duríssimos, onde enfrentamos forças terríveis, vocês alcançaram uma vitória estratégica no Brasil. Cavaram uma grande trincheira, construíram uma fortaleza, consolidaram um campo político de defesa da liberdade e da democracia do Brasil


Vi centenas e milhares de jovens que me lembraram o jovem que eu fui um dia, sonhando e lutando por um país melhor, como eu faço até hoje. Onde os políticos fossem servidores do povo e não se servissem do nosso povo

Para os que nos imaginam derrotados, eu quero dizer: nós apenas estamos começando uma luta de verdade. Nós vamos dar a nossa contribuição ao país, em defesa da pátria, da liberdade, da democracia, do direito que todos têm de falar e de serem ouvidos. Vamos dar a nossa contribuição como partidos, como parlamentares, como governadores. Essa será a nossa luta

Por isso a minha mensagem de despedida nesse momento não é um adeus, mas um até logo. A luta continua. Viva o Brasil."


A luta continua sim, viva o Brasil, sim. E com certeza, que estejamos atentos ao nosso futuro e ao nosso desenvolvimento.

"E agora, josé?

A festa acabou,
A luz apagou,
O povo sumiu,
A noite esfriou,
E agora, josé?
E agora, você?
Você que é sem nome,
Que zomba dos outros,
Você que faz versos,
Que ama, protesta?
E agora, josé?
Está sem mulher,
Está sem carinho,
Está sem discurso,
Já não pode beber,
Já não pode fumar,
Cuspir já não pode,
A noite esfriou,
O dia não veio,
O bonde não veio,
O riso não veio
Não veio a utopia
E tudo acabou
E tudo fugiu
E tudo mofou,
E agora, josé?
Sua doce palavra,
Seu instante de febre,
Sua gula e jejum,
Sua biblioteca,
Sua lavra de ouro,
Seu terno de vidro,
Sua incoerência,
Seu ódio - e agora?
Com a chave na mão
Quer abrir a porta,
Não existe porta;
Quer morrer no mar,
Mas o mar secou;
Quer ir para minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
Se você gemesse,
Se você tocasse
A valsa vienense,
Se você dormisse,
Se você cansasse,
Se você morresse...
Mas você não morre,
Você é duro, josé!
Sozinho no escuro
Qual bicho-do-mato,
Sem teogonia,
Sem parede nua
Para se encostar,
Sem cavalo preto
Que fuja a galope,
Você marcha, josé!
José, para onde?"

Que Deus nos Abençoe...




Bom, agora que o ano vai começar (Já estamos em Novembro????), passou a Copa do Mundo, passou as Eleições, e agora é hora de trabalhar, trabalhar muito!!!!

No entanto, retransmito aqui, o discurso da vitória de Dilma Roussef, a primeira mulher Presidente do Brasil:


"Minhas amigas e meus amigos de todo o Brasil, É imensa a minha alegria de estar aqui.


Recebi hoje de milhões de brasileiras e brasileiros a missão mais importante de minha vida.

Este fato, para além de minha pessoa, é uma demonstração do avanço democrático do nosso país: pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil. Já registro portanto aqui meu primeiro compromisso após a eleição: honrar as mulheres brasileiras, para que este fato, até hoje inédito, se transforme num evento natural. E que ele possa se repetir e se ampliar nas empresas, nas instituições civis, nas entidades representativas de toda nossa sociedade.


A igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um principio essencial da democracia. Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas, e lhes dissessem: SIM, a mulher pode!


Minha alegria é ainda maior pelo fato de que a presença de uma mulher na presidência da República se dá pelo caminho sagrado do voto, da decisão democrática do eleitor, do exercício mais elevado da cidadania. Por isso, registro aqui outro compromisso com meu país:


Valorizar a democracia em toda sua dimensão, desde o direito de opinião e expressão até os direitos essenciais da alimentação, do emprego e da renda, da moradia digna e da paz social.

Zelarei pela mais ampla e irrestrita liberdade de imprensa.


Zelarei pela mais ampla liberdade religiosa e de culto.


Zelarei pela observação criteriosa e permanente dos direitos humanos tão claramente consagrados em nossa constituição.

Zelarei, enfim, pela nossa Constituição, dever maior da presidência da República.


Nesta longa jornada que me trouxe aqui pude falar e visitar todas as nossas regiões.


O que mais me deu esperanças foi a capacidade imensa do nosso povo, de agarrar uma oportunidade, por mais singela que seja, e com ela construir um mundo melhor para sua família.


É simplesmente incrível a capacidade de criar e empreender do nosso povo. Por isso, reforço aqui meu compromisso fundamental: a erradicação da miséria e a criação de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras.


Ressalto, entretanto, que esta ambiciosa meta não será realizada pela vontade do governo. Ela é um chamado à nação, aos empresários, às igrejas, às entidades civis, às universidades, à imprensa, aos governadores, aos prefeitos e a todas as pessoas de bem.


Não podemos descansar enquanto houver brasileiros com fome, enquanto houver famílias morando nas ruas, enquanto crianças pobres estiverem abandonadas à própria sorte.


A erradicação da miséria nos próximos anos é, assim, uma meta que assumo, mas para a qual peço humildemente o apoio de todos que possam ajudar o país no trabalho de superar esse abismo que ainda nos separa de ser uma nação desenvolvida.

O Brasil é uma terra generosa e sempre devolverá em dobro cada semente que for plantada com mão amorosa e olhar para o futuro.


Minha convicção de assumir a meta de erradicar a miséria vem, não de uma certeza teórica, mas da experiência viva do nosso governo, no qual uma imensa mobilidade social se realizou, tornando hoje possível um sonho que sempre pareceu impossível.


Reconheço que teremos um duro trabalho para qualificar o nosso desenvolvimento econômico. Essa nova era de prosperidade criada pela genialidade do presidente Lula e pela força do povo e de nossos empreendedores encontra seu momento de maior potencial numa época em que a economia das grandes nações se encontra abalada.

No curto prazo, não contaremos com a pujança das economias desenvolvidas para impulsionar nosso crescimento. Por isso, se tornam ainda mais importantes nossas próprias políticas, nosso próprio mercado, nossa própria poupança e nossas próprias decisões econômicas.


Longe de dizer, com isso, que pretendamos fechar o país ao mundo. Muito ao contrário, continuaremos propugnando pela ampla abertura das relações comerciais e pelo fim do protecionismo dos países ricos, que impede as nações pobres de realizar plenamente suas vocações.


Mas é preciso reconhecer que teremos grandes responsabilidades num mundo que enfrenta ainda os efeitos de uma crise financeira de grandes proporções e que se socorre de mecanismos nem sempre adequados, nem sempre equilibrados, para a retomada do crescimento.


É preciso, no plano multilateral, estabelecer regras mais claras e mais cuidadosas para a retomada dos mercados de financiamento, limitando a alavancagem e a especulação desmedida, que aumentam a volatilidade dos capitais e das moedas. Atuaremos firmemente nos fóruns internacionais com este objetivo.


Cuidaremos de nossa economia com toda responsabilidade. O povo brasileiro não aceita mais a inflação como solução irresponsável para eventuais desequilíbrios. O povo brasileiro não aceita que governos gastem acima do que seja sustentável.


Por isso, faremos todos os esforços pela melhoria da qualidade do gasto público, pela simplificação e atenuação da tributação e pela qualificação dos serviços públicos.


Mas recusamos as visões de ajustes que recaem sobre os programas sociais, os serviços essenciais à população e os necessários investimentos.


Sim, buscaremos o desenvolvimento de longo prazo, a taxas elevadas, social e ambientalmente sustentáveis. Para isso zelaremos pela poupança pública.


Zelaremos pela meritocracia no funcionalismo e pela excelência do serviço público.


Zelarei pelo aperfeiçoamento de todos os mecanismos que liberem a capacidade empreendedora de nosso empresariado e de nosso povo.


Valorizarei o Micro Empreendedor Individual, para formalizar milhões de negócios individuais ou familiares, ampliarei os limites do Supersimples e construirei modernos mecanismos de aperfeiçoamento econômico, como fez nosso governo na construção civil, no setor elétrico, na lei de recuperação de empresas, entre outros.


As agências reguladoras terão todo respaldo para atuar com determinação e autonomia, voltadas para a promoção da inovação, da saudável concorrência e da efetividade dos setores regulados.


Apresentaremos sempre com clareza nossos planos de ação governamental. Levaremos ao debate público as grandes questões nacionais. Trataremos sempre com transparência nossas metas, nossos resultados, nossas dificuldades.


Mas acima de tudo quero reafirmar nosso compromisso com a estabilidade da economia e das regras econômicas, dos contratos firmados e das conquistas estabelecidas.


Trataremos os recursos provenientes de nossas riquezas sempre com pensamento de longo prazo. Por isso trabalharei no Congresso pela aprovação do Fundo Social do Pré-Sal. Por meio dele queremos realizar muitos de nossos objetivos sociais.


Recusaremos o gasto efêmero que deixa para as futuras gerações apenas as dívidas e a desesperança.


O Fundo Social é mecanismo de poupança de longo prazo, para apoiar as atuais e futuras gerações. Ele é o mais importante fruto do novo modelo que propusemos para a exploração do pré-sal, que reserva à Nação e ao povo a parcela mais importante dessas riquezas.


Definitivamente, não alienaremos nossas riquezas para deixar ao povo só migalhas.


Me comprometi nesta campanha com a qualificação da Educação e dos Serviços de Saúde.


Me comprometi também com a melhoria da segurança pública.


Com o combate às drogas que infelicitam nossas famílias.


Reafirmo aqui estes compromissos. Nomearei ministros e equipes de primeira qualidade para realizar esses objetivos.


Mas acompanharei pessoalmente estas áreas capitais para o desenvolvimento de nosso povo.


A visão moderna do desenvolvimento econômico é aquela que valoriza o trabalhador e sua família, o cidadão e sua comunidade, oferecendo acesso a educação e saúde de qualidade.


É aquela que convive com o meio ambiente sem agredi-lo e sem criar passivos maiores que as conquistas do próprio desenvolvimento.


Não pretendo me estender aqui, neste primeiro pronunciamento ao país, mas quero registrar que todos os compromissos que assumi, perseguirei de forma dedicada e carinhosa.


Disse na campanha que os mais necessitados, as crianças, os jovens, as pessoas com deficiência, o trabalhador desempregado, o idoso teriam toda minha atenção. Reafirmo aqui este compromisso.


Fui eleita com uma coligação de dez partidos e com apoio de lideranças de vários outros partidos. Vou com eles construir um governo onde a capacidade profissional, a liderança e a disposição de servir ao país será o critério fundamental.


Vou valorizar os quadros profissionais da administração pública, independente de filiação partidária.


Dirijo-me também aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nesta caminhada. Estendo minha mão a eles. De minha parte não haverá discriminação, privilégios ou compadrio.


A partir de minha posse serei presidenta de todos os brasileiros e brasileiras, respeitando as diferenças de opinião, de crença e de orientação política.


Nosso país precisa ainda melhorar a conduta e a qualidade da política. Quero empenhar-me, junto com todos os partidos, numa reforma política que eleve os valores republicanos, avançando em nossa jovem democracia.


Ao mesmo tempo, afirmo com clareza que valorizarei a transparência na administração pública. Não haverá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito. Serei rígida na defesa do interesse público em todos os níveis de meu governo. Os órgãos de controle e de fiscalização trabalharão com meu respaldo, sem jamais perseguir adversários ou proteger amigos.


Deixei para o final os meus agradecimentos, pois quero destacá-los. Primeiro, ao povo que me dedicou seu apoio. Serei eternamente grata pela oportunidade única de servir ao meu país no seu mais alto posto. Prometo devolver em dobro todo o carinho recebido, em todos os lugares que passei.


Mas agradeço respeitosamente também aqueles que votaram no primeiro e no segundo turno em outros candidatos ou candidatas. Eles também fizeram valer a festa da democracia.


Agradeço as lideranças partidárias que me apoiaram e comandaram esta jornada, meus assessores, minhas equipes de trabalho e todos os que dedicaram meses inteiros a esse árduo trabalho.

Agradeço a imprensa brasileira e estrangeira que aqui atua e cada um de seus profissionais pela cobertura do processo eleitoral.


Não nego a vocês que, por vezes, algumas das coisas difundidas me deixaram triste. Mas quem, como eu, lutou pela democracia e pelo direito de livre opinião arriscando a vida; quem, como eu e tantos outros que não estão mais entre nós, dedicamos toda nossa juventude ao direito de expressão, nós somos naturalmente amantes da liberdade. Por isso, não carregarei nenhum ressentimento.


Disse e repito que prefiro o barulho da imprensa livre ao silencio das ditaduras. As criticas do jornalismo livre ajudam ao pais e são essenciais aos governos democráticos, apontando erros e trazendo o necessário contraditório.


Agradeço muito especialmente ao presidente Lula. Ter a honra de seu apoio, ter o privilégio de sua convivência, ter aprendido com sua imensa sabedoria, são coisas que se guarda para a vida toda. Conviver durante todos estes anos com ele me deu a exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu pais e por sua gente. A alegria que sinto pela minha vitória se mistura com a emoção da sua despedida.

Sei que um líder como Lula nunca estará longe de seu povo e de cada um de nós.


Baterei muito a sua porta e, tenho certeza, que a encontrarei sempre aberta.


Sei que a distância de um cargo nada significa para um homem de tamanha grandeza e generosidade. A tarefa de sucedê-lo é difícil e desafiadora. Mas saberei honrar seu legado.


Saberei consolidar e avançar sua obra.


Aprendi com ele que quando se governa pensando no interesse público e nos mais necessitados uma imensa força brota do nosso povo.


Uma força que leva o país para frente e ajuda a vencer os maiores desafios.


Passada a eleição agora é hora de trabalho. Passado o debate de projetos agora é hora de união.


União pela educação, união pelo desenvolvimento, união pelo país. Junto comigo foram eleitos novos governadores, deputados, senadores. Ao parabenizá-los, convido a todos, independente de cor partidária, para uma ação determinada pelo futuro de nosso país.


Sempre com a convicção de que a Nação Brasileira será exatamente do tamanho daquilo que, juntos, fizermos por ela.


Muito obrigada."


 
Diante de tudo isso, afirmo e garanto, serei um fiscal de suas ações, e torço, peço a Deus que nos abençoe...