Em certos momentos, nos pegamos a pensar em vários assuntos em que passamos, ouvimos, vemos, lemos, que não podemos deixar de explanar as nossas opiniões. E, neste artigo, de hoje, gostaria de falar um pouco sobre a “Feliz Idade no Relacionamento”.
Quando nascemos, encontramos um mundo em que os padrões de comportamento masculino e feminino já estão claramente definidos. Espera-se que homens e mulheres se comportem de acordo com as regras do grupo em que vivem. Para isso, com o passar dos anos, a cultura de cada época e lugar vai sendo assimilada sem que se perceba. A diferença de idade entre o homem e a mulher numa relação de namoro é tema polêmico, mas ainda regido por normas instituídas há muitos de anos.
O amor não tem idade, mas a mente sim... Não somos apenas matéria, mas corpo e alma. Nosso espírito é eterno. Ele evolui através das encarnações sucessivas. É o que explica a doutrina espírita. Vivemos muitas vidas e, certamente, amamos muito também. Nosso destino é amar incondicionalmente, mas o amor humano ainda é imperfeito. Mesmo que você não acredite na reencarnação, deve aprender com seus relacionamentos.
O amor é um sentimento espontâneo. Não decidimos amar; simplesmente amamos. A escolha de viver ou não esse amor depende de nós. A decisão de investir ou não no relacionamento depende de nosso livre arbítrio. As leis do amor são imutáveis, mas tudo a que se refere às instituições humanas está sujeito a mudanças. O homem que era o provedor do lar agora está confuso com a mudança da mulher. A mulher está mais liberal e independente. As pessoas estão mais independentes para amar ou deixar de amar. Antes os casamentos duravam mais por conta da sujeição da mulher ao homem.
A dificuldade no relacionamento afetivo nem sempre tem a ver com a diferença de idade. Nossos gostos pessoais e afinidades atraem várias formas de amar. Idade semelhante. Afinidades de temperamento. Valores morais parecidos. Ou idades muito diferentes. Temperamentos opostos. Diferenças na forma de viver e pensar.
Um espírito maduro e antigo pode estar reencarnado num jovem de vinte anos. A matéria jovem, mas o espírito experiente e evoluído. Conheço "jovens" de sessenta anos e "velhos" de vinte anos.
Falar de maneira hipotética sobre diferença de idade nos relacionamentos amorosos pode parecer algo superado, mas quando se depara na prática com essa realidade nota-se que a sociedade não é assim tão aberta como teoricamente se apresenta, principalmente quando essa diferença é grande e a pessoa mais velha é a mulher.
Ter uma cabeça velha é viver de forma mesquinha e preconceituosa. Será medo de viver e amar? Correr riscos? Medo de sofrer? Essas dificuldades perturbam a vida amorosa. O excesso de ciúme pode aparecer em qualquer faixa etária. O comportamento rude e agressivo pode ser explicado por conta do meio ambiente, da educação, caráter, mas pouco tem a ver com a faixa etária. O ímpeto juvenil pode arrefecer dependendo da energia e da saúde de cada pessoa. No entanto, se um jovem é agressivo e não amadurece com o passar do tempo, continuará um senhor rude e rebelde em seus relacionamentos.
Uma senhora de cinqüenta anos pode ter o espírito jovem e espontâneo. O que conta é uma mente positiva e disposta a viver um grande amor. Não podemos rotular o amor e nem as pessoas por conta de status, diferença de idade, raça e religião. Dependendo da maturidade psíquica do casal, essas diferenças podem ou não provocar conflitos dentro do relacionamento. As crises fortalecem um casal maduro, mas podem acabar com um relacionamento instável.
O que é ideal para você pode não ser para outra pessoa. Algumas pessoas se completam nas diferenças. Um casal muito diferente pode se amar muito, mas precisa de maturidade, autoestima elevada e tolerância para viver um grande amor.
O primeiro repúdio ao namoro costuma surgir no seio da própria família, que supõe saber o que é melhor para seus membros embora nem sempre o que é melhor para eles, seja para o outro. Se um determinado membro da família considera não ser bom se relacionar com uma pessoa muito mais jovem, ele vai pensar que também não deverá ser bom para o outro. É preciso ter paciência com elas, evitando discussões e brigas que não levam a nada, procurando levar a pessoa amada a uma convivência mais próxima para que a conheçam melhor.
Como podemos amar se estamos cheios de preconceitos e bloqueios emocionais?
Como amar em plenitude se fugimos ante a possibilidade do amor por medo de tentar?
Como podemos amar e ser felizes se não abdicamos do egoísmo contumaz?
Nossas escolhas amorosas devem ser pautadas na convivência do casal. O caráter e a lealdade do companheiro também. Dependendo da faixa etária, alguns jovens estão formando sua personalidade. Amadurecendo o caráter. Podem mudar com o decorrer do tempo. Nesse caso, pense, avalie se vale a pena arriscar uma história de amor. Os dois precisam saber o que um pode esperar do outro. Não existe garantia de lealdade ou da eternidade do amor.
Mas você precisa saber com quem está lidando. O que essa pessoa espera do amor e dos relacionamentos. Objetivos e escolhas pessoais podem ser muito diferentes em cada parceiro, devido à faixa etária. Equilibrar essas diferenças e conseguir uma troca saudável de afeto e carinho é uma vitória!
Alguns casais com acentuada diferença de idade ainda sofrem preconceito. Esse preconceito é velado, mas existe. Comenta-se que casais com acentuada diferença de idade só estão juntos por conta de status social, segurança financeira, vaidade ou apenas aventura. Isso realmente pode acontecer. No entanto, relacionamentos que se pautam apenas nas aparências e não nos afetos existem mesmo com casais de idade semelhante.
O fato de nos sentirmos atraídos em namorar pessoas de idade diferente não significa que tenhamos nenhum distúrbio, desde que estejamos falando de pessoas adultas é claro. Ocorre que nem sempre a nossa idade cronológica corresponde exatamente a chamada idade mental/emocional, ou seja, alguém de 40 ou 50 anos pode comportar como uma pessoa de 20, ou vice-versa.
Não escolhemos a pessoa nem tampouco a idade dela para nos apaixonar, simplesmente a amamos, é algo um tanto quanto complexo para controlarmos, logo se você ama alguém e é correspondido invista nessa relação se ela a faz feliz, não olhe de lado e entenda que alguns dos que lhe criticam o fazem por estarem presos a velhos hábitos.
Viver de forma diferente daquela a que se está acostumado causa ansiedade e medo. Os relacionamentos amorosos são exceção à regra. Contudo, é necessário ter mais coragem e discutir os valores que são transmitidos sem ser questionados, mas que sempre geram sofrimento. A diferença de idade no namoro é apenas um exemplo dos inúmeros preconceitos que estão arraigados às pessoas, limitando inteiramente a vida.
Como já disse, o amor não tem idade. Mas para se amar e ser feliz é necessário uma cabeça boa. Muita autoestima. Se você não tem autoestima, como vai viver um relacionamento com alguém mais jovem cheio de vida e vigor? Você sempre colocará a diferença de idade como uma dificuldade marcante. E, nem sempre a diferença da idade é a verdadeira causa dos problemas entre o casal. Ela pode estar em sua mente reprimida, no medo de amar, no coração fechado e na falta de respeito. A dificuldade amorosa vem do espírito e não, da matéria.
O verdadeiro amor é o de alma para alma. Esse vence todas as barreiras e obstáculos. O autoconhecimento o ajudará a aceitar o outro como ele é, sem ilusões. Se você procura amor, terá amor. Agora, se procura uma aventura momentânea, segurança financeira ou status social a escolha é sua. Mas lembre-se dessa verdade incontestável: um relacionamento tem que estar bom para os dois! Seja sempre assertivo em seus relacionamentos. A confiança, respeito, perseverança, transparência, sinceridade e a lealdade é a base para um relacionamento duradouro.
Seja feliz!
Feliz Idade no Relacionamento!