domingo, 1 de maio de 2011

A Mulher e a Profissão


O que querem as mulheres? 

O questionamento feito por Freud já ganhou uma série de direcionamentos. Para lembrar o Dia do Trabalho, que acontece neste domingo, dia 1 de maio, vamos falar de um assunto muito importante: os benefícios. A empresa de pesquisa do Grupo Bolsa de Mulher, a Sophia Mind, perguntou às mulheres o que elas pesam na hora de aceitar – e permancer no emprego.


Através de entrevista com 465 trabalhadoras de todo o Brasil, entre 25 e 50 anos, foi possível descobrir que o principal fator para manter uma funcionária feliz é respeitar sua qualidade de vida. Com a dupla jornada, as mulheres dão preferência às empresas que deem esse espaço para curtir sua vida particular.


Já para aceitar um emprego, elas levam em conta as oportunidades de crescimento e a valorização da carreira. Surpreendentemente, esses dois fatores são mais significativos para as mulheres do que as vantagens financeiras e 63% das participantes citou o aconselhamento na carreira como principal fator para permanência no emprego.


Há diferenças ainda entre o momento pessoal de cada mulher. Entre as mulheres sem filhos, um plano de cargos e salários bem definido e prioridade no recrutamento interno, por exemplo, são mais valorizados.


Metade das que já são mães apontam a presença de berçario ou creche, sala de aleitamento e a possibilidade de trabalhar em casa como pontos fortes na escolha de um emprego ou permanência em uma determinada empresa.

Infelizmente, a realidade das empresas brasileiras está longe da ideal. Dentre as bonificações apontadas pelas entrevistadas como os que elas mais desejam, muitos ainda são pouco oferecidos. Bolsas de estudo parcial ou integral são almejadas por 93% das trabalhadoras, mas apenas 22% delas têm o benefício.


Além disso, 86% das participantes da pesquisa gostaria de ter um horário de trabalho flexível, mas apenas 37% podem usufruir dessa liberdade. Sempre pensando na família, 75% delas gostariam de ter auxílio educação para os filhos, mas apenas 11% o têm. Um terço das entrevistadas valorizam programas de prevenção a doenças, mas eles só ocorrem para 38% das mulheres pesquisadas.


Com tanta coisas ainda a serem melhoradas, não é surpresa que as empresas não tenho sido bem avaliadas. No quesito benefícios, as entrevistadas deram, em média, nota 5,3 para as companhias onde trabalham, numa escala de 0 a 10 e apenas 7% delas parecem estar totalmente satisfeitas com o atual emprego, dando nota 9 ou 10.


A preferência por chefes homens ou mulheres não é um problema para 69% das mulheres, mas todas as entrevistadas acrescentaram que há, sim, diferenças na gestão entre os gêneros. Mulheres no comando são mais sensíveis, mais abertas às relações pessoais e priorizam o trabalho de equipe. Elas também acreditam que uma mulher na chefia brigaria mais pela 'classe' e buscaria mais qualidade de vida, benefícios e direitos para as funcionárias.

Agora, vamos à luta!!!