segunda-feira, 30 de abril de 2012
Os 8 erros da Mudança...
A mudança pode aparecer como um processo de reengenharia,
pode ser a redução de custos através de corte de pessoal (downsizing). Muitas
vezes, ela se disfarça de transformação cultural. E, em determinadas
oportunidades, vem com uma fusão ou como uma aquisição. Existem infinitas
formas de mudanças internas que, por sua vez, respondem a mudanças externas.
Mas em que tipo de cultura as mudanças tem mais chances de apresentarem
sucesso?
De alguma forma, pelo menos no início, é mais fácil
implantar a mudança em uma organização hierarquizada, vertical, porque a partir
de uma posição de poder é mais simples atrair a atenção das pessoas e
impulsionar esse tema. O problema é que, no final, o poder não serve para
implantar uma mudança.
Antes de se perguntar:
“Onde foi que eu errei?” ou ficar pensando se está no caminho correto ou
não, é importante saber que é natural que, durante o processo, cometamos
algumas falhas que podem colocar toda a mudança por água abaixo. Cito a seguir
os 8 principais erros cometidos nas empresas:
1.
NÃO
CRIAR UM SENTIDO ADEQUADO DE URGÊNCIA ENTRE OS EXECUTIVOS E OS FUNCIONÁRIOS
A maioria dos esforços bem-sucedidos de
mudança tem início com a transmissão de forma abrangente de informações
drásticas, principalmente quando se trata de crises em potencial ou
oportunidades, que dependem do momento certo para que alcancem o sucesso. Por
isso, o senso de urgência é crucial para se obter a cooperação necessária ao
processo de implantação de mudanças.
2.
NÃO
CRIAR UMA ALIANÇA DE ORIENTAÇÃO FORTE O SUFICIENTE
É preciso envolver a alta direção e formar
uma equipe apoiada por ela para comandar a mudança. Para que a transformação
seja bem-sucedida, é necessário que a alta cúpula se envolva de corpo e alma em
todas as ações. Os esforços de mudança que não conseguem formar essa aliança
podem até conseguir um processo aparente durante um pequeno espaço de tempo,
mas em breve a oposição se une e acaba com a mudança.
3.
SUBESTIMAR
O PODER DA VISÃO CORPORATIVA
A empresa deve criar uma visão que ajude a
direcionar os esforços de mudança. Além disso, precisa elaborar as estratégias
para atingir essa visão. O autor destaca que em um processo de mudança, uma
visão tem três finalidades: esclarecer a
direção geral da mudança e simplificar milhares de decisões mais detalhadas;
motivar as pessoas a agir na direção correta, ainda que os passos iniciais
sejam dolorosos; ajudar a coordenar as ações de maneira rápida e eficiente. A
visão deve estar estreitamente vinculada à realidade; não se trata de fazer
abstrações. Ela tem de ser desejável, realista, focalizada, flexível e fácil de
comunicar.
4.
NÃO
COMUNICAR A VISÃO DE FORMA MACIÇA E ADEQUADA
É impossível a mudança acontecer se a maior
parte das pessoas não estiver disposta a colaborar, até mesmo a ponto de fazer
alguns sacrifícios em curto prazo. Normalmente, a visão é dez vezes menos
divulgada do que deveria.
5.
NÃO
FOMENTAR O EMPOWERMENT
A empresa deve eliminar os obstáculos à
transferência de poder e responsabilidade para os funcionários, modificar os
sistemas ou as estruturas que atrapalhem a visão de mudança (pelos
funcionários) e estimular a atitude (dos funcionários) de assumir riscos e de
ter idéias e iniciativas não-convencionais.
6. NÃO
GERAR RESULTADOS DE CURTO PRAZO
Os compromissos com as vitórias de curto
prazo mantêm o nível de urgência elevado e forçam um raciocínio analítico
detalhado, que pode esclarecer ou reconsiderar visões. Sem ganhos de curto
prazo, a maioria das pessoas desiste ou acabam se unindo àquelas que vêm
resistindo à mudança.
7.
CANTAR
VITÓRIA ANTES DA HORA
Até que as mudanças criem raízes profundas
na organização, sempre há a possibilidade de regressão, portanto ao se cantar
vitória antes do tempo, abre-se espaço para as forças poderosas da tradição.
Não se pode dar por satisfeito logo com os resultados, deixando de
consolidá-los para criar mais mudanças.
8.
NÃO
INCORPORAR AS MUDANÇAS À CULTURA DA EMPRESA
A empresa deve chegar a um patamar de
desempenho melhor, com um comportamento orientado para o cliente e para a
produtividade, através de mais e melhor liderança e uma gestão mais eficaz. Refiro-me
mais especificamente ao comportamento e aos valores dos funcionários. Defendo
que a mudança só se estabelece mesmo quando se converte na maneira de fazer as
coisas da empresa, quando circula nas veias corporativas. Se os novos
comportamentos não estiverem firmemente enraizados nas normas sociais e nos
valores compartilhados pela comunidade empresarial, vão se degradar, à medida
que diminuírem as pressões associadas ao esforço de mudança.
Por isso, é preciso mostrar às pessoas que as novas
abordagens, comportamentos e posturas ajudaram a melhorar o desempenho, como
também garantir que geração seguinte da alta gerência personifique a nova
abordagem. Isso é importante porque cultura permeia as ações das pessoas e
grupos. Então, se a mudança não é incorporada no cotidiano da organização, pode
reverter à situação anterior.
No passado, ocorria uma grande mudança a cada 10 ou 20 anos,
e em seguida havia outros tantos anos de relativa tranquilidade, até que se
estabelecesse novamente o caos. Agora, a mudança ocorre o tempo todo. Quando
terminamos um processo importante de mudança, enfrentamos outras
transformações, de modo que nunca estamos num período de calma absoluta. E se o
ambiente de negócios continuar se modificando com essa rapidez, as empresas
serão forçadas a mudar com maior frequência e, certamente, perceberão que a
única coisa permanente que existe é a mudança.
Agora, faça a sua parte, e comece a mudar...
sábado, 28 de abril de 2012
Consumidores: "FAÇAM VALER OS SEUS DIREITOS!!!"
É comum em grandes redes de varejo, a realização de
promoções em alguns produtos, que duram poucos minutos ou somente um dia. Os
produtos em oferta vão desde móveis e eletrodomésticos, até alimentos e
material de limpeza.
A maior queixa dos consumidores, é quanto a limitação de
unidades para a compra destes produtos. E a opinião dos diversos órgãos de
defesa do consumidor e da própria Justiça não é a mesma sobre a questão.
O CDC – Código de Defesa do Consumidor estabelece em seu
artigo 35, que se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à
oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à
sua livre escolha:
I – Exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da
oferta, apresentação ou publicidade;
II – Aceitar outro produto ou prestação de serviço
equivalente;
III – Rescindir o contrato, com direito à restituição de
quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e
danos.
Portanto, se o fornecedor anunciar um produto e não fizer
menção a quantidade de produtos em estoque, o consumidor que se dispuser a
pagar pelo produto, tem o direito de obrigar o fornecedor a cumprir a oferta,
podendo também aceitar um outro produto equivalente e, caso não seja atendido,
acionar o fornecedor judicialmente para fazê-lo e ainda exigir eventual reparação
de danos.
A polêmica vem quanto a limitação do produto em “x” unidades
por cliente.
Pelo artigo 39, inciso II do CDC, é vedado ao fornecedor de
produtos ou serviços, recusar atendimento às demandas dos consumidores, na
exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com
os usos e costumes.
Assim, o fornecedor pode limitar a venda do produto ao total
de seu estoque, desde que no anúncio conste quantas unidades estão em estoque.
Esta informação inclusive pode ser objeto de checagem pelo PROCON e pelo
próprio consumidor, caso o fornecedor alegue que o estoque terminou para não
efetuar a venda.
Agora a limitação em “x” unidades por clientes, só vai ser
legal se o fornecedor comprovar que o consumidor não é o destinatário final dos
produtos ou, de acordo com o produto vendido, a limitação for aceitável diante
dos usos e costumes.
Por exemplo:
A) Oferta
de sabão em pó, limitada em 5 unidades por cliente. A limitação para a compra
pela dona de casa não se aplica a este produto, já que ela pode comprar 10, 20
unidades para fazer um estoque em sua casa, o que não a desqualifica como
consumidor final.
B) Oferta
de veículo ou imóvel, limitada a 1 unidade por cliente. A limitação poderia ser
considerada legal, já que pelo tipo do produto, o normal é que cada pessoa
compre uma só unidade, e permitir a compra de mais de uma unidade pela mesma
pessoa, poderia caracterizar especulação e prejuízo a outros consumidores.
Para o DPDC – Departamento Nacional
de Proteção e Defesa do Consumidor, a limitação de unidades por cliente, por
beneficiar uma gama maior de consumidores, não seria legal. Já para o PROCON, a
limitação de unidades é ilegal, pois se há uma oferta e se o consumidor se
dispõe a pagar o preço pedido pelo produto, tantas unidades quantas ele quiser,
devem lhe ser vendidas, respeitadas unicamente o estoque de produtos da loja,
caso declarado na publicidade.
Já o Ministério Público, vê ainda
outra ilegalidade na limitação de venda mínima de unidades por cliente,
problema inverso do acima citado, que ocorre nos grandes atacados. Obrigar o
consumidor a comprar 5 unidades de um mesmo produto para fazer jus a um preço
pré-determinado, por exemplo, caracteriza venda casada.
Por fim, o STJ – Supremo Tribunal
de Justiça, entendeu que a limitação de unidades de produto por cliente não
pode caracterizar danos morais aos consumidores, mas obriga o fornecedor.
Na opinião do IBEDEC, a oferta
feita de produtos em promoção, sempre obriga o fornecedor a cumprí-la na exata
medida dos estoques da loja, não podendo se impor limitação de unidades por
cliente. Caso o consumidor tenha negado o direito de compra, deve procurar o
PROCON ou a Justiça para obrigar o fornecedor a cumprir a oferta feita, em quantas unidades este
desejar comprar. É importante para isto, que o consumidor guarde panfletos ou
anúncios do produto feito, ou tire fotos com o celular de promoção feita na
loja, para fins de prova do seu direito.
Então, agora é sua vez, e “FAÇA VALER OS SEUS
DIREITOS”.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Consumista desde pequeno? Veja como tornar seu Filho "Financeiramente Responsável"...
Cuidar do dinheiro é matéria que se deve aprender desde a
infância e cabe aos pais a árdua tarefa de ensiná-la. Contudo, alertam os
especialistas, a primeira lição, e também a mais importante, é para os adultos
e não para os pequenos.
Se você não consegue resistir a um pequeno luxo todas as
vezes que faz compras, ou, quando fica deprimido, vai ao shopping, compra
alguma coisa e se sente melhor, saiba que suas ações servem de modelo para os
seus filhos.
Suas ações estabelecem padrões de comportamento, e as
crianças geralmente imitam os pais quando começam a aprender sobre a vida. Os
pais só podem ensinar aquilo que aprenderam, portanto, se a pessoa não tiver
uma auto-educação financeira, a criança dificilmente terá.
NÃO SE TORNE UM REFÉM
Pela falta de tempo ou mesmo por comodismo, muitos pais
acabam se tornando reféns dos próprios filhos, cedendo a todos os pedidos da
criança, o que contribui para que o pequeno se transforme em um grande
consumista no futuro.
Alguns pais até se endividam para agradar aos filhos. Dessa
forma, a criança não aprende a ter limites. É necessário ensinar que o dinheiro
tem um custo, fazer a criança refletir. Pergunte se aquilo que ela quer é
realmente importante e a faça explicar o motivo.
MESADA
A mesada, pode se tornar uma boa aliada na hora de educar os
filhos financeiramente. Contudo, se mal aplicada, o efeito será o contrário. Se
os pais estabelecem que a criança tem direito a uma determinada quantia mensal,
eles terão que ser firmes e não dar dinheiro, caso o filho gaste tudo o que
recebeu no primeiro dia.
Além disso, é preciso perceber o momento certo de introduzir
o benefício. Por volta dos sete ou oito anos, as crianças começam a demonstrar
interesse por ter algum tipo de renda. Entretanto, os pais devem observar se
elas já reconhecem as diferentes moedas, se sabem contar, somar e subtrair e se
já possuem o hábito de pedir coisas para elas durante as compras.
Alerto, ainda, que é muito importante que os pais ensinem os
filhos a fazer um orçamento e relacionem os itens nos quais o dinheiro pode ser
gasto. Porém, apenas isso não basta. Tais atitudes devem estar associadas às
seguintes orientações:
- Baseie a mesada em seu orçamento e no valor de mercado das
mesadas pagas pelas famílias da escola de seu filho. Não dê mesadas altas
demais;
- Você pode associar tarefas especiais à mesada de seu
filho, mas não tarefas cotidianas nem o desempenho escolar;
- Seja coerente e mantenha as regras combinadas;
- Pague pontualmente e evite empréstimos;
- Elogie seus filhos por administrarem bem suas finanças e
compras.
POUPAR É IMPORTANTE
Além de aprender a gastar, as crianças também devem aprender
a poupar. Neste sentido, sugere-se aos pais que orientem os filhos a guardar um
valor mensal, explicando que isto multiplica o dinheiro, que poderá ser
utilizado no futuro.
Para ajudar nesta tarefa, aconselha-se aos pais que ajudem
seus filhos a estabelecer metas, pois isto fará com que sejam melhores
poupadores. E, caso haja resistência, diz ela, ofereça um bônus à criança
quando ela atingir as metas estabelecidas.
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