A competição tem seu lado positivo, mas, sem limites, a
ânsia por ser melhor do que os demais pode prejudicar a carreira. Uma boa
competição obriga o profissional a sair do estado de inércia, para brigar por
metas maiores.
Por exemplo, ela pode levar alguém a se matricular em um
MBA, a aprender outro idioma, a cultivar seu networking, a desenvolver a
habilidade de trabalhar em equipe e se relacionar com as pessoas, enfim, a não
se acomodar.
O ser humano já nasce competidor. É claro que alguns são
mais passivos e acomodados, sendo capazes de trabalhar por toda uma vida na
mesma empresa, praticamente na mesma função, enquanto outros são mais
ambiciosos.
QUANTO A COMPETIÇÃO PREJUDICA.
No entanto, quando os limites são ultrapassados, muitas são
as consequências negativas.
Para começar, a vida do competidor pode,
facilmente, virar um inferno. Ficar o tempo inteiro se comparando com os
outros, se aborrecer todas as vezes que um colega se destacar mais, sentir-se
mal quando seus esforços não são premiados – o que é muito comum no ambiente de
trabalho – e lamentar a demora da promoção são atitudes que mais prejudicam do
que ajudam.
Não dá para insistir na comparação com os outros. Cada um
tem sua história de vida, seu tempo...
Não adianta, por exemplo, querer ser um dos principais
executivos de uma empresa quando se está há apenas três anos trabalhando nela.
É mais fácil crescer quando há foco, paciência e
planejamento do que quando se é refém dessa obstinação por ser o melhor. Não há
nada pior do que a alienação. É preciso aceitar que uma carreira é construída
aos poucos e seus colegas podem ter caminhado muito mais.
SEM AMIGOS NO MERCADO.
Outra consequência negativa da competição desenfreada é a
chance de arrependimento lá na frente. Quando a ambição não tem freios, o
profissional corre o risco de perder o bom senso, agir de forma desleal e
atropelar os colegas de trabalho.
Além da dor na consciência que, cedo ou tarde, virá, essa
atitude compromete o networking. No mercado de trabalho, as informações
circulam muito rapidamente, de maneira que a imagem negativa do profissional
ambicioso pode se espalhar. E, lá na frente, ele pode perder o emprego e
precisar de ajuda.
Mas quem vai indicar ou contratar uma pessoa que atropela os
colegas?