segunda-feira, 23 de julho de 2012

Os Rituais que nos Devoram a cada Dia...



“Quem resiste às mudanças está fadado a morrer lenta e passivamente...”



Todos os dias nos deparamos com palavras que, de tanto serem repetidas, perdem o significado. MUDANÇA é uma delas. Todavia, o conceito que a palavra exprime acontece a todo momento ao nosso redor. Muitos de nós ficamos surdos à palavra e também cegos ao que nos cerca advindo do que ela nos diz. O mundo muda mais do que possamos imaginar, as pessoas mudam, os cenários se transformam e nos exigem cada vez mais alternativas de comportamento, de habilidades e desafiam nossas crenças e valores.

A cena da foto é real, não é uma montagem. Pode acreditar, e o homem que aparece sendo atacado pelo leão se safou. Cenas como essa não são corriqueiras, mas comportamentos repetitivos podem se transformar em rituais que nos devoram a cada dia, nos impedindo de mudar e evoluir.



“Era uma vez um caçador que contratou um feiticeiro para ajuda-lo conseguir alguma coisa que pudesse lhe facilitar o trabalho nas caçadas. Depois de alguns dias, o feiticeiro lhe entregou uma flauta mágica que, ao ser tocada, enfeitiçava os animais, fazendo-os dançar. 

Entusiasmado com o instrumento, o caçador organizou uma caçada, convidando dois outros amigos caçadores para a África. Logo no primeiro dia de caçada, o grupo se deparou com um feroz tigre. De imediato, o caçador pôs-se a tocar a flauta e, milagrosamente, o tigre que já estava próximo de um de seus amigos, começou a dançar. Foi fuzilado a queima roupa. Horas depois, um sobressalto. A caravana foi atacada por um leopardo que saltava de uma árvore. Ao som da flauta, contudo, o animal transformou-se, ficando manso e dançou. Os caçadores não hesitaram e mataram-no com vários tiros. E foi assim, a flauta sendo tocada, animais ferozes dançando, caçadores matando.

Ao final do dia, o grupo encontrou pela frente, um leão faminto. A flauta soou, mas o leão não dançou. Ao contrário, atacou um dos amigos do caçador flautista, devorando-o. Logo depois, devorou o segundo. O tocador, desesperadamente, fazia soar as notas musicais, mas sem resultado algum. O leão não dançava. E enquanto tocava e tocava o caçador foi devorado também. Dois macacos, em cima de uma árvore próxima, a tudo assistiam. Um deles “falou” com sabedoria.

- Eu sabia que eles iam se dar mal quando encontrassem o surdinho...”



MORAL DA HISTÓRIA
Não confie cegamente nos métodos que sempre deram certo; um dia porém, em dado contexto eles podem falhar...

Tenha sempre planos de contingência, cultive a flexibilidade; prepare alternativas para as situações imprevistas, seja criativo e tenha equilíbrio emocional...

Preveja tudo que pode dar errado e prepare-se, tenha visão de futuro; esteja atento às mudanças e não espere as dificuldades para agir, pois pode ser tarde demais...



“CUIDADO COM OS LEÕES SURDOS”
Em PNL cultuamos muito a FLEXIBILIDADE. Que, como MUDANÇA, pode ser apenas mais uma palavra. Mas a idéia por trás disso é muito mais ampla quando vista pelo prisma do comportamento e das habilidades. FLEXIBILIDADE pode ser entendida como a capacidade de perceber o que a maioria não percebe e agir diferente, com vistas à produção de resultados diferentes. Na metáfora do caçador flautista a falta desta flexibilidade custou muitas vidas, mas preservou a do leão. Um dos pressupostos da PNL diz exatamente isso:  

 “Se você continuar fazendo as coisas sempre do mesmo jeito continuará obtendo, sempre, os mesmos resultados”.