segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Momento de Reflexão



" Cada um faz o que sabe,
o gato toma leite, 
o rato come queijo..."
O Palhaço

Criticar por criticar?




Você já deve ter presenciado uma cena como esta:  uma pessoa faz uma crítica, mas não tem exemplos ou justificativas para fundamentá-la nem sabe apontar uma solução para o problema. Pois saiba que, apesar de não indicada, a situação acontece o tempo todo, inclusive no ambiente corporativo, e é um exemplo clássico da crítica insignificativa ou injustificada.

Quando se critica, a intenção é apontar o erro do outro, seja no comportamento, seja no trabalho realizado. Mas, quando isso é feito de maneira injustificada, o que a pessoa está tentando fazer é se defender e colocar o foco no outro.

A crítica injustificada muitas vezes vem de indivíduos que estão se sentindo inseguros, ameaçados ou emocionalmente vulneráveis. Muitas vezes, a crítica costuma ser uma reação à mágoa que sentimos.


POR QUE CRITICAR?
Uma justificativa para a pessoa criticar muito pode estar na infância. Imagine a seguinte situação, que pode ilustrar esta ideia:  quando você estava no colégio, tirava notas boas de maneira geral, mas sempre ia mal em matemática. A reação dos seus pais era parabeniza-lo em relação às matérias em que ia bem ou criticar muito por conta da falta de habilidade com cálculos?

Se você respondeu que seus pais optariam pela segunda opção, significa que você cresceu forçado a enxergar o lado negativo das situações.

Outro motivo para o comportamento crítico injustificável é a autodefesa. Quando uma pessoa aponta os defeitos do outro, ela expõe essa pessoa e tira o foco dela mesma.


CENÁRIO FAVORÁVEL
Mas a pessoa que critica sem justificativas não o faz em território inimigo. Ela está em um ambiente que convive há muito tempo ou em uma posição de poder. Ela está se sentindo segura para fazer isso. Assim que se sente confortável, começa a expor o outro, deixando-o vulnerável.

O cenário começa a ficar desfavorável para esse profissional que critica sem justificativas quando ele se depara com um colega de trabalho com perfil questionador. Isso acontece com mais frequência em empresas em que o ambiente de trabalho é mais flexível, em que há espaço para questionar, e em ambientes onde a hierarquia não gera medo.

A crítica insignificante também é destrutiva. Se não questionada, ela acaba sendo uma verdade. Por exemplo:  você entra na empresa e falam que um funcionário é agressivo. 
Quando conversa com a pessoa, você percebe outra imagem. O que aconteceu é que se disseminou a imagem negativa do profissional, porque alguém começou com isso. Se você tem bom senso, vai avaliar o que é verdade mesmo. Uma crítica sempre contém um julgamento.

 
TIPOS DE CRÍTICA
Existe aquela crítica que é destrutiva, a qual diminui a autoestima do profissional e não o motiva a melhorar. Normalmente, não é dito o que ele deve melhorar e, por isso, ele deve questionar.

Na construtiva, por outro lado, pontua-se o que o profissional está fazendo de errado e o que pode melhorar. Ela não faz o profissional se sentir inferior e aponta também as qualidades. A pessoa que receber isso não vai se sentir menosprezada.


Pense nisso, antes de "criticar"...

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Momento de Reflexão



"Quando o Tigre vai atacar sua presa, 
ele coloca em prática 10 sentidos:

Meta, Foco, Estratégia, Planejamento, Visão,
Conhecer o território, Precisão, Controle, Paciência e Ação.

Seja como os Tigres..."

Lições de um Ícone para os Negócios




O jamaicano Usain Bolt se tornou o homem mais rápido da história da humanidade depois de quebrar recordes mundiais nas Olimpíadas de Londres e Pequim. Para realizar este feito, foi preciso ter motivação, pensamento crítico e foco. Mais importante ainda, foi necessário transformar decepções em vantagens, fraquezas em forças, e desenvolver a motivação requerida de um campeão mundial. Estes três atributos são lições que podemos aplicar aos que trabalham no mundo dos negócios.


APROVEITAR AS FORÇAS
Se o treinador dele não tivesse reconhecido seu dom da velocidade, talvez Usain Bolt tivesse sido apenas um jogador mediano de cricket, esporte que praticava na adolescência. Quando seus treinadores o aconselharam a se concentrar na modalidade dos 400 metros, Bolt já tinha a autoconfiança necessária para perceber que seu maior talento estava nos 100 metros rasos. As Olimpíadas provaram que ele estava certo. Bolt estava tão à vontade com suas próprias habilidades que sabia quando aceitar ou quando ignorar feedbacks.

No mundo dos negócios, muitas vezes há uma forte preocupação em realizar análises de insuficiência, forçando executivos a focarem na melhoria de seus pontos fracos. Isso é quase sempre um conselho errado. Se você é um ótimo escritor, mas um péssimo orador, concentre-se em escrever melhor ainda e contrate alguém para falar por você. Geralmente, as coisas que não fazemos bem são as que a gente não gosta de fazer. Uma receita para se ter sucesso é fazer cada vez menos as coisas que não gostamos, e concentrar cada vez mais nas coisas que fazemos bem.

Cito o exemplo de um vendedor que era incrivelmente competente em conseguir novos clientes, porém péssimo no follow-up e no atendimento. Seu chefe o despediu, o que foi um grande erro. Encontrar um talento especial é extremamente difícil e, por outro lado, é fácil designar alguém para cuidar dos detalhes mundanos de uma pós-venda. Seu chefe deveria tê-lo mantido e contratado outro funcionário para gerenciar os clientes. Você precisa de confiança em si mesmo, e se você não for o CEO, você precisa de uma organização que lhe dê apoio.


TRANSFORME DECEPÇÕES EM FORÇA
Depois de se profissionalizar, Bolt enfrentou uma série de lesões e contratempos que poderiam ter desanimado qualquer um. Porém, se não tivesse atravessado estas decepções, talvez nunca tivesse encontrado o foco, a disciplina e o fôlego necessários para se tornar um campeão.

Uma pessoa bem sucedida não é a que enfrenta poucas decepções na vida. Todos nós encontramos obstáculos. Na verdade, pessoas bem sucedidas tem a habilidade de aprender, positivamente, com os atrasos e decepções, e utilizá-los como uma fonte de motivação. Um bom exemplo, disto, é Steve Jobs, da Apple, que costuma contar que se ele não tivesse desistido de sua faculdade, o Macintosh não teria sido um computador tão potente. Ele credita seu sucesso na Apple ao fato de ser sido despedido pela empresa 14 anos antes. 
Enfrentar a morte o ajudou a focar no que realmente queria da vida.

Uma pessoa bem sucedida também não é aquela que não tem fraquezas. Somos todos humanos e somos todos fracos. O que distingue a pessoa bem sucedida é sua habilidade em descobrir maneiras de usar suas fraquezas como vantagens e achar forças próprias que talvez os outros não tenham reconhecido ainda.


A MOTIVAÇÃO É A CHAVE DE TUDO
Usain Bolt passou por problemas no início de sua carreira porque era tão mais rápido que os outros que se negava a treinar, se alimentava da maneira errada e não tinha concentração. Isso bastava para vencer competições locais, mas, para se tornar um campeão mundial, era preciso mais. A chave era a motivação.

A motivação é igualmente importante nos negócios e, muitas vezes, tão difícil de manter quanto nos esportes. Alguns executivos tem paixão por seu trabalho, ou se responsabilizam pelos funcionários de suas empresas. Outros querem manter o poder e status. Qual o incentivo para um executivo de uma empresa como a Microsoft, que já fez sua vida e ganhou seus milhões?

Executivos que já tem tudo podem continuar a dar tudo de si ao encontrarem novos desafios e outros meios de motivação para almejarem melhorias sempre. Muitas estrelas do esporte e executivos compartilham de um intenso espírito competitivo de vencer, que geralmente não tem a ver com o acúmulo de riqueza.

E o executivo que se enxerga no limite de sua carreira, sem perspectiva de evolução, ou que está trabalhando para uma empresa com estrutura gerencial estática?

Em algumas situações, você terá de trabalhar sua motivação, como fez o Bolt. Até mesmo os trabalhos mais rotineiros podem se tornar interessantes ao se fazer deles um jogo. O jeito é desenhar uma série de desafios e em seguida estabelecer pequenos objetivos. É uma questão de identificar algo que você queria fazer um pouco melhor, um pouco diferente, e então trabalhar nisso incessantemente.
 

Usain Bolt tem apenas 26 anos, mas ele já sabe como fazer. Ele já passou por isso. Você, em seu trabalho, pode fazer o mesmo...

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Momento de Reflexão




“ Cedo ou tarde, a todo o homem chega a grande renúncia. Para o jovem não existe nada inalcançável. Que algo bom e desejado com toda a força de uma vontade apaixonada seja impossível, não lhe parece crível. Mas, ou por meio da morte ou da doença, da pobreza ou da voz do dever, cada um de nós é forçado a aprender que o mundo não foi feito para nós e que, não importa quão belas as coisas que almejamos, o destino pode, não obstante, proibi-las. É parte da coragem, quando a adversidade vem, suportá-la sem lamentar a derrocada das nossas esperanças, afastando os nossos pensamentos de vãos arrependimentos. Esse grau de submissão não é somente justo e correto:  ele é o portal da sabedoria.”

Bertrand Russel, in “A Free Man´s Worship”

Comodismo Profissional: Esperando a morte chegar...





Há pessoas que dizem:  “- Quando me aposentar, não vou fazer mais nada!”

Se levarmos esta afirmação a sério, chegaremos a conclusão que o próximo compromisso deste indivíduo é “vestir o paletó de madeira”.

Mas será que alguém conseguiria não assumir compromissos, após alcançar o merecido descanso profissional?

Não é difícil encontrar, em qualquer departamento de qualquer empresa, profissionais que diga:  “- O que eu faço está bom, até onde cheguei está bom e dá prá viver assim”.

Se juntarmos este pensamento comodista ao primeiro, encontraremos uma pessoa que decretou sua morte com décadas de antecedência. Passará o resto dos dias assistindo a vida passar na frente dos olhos.

Muitos transferem a iniciativa, motivação e pró-atividade para a vida pessoal, na forma de bens materiais:  carro, casa, casa de praia, etc. Porém, não se dão conta de que, apesar de tudo isto, já morreram profissionalmente. O comodismo é maior em cidades pequenas, a fidelidade é menor em centros maiores, principalmente para funções básicas. Em pequenas cidades existem ainda os pactos invisíveis, onde uma empresa não costuma contratar profissionais de outra, mesmo que este esteja descontente e com desejo de mudança.

A mudança significa para o acomodado riscos e incertezas que estão fora de sua capacidade de aceitação. Na maioria das vezes isto está diretamente ligado à cultura regional. Existem funções que necessitam de oxigenação periódica e por isso é fácil encontrar empresas que mudam alguns profissionais a cada três ou cinco anos. Este raciocínio não significa dizer que permanecer 10, 20 ou 30 anos em uma mesma empresa seja erro, muito pelo contrário. O erro está no comportamento profissional acomodado.

Quem está sempre buscando aprimoramento, conhecimento e tentando crescer acaba muitas vezes passando por diversos departamentos e cargos hierárquicos numa mesma organização. Muitas vezes quando o profissional busca este crescimento não encontra campo na empresa onde trabalha. Neste momento chegou ao fim o período de troca:  O que tinha para aprender e ensinar. Isto mostra que mudar de empresa também é salutar, pois não se interrompe o processo de desenvolvimento de aptidões, postergando assim a espera pela hora de partir.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Momento de Reflexão




Feliz, Dia dos Pais!!!


Pai nosso que estais no Céu, 
santificado seja o Vosso Nome, 
venha a nós o Vosso reino, 
seja feita a Vossa vontade, 
assim na terra como no Céu. 

O pão nosso de cada dia nos dai hoje; 
perdoai-nos as nossas ofensas, 
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, 
e não nos deixeis cair em tentação, 
mas livrai-nos do mal. 

Amém.

Muito Obrigado, PAPAI!!!







Antecipo, aqui, a minha homenagem a data do Dia dos Pais, os parabéns a todos os meus PAIS:

In Memoriam (Vovô Pedro, Vovô Sebastião), o Sempre Presente In Memoriam (Papai Nilton), e os Amigos (Seu Marcos e Chico Rêgo (In Memorian), Tio Luiz Jackson "O Cara", Dr. João e Dr. Jório).



Apesar da ausência, mas com o pensamento, a imagem e o exemplo cada vez mais presente, neste dia, em que demonstramos o nosso amor, consideração, respeito, admiração aos nossos PAIS, venho agradecer por tudo, o que sois.
 
Obrigado Pai pelo compromisso;
E usar como artifício;
O seu jeito de amar;
É sentir muita alegria;
De estar em sintonia;
Como a areia e o mar;

Obrigado Pai em estar presente;
Que alegra e deixa contente;
As famílias do mundo inteiro;
É como uma árvore atrativa;
Que dá fruto e cativa;
Lá no centro do canteiro;

Obrigado Pai pela convicção;
De ter a preocupação;
De o filho ser vencedor;
No caráter e na verdade;
Manter sempre a humildade;
Cultivando sempre o amor;

Obrigado Pai em perder o sono;
E sentir-se um cão sem dono;
Quando o filho está distante;
Mas que sempre trabalha duro;
Para garantir o futuro;
E o filho ser importante;

Obrigado Pai pelo extremo;
No mundo em que vivemos;
Nesse planeta, às vezes, sem brilho;
Com trabalho estressante;
Mas tem momentos marcantes;
Que são os abraços do filho;

Obrigado Pai pelo enredo;
Mas que não retrata o medo;
E tem alegria de monte;
É como um final de novela;
Seguindo num barco a vela;
A procura do horizonte;

Obrigado Pai por acordar cedo;
E construir um brinquedo;
Com madeira e verniz ou um pião;
Uma pipa ou caminhão;
Só pra ver o filho feliz;

Obrigado Pai
Por isso tudo que eis amado;
Além de tudo respeitado;
Do fundo do coração;
Pai tu eis uma sensação gostosa;
Uma coisa maravilhosa;
Que não tem explicação...

Muito Obrigado, Papai!!!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Momento de Reflexão



"Falta de tempo  é desculpa daqueles que perdem tempo por falta de métodos." 
Albert Einstein

IN-VEJA, ou melhor, veja sim...




O que me desperta o interesse em iniciar o texto com este trocadilho nada mais é do que a crença de que muitas situações difíceis podem ser encaradas de uma maneira mais leve do que nos parecem na convivência com pessoas. Sim, porque conviver com alguém no ambiente de trabalho não implica conhecer somente os sentimentos aceitos socialmente, mas também os não aceitos.

Conviver com gente significa lidar com todos os tipos de sentimentos e entre os mais diversos, a inveja. Então, chegou o momento de pensarmos também na inveja, cuja origem latina é invidere, que significa não ver. Já no dicionário da Língua Portuguesa, o seu significado é escrito de duas maneiras:  Desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem; e desejo violento de possuir o bem alheio. Ou seja, conforme o seu significado, a inveja existe quando se tem infelicidade pelo sucesso alheio ou quando há uma vontade, a todo custo, de ter o mesmo progresso que a outra pessoa teve.

A inveja é a contrariedade que se sente se outro dispõe do que se gostaria de ter para si e a impressão concomitante de inferioridade. Ou seja, a inveja é a indisposição em aceitar que uma determinada pessoa foi promovida ou teve o seu salário reajustado, enfim, tenha atingido metas que o invejoso não acredita alcançar para si. E quando isso acontece, este indivíduo não mede esforços para diminuir ou até mesmo destruir as conquistas da pessoa invejada.
  
Ao contrário de um trabalhador com comportamento aceito como normais, a pessoa invejosa consome mais energia e esforços para desqualificar o trabalho de um colega, do que para desenvolver ou melhorar as suas atividades. Com uma piada maldosa ou uma curta frase lá está ele tentando diminuir a importância e os valores de outro profissional na equipe.

Uma pessoa que na maior parte do seu tempo cultiva a inveja, dificilmente elogia ou reconhece as outras pelo simples fato de que não consegue reconhecer a si mesmo. Para as organizações, este problema pode passar de um pequeno conflito entre duas pessoas, invejado e invejoso, para um desafeto geral na equipe e uma consequente queda na produtividade. Neste caso, se você é o invejado e percebe que não existe um comportamento legitimadamente ético entre os profissionais no seu trabalho, a única maneira de conseguir progredir com menos sofrimento é sendo você mesmo, agindo de uma maneira saudável emocionalmente, buscando os seus ideais e do ponto de vista prático, documentando processos, arquivando e-mails importantes e capacitando-se sempre.

Apesar da inveja não ser um tema novo nas empresas, - em Gênesis (Cap. 4 vers. 1-16) mostra que foi por alimentar este sentimento que Caim levou à morte o seu irmão Abel -, a alegoria de Caim e Abel se mantém até hoje, nos diferentes níveis hierárquicos e setores. E, de fato, é uma constatação revivida por todos nós independente do negócio em que atua ou porte da empresa. Por mais que queiramos acreditar ser um sentimento vivido pelos outros ou apenas por inimigos, o fato bíblico nos chama a atenção para as pessoas mais próximas. Basta alguém se despontar por seus esforços e méritos, e lá está a inveja, quase pronta para dar o bote.

É claro que este texto não objetiva aumentar a paranoia de ninguém, tampouco afastar as pessoas umas das outras, em virtude do medo de que estas em algum dia venham tirar o seu chão ou puxar o seu tapete como dito nas organizações. Muito pelo contrário. O intuito primeiro é aceitar que a inveja existe; segundo, aceitar que é possível habitar o coração de qualquer ser humano; e terceiro, refletir sobre uma postura diferente ao senti-la.

Se já sabemos que a inveja existe e que é possível qualquer um senti-la, resta agora, a terceira proposta. Para quem a sente em demasia, poderia ser prático e objetivo, dizer:  Olhe para dentro de si. Mas, como não é suficiente, retorno a origem da palavra inveja, invidere, que significa não ver. Ao invés de continuar não olhando para dentro de você, não se vendo, exercite outra atitude:  identifique as suas forças, conheça as suas limitações e desenhe o seu destino dentro da organização na qual trabalha. Ao conhecer as suas emoções, fica mais fácil desenvolver-se como pessoa e como profissional.

Ao praticar o autoconhecimento é possível reduzir o seu sofrimento, sim porque quem somente deseja as flores do jardim alheio também sofre. Quem nunca se satisfaz com o próprio jardim, sofre tanto quanto aquele cujas flores foram pisoteadas. Pesquisadores japoneses identificaram que ao sentir inveja, as pessoas ativam a mesma região do cérebro:  córtex dorsal anterior, que é responsável pela dor física. Portanto, meu caro, sentir inveja pode ser normal e até aceitável, mas daí a agir de uma maneira imprudente para destruir a imagem do outro passa a ser digno de atenção.

A inveja desperdiça um espaço não só no cérebro, mas no coração, que pode ser preenchido, por exemplo, por sentimento de respeito a si mesmo e, consequentemente, ao colega. Ela está enraizada ao receio de perder, de não ser amado, não se manter no emprego, enfim, ao medo de que é ampliado pela própria pessoa que o sente. Entretanto, da mesma maneira pode ser eliminado a partir do momento que tem clareza sobre a realidade e o contexto, compreende o universo que a cerca e passa a perceber que o outro também é um ser humamo.

Se a inveja o consumir, cuide de sua saúde e pense no seu invejado como um modelo a seguir e não a prejudicar. Reserve as suas energias para utilizá-las na realização de suas metas. Há sempre alguém melhor em alguma área. Hoje pode ser o seu colega, amanhã pode ser você. Use as suas virtudes para o bem. Cada passo dado é merecedor de respeito, seja pelo seu colega, seja por você. Mas, se até este momento nada do que leu lhe servir, não veja a mim. Feche os olhos e, com carinho, veja você.