segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Comodismo Profissional: Esperando a morte chegar...





Há pessoas que dizem:  “- Quando me aposentar, não vou fazer mais nada!”

Se levarmos esta afirmação a sério, chegaremos a conclusão que o próximo compromisso deste indivíduo é “vestir o paletó de madeira”.

Mas será que alguém conseguiria não assumir compromissos, após alcançar o merecido descanso profissional?

Não é difícil encontrar, em qualquer departamento de qualquer empresa, profissionais que diga:  “- O que eu faço está bom, até onde cheguei está bom e dá prá viver assim”.

Se juntarmos este pensamento comodista ao primeiro, encontraremos uma pessoa que decretou sua morte com décadas de antecedência. Passará o resto dos dias assistindo a vida passar na frente dos olhos.

Muitos transferem a iniciativa, motivação e pró-atividade para a vida pessoal, na forma de bens materiais:  carro, casa, casa de praia, etc. Porém, não se dão conta de que, apesar de tudo isto, já morreram profissionalmente. O comodismo é maior em cidades pequenas, a fidelidade é menor em centros maiores, principalmente para funções básicas. Em pequenas cidades existem ainda os pactos invisíveis, onde uma empresa não costuma contratar profissionais de outra, mesmo que este esteja descontente e com desejo de mudança.

A mudança significa para o acomodado riscos e incertezas que estão fora de sua capacidade de aceitação. Na maioria das vezes isto está diretamente ligado à cultura regional. Existem funções que necessitam de oxigenação periódica e por isso é fácil encontrar empresas que mudam alguns profissionais a cada três ou cinco anos. Este raciocínio não significa dizer que permanecer 10, 20 ou 30 anos em uma mesma empresa seja erro, muito pelo contrário. O erro está no comportamento profissional acomodado.

Quem está sempre buscando aprimoramento, conhecimento e tentando crescer acaba muitas vezes passando por diversos departamentos e cargos hierárquicos numa mesma organização. Muitas vezes quando o profissional busca este crescimento não encontra campo na empresa onde trabalha. Neste momento chegou ao fim o período de troca:  O que tinha para aprender e ensinar. Isto mostra que mudar de empresa também é salutar, pois não se interrompe o processo de desenvolvimento de aptidões, postergando assim a espera pela hora de partir.