Imagine se, no momento de uma cirurgia do seu filho, pai, mãe ou alguém que você ama, médicos, enfermeiros, ajudantes, todos começassem a discutir e dizer, por exemplo: “Ah, essa tesoura é minha, não use” ou “Ei, esse bisturi é meu, ninguém toca nele” ou ainda “Acho que vou dar uma paradinha na cirurgia, o filho não é meu mesmo”.
Infelizmente, em muitas empresas as pessoas, pelos motivos mais banais possíveis, agridem-se verbalmente, quando não chegam às vias de fato, colocando a vida do “paciente” em risco.
Nada justifica forma alguma de agressão entre os colaboradores de uma mesma empresa, aliás, não há motivos para um ser humano agredir o outro. Contudo, pelo estresse do cotidiano moderno, os indivíduos não pensam antes de dar respostas. Ofendem quem amam, maltratam quem adoram e agem agressivamente diante de situações, quase sempre, triviais.
Parece não crível, mas, em muitas empresas, colaboradores se atritam porque não querem dividir o trabalho, as ferramentas, os produtos que fabricam ou as mercadorias que comercializam, acreditando que eles são os donos daquilo. No trabalho, enquanto uns dão um duro danado no labor, outros brincam de trabalhar e até satirizam os que estão empenhados. Uma certeza no ambiente de trabalho é que, toda vez que alguém estiver à sombra, descansando em horário de serviço, há outro colaborador sobrecarregado.
Trabalhar em equipe é uma necessidade premente. Os resultados são sempre melhores. Mas, como cada ser humano tem sua personalidade e, na maioria das vezes, não se assemelha à dos seus pares nas empresas, o mais sensato parece ser seguir normas, regras de integração no trabalho, manual de comportamento nas organizações, etc.
Ainda que o desejável seja a capacidade individual dos colaboradores em saber se comportar dignamente no ambiente empresarial, respeitando seus colegas e não agredindo o ser humano que trabalha ao seu lado na empresa, seguir normas e regras, quando essas são bem elaboradas, surge como uma boa alternativa.
O trabalho em equipe também requer um grande líder. Uma equipe é o espelho dos seus líderes. Então, quando uma equipe é ruim, seu líder é ruim? Não exatamente, porque o líder é, normalmente, o espelho dos donos da empresa, da autonomia que lhe dão e da abertura que lhe oferecem para que possa liderar. É claro que há líderes péssimos, que, mesmo com toda a autonomia que lhes é conferida, não são capazes de “cuidar” dos seus liderados.