A crise financeira internacional tornou mais complexos os desafios das empresas quanto à conquista de resultados, eficácia e longevidade. É uma ótima oportunidade de se reavaliar estratégias focadas no crescimento dos negócios, melhoria da rentabilidade, financiamento, administração do capital, promoção das capacitações para enfrentar a concorrência, gerenciamento do patrimônio humano, identificação de oportunidades e incentivo à inovação. Alguns desses desafios precisam ser repensados. Um deles refere-se ao modelo de como agir para se sustentar no mercado e se manter perene; outro é relativo ao aconselhamento sobre o rumo dos negócios.
Nesse contexto, a governança corporativa pode ganhar importante significado em época de vacas magras e se transformar no verdadeiro diferencial competitivo. O seu exercício com a devida competência passou a representar a garantia segura da orientação estratégica da empresa e a fiscalização efetiva das ações da diretoria. Em contrapartida, também pressupõe a prestação de contas de maneira mais clara do conselho à empresa e aos acionistas.
Tais práticas tornam-se cruciais na busca da confiança, infelizmente perdida, daquelas pessoas comuns, desde viúvas a pequenos poupadores, as quais atraídas pelo sonho da multiplicação do seu dinheiro foram levadas às Bolsas de Valores pelo mundo sem se darem conta dos riscos envolvidos nas operações. É natural que esses perdedores queiram explicações e até exijam indenizações pelas decisões eventualmente tomadas ao arrepio das boas práticas de governança. É preciso, contudo, separar os que simplesmente tomaram decisões no sentido de dar proteção aos seus negócios daqueles que jogaram para beliscar um pouco mais.
Na procura da credibilidade, os conselhos de administração e os comitês de auditoria se posicionam como os verdadeiros responsáveis até pelos atos de gestão, já que, indicados pelos acionistas, definem a composição da direção executiva da organização, que por sua vez põe em prática as decisões aprovadas.
Dos conselheiros é esperada boa capacidade de interpretar conjunturas contábeis, financeiras e administrativas, além de definir a visão estratégica e os valores sociais e culturais das empresas. Por definição legal, em suas mãos estão depositadas atribuições relacionadas à responsabilidade empresarial, posicionamento no mercado, imagem e credibilidade, intempéries mercadológicas e geração de valor à empresa.
Para conferir equilíbrio e trabalhar com essas diversidades de conceitos e atributos, faz-se necessária, na composição dos grupos de aconselhamento empresarial, a multiplicidade de pensamento e a presença de pessoas com experiência e capacidade de análise das questões sociopolíticas e econômicas.
O fato é que, para administrar os direitos das partes interessadas e incentivar a geração de riqueza, a independência deve estar presente para garantir as melhores práticas voltadas à sustentabilidade. Ao mesmo tempo, não se pode passar por cima dos processos organizacionais e dos sagrados controles que mitigam riscos operacionais.
Na situação atual, enxergar a crise que o mundo enfrenta apenas como problema cíclico do capitalismo parece ser uma cegueira colossal. Fatos da proporção que estamos vivendo envolvem também reflexões sobre valores da sociedade e o que pode se vislumbrar para um futuro melhor das pessoas, ao mesmo tempo em que se dá a necessária recuperação da estabilidade financeira mundial.
É preciso repensar especialmente os currículos escolares, sobretudo das universidades onde se ensina apenas a ser competitivo e a ser cada vez mais esperto. Devemos apoiar nossos jovens a incorporar mais valores humanos e desestimulá-los a embarcar na armadilha do imediatismo, na qual tudo vale em prol da competitividade, até construir sofisticados aparatos financeiros sem lastro e que depois colocarão milhões de pessoas no desespero e sofrimento.
É nesse particular que os conselheiros e membros de órgãos da governança corporativa devem estar alinhados, refletindo sobre essas novas tendências e fazendo com que nos seus importantes papéis contribuam nesse momento em que as organizações sofrem pela desaceleração dos negócios e pela crise de confiança que se instala.
Nesse contexto, a governança corporativa pode ganhar importante significado em época de vacas magras e se transformar no verdadeiro diferencial competitivo. O seu exercício com a devida competência passou a representar a garantia segura da orientação estratégica da empresa e a fiscalização efetiva das ações da diretoria. Em contrapartida, também pressupõe a prestação de contas de maneira mais clara do conselho à empresa e aos acionistas.
Tais práticas tornam-se cruciais na busca da confiança, infelizmente perdida, daquelas pessoas comuns, desde viúvas a pequenos poupadores, as quais atraídas pelo sonho da multiplicação do seu dinheiro foram levadas às Bolsas de Valores pelo mundo sem se darem conta dos riscos envolvidos nas operações. É natural que esses perdedores queiram explicações e até exijam indenizações pelas decisões eventualmente tomadas ao arrepio das boas práticas de governança. É preciso, contudo, separar os que simplesmente tomaram decisões no sentido de dar proteção aos seus negócios daqueles que jogaram para beliscar um pouco mais.
Na procura da credibilidade, os conselhos de administração e os comitês de auditoria se posicionam como os verdadeiros responsáveis até pelos atos de gestão, já que, indicados pelos acionistas, definem a composição da direção executiva da organização, que por sua vez põe em prática as decisões aprovadas.
Dos conselheiros é esperada boa capacidade de interpretar conjunturas contábeis, financeiras e administrativas, além de definir a visão estratégica e os valores sociais e culturais das empresas. Por definição legal, em suas mãos estão depositadas atribuições relacionadas à responsabilidade empresarial, posicionamento no mercado, imagem e credibilidade, intempéries mercadológicas e geração de valor à empresa.
Para conferir equilíbrio e trabalhar com essas diversidades de conceitos e atributos, faz-se necessária, na composição dos grupos de aconselhamento empresarial, a multiplicidade de pensamento e a presença de pessoas com experiência e capacidade de análise das questões sociopolíticas e econômicas.
O fato é que, para administrar os direitos das partes interessadas e incentivar a geração de riqueza, a independência deve estar presente para garantir as melhores práticas voltadas à sustentabilidade. Ao mesmo tempo, não se pode passar por cima dos processos organizacionais e dos sagrados controles que mitigam riscos operacionais.
Na situação atual, enxergar a crise que o mundo enfrenta apenas como problema cíclico do capitalismo parece ser uma cegueira colossal. Fatos da proporção que estamos vivendo envolvem também reflexões sobre valores da sociedade e o que pode se vislumbrar para um futuro melhor das pessoas, ao mesmo tempo em que se dá a necessária recuperação da estabilidade financeira mundial.
É preciso repensar especialmente os currículos escolares, sobretudo das universidades onde se ensina apenas a ser competitivo e a ser cada vez mais esperto. Devemos apoiar nossos jovens a incorporar mais valores humanos e desestimulá-los a embarcar na armadilha do imediatismo, na qual tudo vale em prol da competitividade, até construir sofisticados aparatos financeiros sem lastro e que depois colocarão milhões de pessoas no desespero e sofrimento.
É nesse particular que os conselheiros e membros de órgãos da governança corporativa devem estar alinhados, refletindo sobre essas novas tendências e fazendo com que nos seus importantes papéis contribuam nesse momento em que as organizações sofrem pela desaceleração dos negócios e pela crise de confiança que se instala.